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Grant Morrison explica como a personalidade de Superman mudou nos Novos 52

Escritor diz que novo Superman é mais durão e mais confiante

ÉA
09.02.2013, às 00H00.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H46

Recentemente a DC Comics anunciou que Grant Morrison vai ficar mais uma edição em Action Comics, série da qual anunciou a saída no ano passado. Mas numa série de entrevistas que o autor concedeu esta semana, ele revela que a edição extra representa o triplo de seu plano inicial: ele ia fazer apenas 6 edições do relançamento de Superman nos Novos 52.

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"Eu tinha umas ideias sobre o início de carreira dele, queria fazer um Superman jovem, que ainda não era o que viria a ser. Por isso, inicialmente seriam seis edições até revelar como Super ganhou o novo uniforme, o que Jim Lee projetou, e fazer tipo uma evolução desde aquele ideal da Era de Ouro até o que temos hoje. Mas aí, no meio do processo, Rags Morales, o artista, se atrasou, teve uma história tapa-buraco de Andy Kubert e, já que tive que fazer esse tapa-buraco, a trama se abriu mais, deixei pistas de várias coisas e não ia conseguir deixar pra trás", ironiza Morrison na conversa com o Newsarama.

As edições que ele chama de tapa-buraco, já lançadas no Brasil em Superman 5 e 6, misturaram viagens no tempo, a Legião dos Super-Heróis e acabaram levando à definição do Sr. Mxyzptlk - e outras figuras da quinta dimensão - como principal ameaça no ano e meio de histórias do escritor.

A principal mudança que Morrison nota na sua passagem pela série é colaborar na definição da nova personalidade do homem de aço: mais confiante, um pouco mais esquentado, mas ainda um herói gentil e bondoso. Veja as declarações:

- "Este cara de agora está longe do que a gente viu na última década, o herói que tinha mais dúvidas sobre si e era mais indeciso. O Superman atual tem certeza de que o que ele faz está certo, sempre, porque ele é o Superman, e sempre vai estar certo porque é Superman. A gente meio que deixou ele ser o que tem que ser: nosso ideal do cara do bem, entende? E ele não leva desaforo, ele defende as pessoas dos valentões. Esse é o cara, sabe? Ele é durão." (Newsarama)

- "Acima de tudo, o que eu sempre digo é que a gente deixou ele um pouquinho mais homem. (risos) Acho que é a melhor coisa que podia ter acontecido. Agora ele tem mais atitude; não é mais um cara do sistema. Ele ficou mais perigoso. Ficou mais emotivo. Ele pode ficar furioso; tem senso de humor. Clark Kent também não é mais só o pateta do interior. Ele também tem coisas que quer realizar." (IGN)

- "Acho que a melhor coisa foi se livrar daquele Superman emo e estranhinho que circulou por um tempo. Aquele que ficava se esquivando de usar os poderes e era meio angustiado. Há vários e ótimos personagens dos quadrinhos que são angustiados e o Superman não precisa ser mais um." (CBR)

O autor deixa pistas de que suas últimas edições - um confronto com uma criatura da quinta dimensão que "consegue atacar o Superman em termos conceituais, morais e físicos" (MTV Geek) - terá toques de metalinguagem: "o leitor vai estar envolvido, de forma bem específica" (Newsarama); "Superman vai lutar em defesa de toda a criação, ou melhor, nós todos vamos lutar em defesa de toda a criação em Action Comics #18" (ComicVine).

Para terminar, Morrison explica que alguns elementos de sua passagem pelo Superman vão fazer parte de seu próximo projeto na DC, Multiversity, e que já entregou o início de seu roteiro para um projeto com a Mulher-Maravilha. Nenhum destes novos trabalhos tem data para sair.

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