As 28 melhores adaptações de Stephen King para assistir - e onde

Filmes

Lista

As 28 melhores adaptações de Stephen King para assistir - e onde

Com dezenas de livros, coletâneas e contos, o autor já rendeu muitos filmes e séries. Quais foram os melhores?

Omelete
12 min de leitura
14.02.2025, às 09H38.

Dá mesmo para fazer uma lista de 28 itens só com adaptações de Stephen King? Com certeza. Há mais de 40 filmes e séries baseados nas obras do mestre do horror responsável por clássicos como It - A CoisaO Iluminado Carrie. A essa altura do campeonato, é difícil achar uma de suas grandes histórias que não virou uma produção audiovisual.

Do terror à ficção-científica, do drama emocionante ao suspense agoniante, King já colocou em suas páginas alguns dos vampiros, monstros, palhaços e pistoleiros mais memoráveis da ficção, e boa parte já foi transportado para o cinema e para a TV. Nem tudo funcionou, claro, mas há muita coisa boa no meio. Alguns, inclusive, são clássicos absolutos e envolvem nomes como Stanley KubrickJohn CarpenterDavid CronenbergTobe HooperFrank Darabont Mike Flanagan.

Para celebrar a estreia de O Macaco, vamos listar 28 filmes e séries que adaptam os romances, contos e coletâneas de Stephen King ao longo do mês de fevereiroUm item será adicionado à lista todo dia. Em outras palavras, favorite essa página e volte aqui diariamente para ver o que mais entrou!

Carrie, A Estranha (1976)

Divulgação

Onde ver: Para streaming no Telecine e MGM+. Para aluguel e compra no Prime Video e Apple TV+.

Por que ver: Primeiro livro lançado por Stephen King, Carrie, A Estranha estava destinado a ser também o primeiro grande sucesso do futuro mestre do horror nos cinemas - em parte graças ao faro pop impecável de Brian De Palma, que em 1976 estava no topo de seus poderes de cineasta-provocador. Quando ele colocou as mãos nesta história perturbadoramente sexualizada sobre uma adolescente vítima de bullying e oprimida pela mãe ultra religiosa, que em uma noite fatídica descobre ter poderes de telecinese, o resultado foi puro ouro cinematográfico. Conforme De Palma vai explorando imagens de paranoia teen atemporais, e esticando o suspense dos últimos atos da trama de maneira quase insuportável, a fragilidade de uma Sissy Spacek singularmente dedicada ao papel vai sendo queimada na retina do espectador, sinalizando o nascimento de um dos contadores de história mais emblemáticos do século XX - no cinema, também. - Caio Coletti

O Iluminado (1980)

Divulgação

Onde ver: Para streaming na Max. Para aluguel e compra no Prime Video e Apple TV+.

Por que ver: O Iluminado de Stanley Kubrick pode muito bem ser o melhor filme dessa lista, só não pergunte ao próprio Stephen King sobre seus méritos como adaptação. As mudanças na história e os focos de Kubrick foram suficientes para que o autor detestasse a forma como o livro foi transportado para a tela, e quem somos nós para discordar dele? Agora, como obra cinematográfica, o clássico do terror estrelado por Jack Nicholson é um titã do gênero, em grande parte por como Kubrick capturou a essência assustadora que paira sobre tantas páginas escritas por King; uma presença que corrói e distorce personagens e locais até levá-los à loucura. Não é à toa que isso acontece com Jack Torrance, e que o Overlook Hotel parece ser pouco a pouco descascado até virar um labirinto de morte e aparições. Kubrick e King podem ter suas diferenças. Nós adoramos os dois, e este é o filme que os uniu, quer queiram, quer não. - Guilherme Jacobs

It - A Coisa / It - Capítulo 2 (2017, 2019)

Warner Bros.

Onde ver: Para streaming na Max. Para aluguel e compra no Prime Video e Apple TV.

Por que ver: Financeiramente, essas são as maiores adaptações de Stephen King. Talvez tenha sido o timing (o lançamento pós-Stranger Things significou que o público tinha apetite por histórias como It, um livro que, claro, inspirou a série da Netflix). Talvez tenha sido o conhecimento geral sobre Pennywise, trazido à vida de maneira memorável por Bill Skarsgard, ou talvez tenha sido o ótimo trabalho de elenco, seja com os personagens na idade adulta ou ainda crianças. De qualquer forma, Andy Muschietti e seus colaboradores acertaram em cheio em praticamente todos os quesitos de King. Do clima de cidade meio esquecida e assombrada à brutalidade das mortes, da força da amizade ao desespero das perdas, os filmes de It são um sucesso. Se por um lado eles podem ser acusados de talvez diluir demais a acidez da obra (além de assustadores, eles, de fato, são divertidos) os filmes representam a maior prova da durabilidade e apelo comercial do escritor. - Guilherme Jacobs

Um Sonho de Liberdade (1994)

Divulgação

Onde ver: Para streaming na Max. Para aluguel e compra no Prime Video e Apple TV.

Por que ver: Um Sonho de Liberdadeé o melhor filme da história do cinema. Pelo menos é assim que os frequentadores do site IMDb veem o longa dirigido por Frank Darabont. Mais de 3 milhões de pessoas já assistiram ao longa e deram nota média de 9.3, acima do 9.2 de O Poderoso Chefão e 9 de Batman - O Cavaleiro das Trevas. Longe dos habituais temas explorados por King, a trama mostra uma história de amizade entre dois presidiários interpretados por Tim Robbins e Morgan Freeman. Embora no livro o personagem chamado Red seja descrito como um descendente de irlandeses de cabelos ruivos cada vez mais grisalhos, Morgan Freeman ficou com o papel que tinha como favoritos nomes como Robert Redford, Harrison Ford e Clint Eastwood. O ator, que foi indicado ao Oscar, define o roteiro como um dos melhores que já leu e coloca o filme como o seu favorito de todos os tempos. Ele e mais 3 milhões de pessoas! - Marcelo Forlani

Na Hora da Zona Morta (1983)

Divulgação

Onde ver: Para streaming no Oldflix.

Por que ver: David Cronenberg é uma das várias vozes que já adaptou King, e com Na Hora da Zona Morta (The Dead Zone), ele se revela como uma dos mais capazes de transportar a sensação de apodrecimento social e a ambientação assustadora do escritor. Ainda que nem tudo no filme funcione – especialmente o romance – a história de Johnny Smith (um surpreendentemente contido Christopher Walken) desenvolvendo uma espécie de premonição via toque é uma ótima parábola para a sociedade decadente, para a necessidade de conseguir enxergar através das máscaras, e do custo de fazê-lo. O ritmo do filme tem seus vais e vens, mas a obra mantém uma coerência visual e atmosférica até o fim. A zona morta se refere ao “poder” de Johnny, mas na prática, todos nesse filme parece estar morrendo. Eles só não sabem. - Guilherme Jacobs

Christine - O Carro Assassino (1983)

Christine
Divulgação

Onde ver: Para aluguel e compra no YouTubePrime Video e Apple TV.

Por que ver: Listar as adaptações de Stephen King é, também, listar grandes cineastas. Entre os primeiros cinco itens dessa lista, já falamos sobre Brian De Palma, David Cronenberg e Stanley Kubrick. Com Christine, adicionamos John Carpenter. O mestre do horror adaptou o livro, um conto sobre paixões adolescentes e obsessões sexuais encarnadas (ou metalizadas) num carro demoníaco, em sua era de ouro como cineasta. Para além dos espíritos e almas, King é um ótimo observador da cultura estadunidense, particularmente em cidades pequenas e nas margens do sonho americano. Carpenter é, claro, o homem que trouxe o medo para os subúrbios com Halloween (1974), e nessa desconstrução da cultura dos anos 50, ele novamente perverte imagens clássicas, como garoto do High School num carro bacana. - Guilherme Jacobs

O Nevoeiro (2007)

O Nevoeiro
Divulgação

Onde ver: Para streaming no Prime Video.

Por que ver: Terminar histórias nem sempre é fácil, e King tem seus altos e baixos nesse quesito. Talvez por isso ele saiba admirar algo que acerte em cheio na hora da conclusão, mesmo que essa seja diferente daquela que ele mesmo bolou. É o caso com O Nevoeiro de Frank Darabont, um filme que captura as piores vibes que o autor conseguiu imaginar para essa história de invasão alienígena, claustrofobia social e desespero paterno, e então dá um passo a mais em direção à miséria com um dos finais mais dolorosos, inesperados e comicamente perturbado possíveis. King disse publicamente preferir o fechamento do filme ao que ele colocou no romance, e entendemos 100% sua fala. O Nevoeiro tem grandes momentos, acerta em cheio na construção da tensão (em grande parte pelos ótimos visuais), mas são aqueles últimos 10 minutos que elevam esse filme. Vai arruinar seu dia, mas vale a pena. - Guilherme Jacobs

Jogo Perigoso (2017)

Jogo Perigoso
Divulgação

Onde ver: Para streaming na Netflix.

Por que ver: Primeiríssima investida de Mike Flanagan na bibliografia de King, Jogo Perigoso mostra a habilidade do cineasta em esticar os mundos tecidos pelo escritor na página sem deformá-los. O livro de 1992 no qual o filme da Netflix foi baseado era considerado “infilmável” por muita gente, até por se concentrar muito mais no espaço interior da protagonista, uma mulher que se vê presa em uma cabana quando o marido morre de infarto após algemá-la na cama como um joguinho sexual, do que em grandes acontecimentos externos. Flanagan sabiamente coloca a sempre formidável Carla Gugino no centro dessa trama, garantindo que o filme continuasse um deleite de se assistir mesmo enquanto ela permanece presa naquele cenário único - mas também brinca bastante flashbacks e sequências delirantes, realizados de forma tecnicamente impecável, para tirar Jogo Perigoso do mais do mesmo e revelar a história rica que ele, de fato, sempre teve para contar. - Caio Coletti

Doutor Sono (2019)

Doutor Sono
Divulgação

Onde ver: Para streaming na Max. Para aluguel e compra no Prime Video e Apple TV+.

Por que ver: Após Jogo Perigoso, a “dobradinha” Stephen King-Mike Flanagan embarcou em um projeto muito mais ousado. Adaptar Doutor Sono, sequência direta de um dos maiores clássicos do autor - e claro, do cinema - seria uma missão dificílima, principalmente pela notória insatisfação de King com o filme de Stanley Kubrick. O resultado, contudo, foi extremamente positivo, já que Flanagan soube captar a essência aterrorizante da obra e injetar a sua tensão quase claustrofóbica que tanto fez sucesso em séries como A Maldição da Residência Hill e A Maldição da Mansão Bly. Somado a isso ainda temos as performances cativantes de Ewan McGregor e Rebecca Ferguson, a segunda roubando a cena como a sedutora e sombria Rose the Hat, em um dos melhores papéis de sua carreira. - André Zuliani

Boogeyman - Seu Medo é Real (2023)

Divulgação

Onde ver: Para streaming no Disney+.

Por que ver: Depois de fazer o fenômeno pandêmico Host (2020), o diretor Rob Savage virou queridinho dos fãs de terror, até com base na promessa de produções genuinamente assustadoras retornando a um cenário que parecia mais preocupado com prestígio acadêmico do que com o fator “arrepio na espinha”. A premissa se provou verdadeira em Boogeyman, que usa um conto bem antigo de King (publicado originalmente um ano antes de Carrie, em 1973) para estruturar a história simples de uma família assombrada pelo bicho-papão, criatura realizada com efeitos especiais que usam inteligentemente os recursos limitados do orçamento. Construindo suas sequências mais tensas efetivamente nas sombras de uma casa moderna, e baseando a dinâmica familiar central em emoções simples, muito bem expressadas pelo elenco (destaque para Vivien Lyra Blair, a pequena Leia de Obi-Wan Kenobi), Savage faz o básico do horror com competência rara, e muito bem-vinda, nos dias de hoje. - Caio Coletti

11.22.63 (2016)

Divulgação

Onde ver: Para streaming no Prime Video.

Por que ver: Imagina que um dia você é apresentado a uma porta que te dá acesso ao passado e, independentemente do tempo que você passe lá dentro, quando você volta, apenas dois minutos se passaram. Com esse acesso ao passado, você é convencido de que o mundo poderia ser melhor caso você alterasse o curso de um acontecimento. Esse é o plot de 11.22.63, o meu livro favorito de Stephen King, que virou uma minissérie produzida pelo próprio autor, Bridget Carpenter, Bryan Burk e J.J. Abrams. Com James Franco no papel principal, como Jake Epping, acompanhamos uma história em que Jake volta ao passado para tentar evitar a morte de John F. Kennedy em 22 de novembro de 1963 - nome da série. Só que para isso ele precisa viver alguns anos no passado e se preparar para esse momento. Durante os oito episódios da minissérie, vemos grandes atuações de Franco, construindo uma nova vida no passado, que, como uma em boa história de Stephen King, faz de tudo para impedir as mudanças, e de Daniel Webber, que interpreta Lee Harvey Oswald, o assassino de Kennedy. Para quem gosta de uma boa ficção científica, viagem no tempo e efeito borboleta, 11.22.63 é uma ótima pedida. - Pedro Gilio

O Sobrevivente (1987)

Divulgação

Onde ver: Para streaming no Oldflix e Mercado Play.

Por que ver: Escrito pelo futuro diretor de Street Fighter e dirigido pelo ator mais famoso por ser metade da dupla Starsky & Hutch na televisão, O Sobrevivente é o puro suco dos anos 1980 - para o bem e para o mal. Apesar de seu background duvidoso, o diretor Paul Michael Glaser realiza um filme de ação futurista de alto conceito respeitável, embebido em uma estética meio circense que satiriza com sucesso o entretenimento anabolizado da América de Ronald Reagan. Já o roteirista Steven E. de Souza extrai do livro de King (assinado com seu famoso pseudônimo Richard Bachman) o subtexto anti-sistema mais óbvio possível, tudo enquanto distorce o anti-herói Ben Richards para caber no molde do fortão invencível que Arnold Schwarzenegger gostava de “interpretar” (com aspas, mesmo) na época. Mas impossível negar que o astro estava no topo de seus poderes estéticos, e que é muito divertido vê-lo enfrentando astros da luta livre em meio a cenários cheio de gelo seco - pão-e-circo dos bons. - Caio Coletti

The Outsider (2020)

HBO

Onde ver: Para streaming na Max.

Por que ver: O novelista Richard Price - também conhecido dos cinéfilos por escrever A Cor do Dinheiro, clássico de 1986 do diretor Martin Scorsese - assumiu a bronca de adaptar para a TV um dos livros mais densos da bibliografia recente de King. The Outsider (o volume literário foi originalmente publicado no Brasil como O Intruso) abraça sem medo o clima opressivo dessa história sobre como atos de violência se infiltram pelos cantos de uma comunidade e, como uma doença contagiosa ou uma maldição, vão fraturando as vidas de cada um de seus membros irreparavelmente. A série da HBO é rigorosa em sua construção visual, espetacularmente atuada por nomes como Ben Mendelsohn, Cynthia Erivo, Julianne Nicholson e Mare Winningham, e tem um dos finais mais emocionalmente satisfatórios dentre as adaptações de King. - Caio Coletti

Mr. Mercedes (2017-2019)

Onde ver: Para streaming no ClaroVideo.

Por que ver: Fã de The Outsider? Mr. Mercedes pode ser a série certa para você, uma vez que as duas produções baseadas em King dividem uma personagem: Holly Gibney, vivida por Erivo na série da HBO e por Justine Lupe em Mercedes. A produção, que teve três temporadas na defunta Audience Network, mostra uma Holly mais jovem, aprendiz do detetive particular Bill Hodges (Brendan Gleeson), enquanto tenta controlar os sintomas mais extremos do TOC. Desenvolvida pelo sempre eloquente David E. Kelley (Big Little Lies), Mercedes dobra o jogo de gato e rato entre Hodges e o serial killer Brady (Harry Treadaway) como análise da decadência dos Estados Unidos do século XXI. Apesar de guardarem certo carinho por seus personagens, Kelley e King pintam com amargor cristalino a vida deles em uma terra de descaso institucional absoluto, que conduz seus cidadãos ao extremismo com um sorriso assustador estampado no rosto. - Caio Coletti

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.