Billy Bruto e Capitão Pátria na terceira temporada de The Boys

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The Boys | Por que gostamos tanto de anti-heróis? Elenco e criador respondem

Falamos com o showrunner Eric Kripke e o elenco da série

Omelete
4 min de leitura
01.06.2022, às 06H00.
Atualizada em 28.02.2024, ÀS 00H46

Se há algo que todos nós podemos concordar sobre The Boys, do Prime Video, é que se trata de uma série de super-herói fora dos padrões convencionais. A cada episódio, a atração continua quebrando barreiras e surpreendendo o público com suas cenas malucas e personagens moralmente questionáveis -- e parece que é essa a fórmula que tem garantido tanto sucesso entre os fãs.

Com a estreia da terceira temporada se aproximando, nesta sexta-feira (3), a expectativa tem aumentado sobre quais são as próximas peripécias que o Capitão Pátria e sua trupe vão aprontar, e o Omelete sentou para conversar com o elenco e a equipe da série em Londres. 

“Acho que o sucesso de ‘The Boys’ e a complexidade dos personagens se devem ao calibre de Eric Kripke e sua equipe de roteiristas. Mesmo os personagens que fazem ou dizem as coisas mais atrozes, também há neles uma falibilidade, identificabilidade e vulnerabilidade, acho que é isso que os torna acessíveis ao público”, disse Karl Urban, que interpreta Billy Bruto.

Adoramos ver super-heróis se rebelando, porque geralmente os enxergamos como entidades altruístas e benevolentes. Então, quando vemos algo que é completamente diferente, é interessante e atraente, certamente é isso que você vê em The Boys", acrescentou o ator.

Já o showrunner Eric Kripke explicou como a série se encaixa na cultura de super-herói da atualidade.

Gosto de pensar em The Boys como uma desconstrução do gênero de super-herói. Trata-se mais de tentar responder à pergunta: se os super-heróis realmente existissem em nosso mundo agora, o quão horríveis eles seriam? É realmente uma ideia terrível ter humanos com superpoderes, é apenas nos filmes e na televisão que eles seriam tão puros”, afirmou Eric.

Mudança cultural

Claudia Doumit, que interpreta Victoria Neuman e vai ganhar mais destaque na terceira temporada ao usar seus poderes de Supe recém-revelados, acredita que a série definitivamente provocou uma mudança em todo o gênero de super-herói.

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Acho que há perspectivas múltiplas e é profundamente humano. Por isso que é tão popular e as pessoas respondem a isso. E não é apenas um programa de super-heróis, há muitos outros elementos nele. Eles não são esses seres perfeitos, há muitos danos colaterais. A série aborda isso perfeitamente e abre a conversa, o lado feio de algo que vimos com outros olhos ou que tem sido glamourizado há tanto tempo”, explicou a atriz.

Intérprete do misterioso Black Noir, Nathan Mitchell enfatizou que o público quer ver mais do que a típica história de super-herói.

Alguém ganha poderes, eles têm que lutar contra o vilão, superar algo e ter um final feliz. Quando vimos isso várias vezes e nos acostumamos a ser uma plateia, pensamos o que mais podemos fazer, como podemos aprofundar isso, como podemos explorar a condição humana, como podemos aprender coisas sobre nós mesmos assistindo a isso. Acho que The Boys tem um ótimo trabalho nesse aspecto”, contou o astro.

Gênero saturado?

Chace Crawford, que vai continuar a saga de Profundo para tentar voltar aos Sete na nova temporada, também deu sua opinião sobre o tema.

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Acho que o cenário está tão saturado com o gênero de super-herói. Estamos acostumados a ver uma espécie da mesma linha do tempo velha e formulada pela qual esses super-heróis passam. Virar isso e dizer: se a Marvel fosse real e todos estivessem f******s, para que eles realmente usariam seus poderes? Acredito que as pessoas acham revigorante fazer isso. Então, dentro desse mesmo mundo, nós meio que pavimentamos nosso próprio caminho, o que tem sido bom”, disse o galã.

Adoramos ver super-heróis se comportando mal por causa do nosso fascínio pelo anti-herói. Parece um pouco clichê, é tão previsível, as pessoas querem ver a ascensão, a queda e o retorno. Gostamos de ver aquela área cinzenta que não é tão preto no branco, que é mais parecida com a vida real, enxergando as falhas também”, acrescentou Chace.

Na entrevista conjunta em Londres, Jessie T. Usher, que interpreta Trem-Bala, reforçou o ponto de vista de seu colega de elenco, com quem vai bater de frente nos próximos episódios em busca da preferência do Capitão Pátria.

Acho que é mais reflexivo também. Todos nós temos batalhas internas, coisas que fazemos e as decisões que enfrentamos diariamente. Essa é a ideia de ser todo poderoso, como você viveria uma vida aqui na Terra sabendo que você pode fazer o que quiser?”, ponderou Jessie.

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