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Castle Rock | As principais referências da série aos livros de Stephen King

Shawshank, Alan Pangborn e mais

18.09.2018, às 14H30.

Quando Castle Rock foi anunciada, os fãs de Stephen King ficaram ansiosos, já que mesmo que a cidade tivesse sido mais citada que visitada nas obras do autor, ela faz parte de uma mitologia que representa a essência do escritor. A cidade se tornou um símbolo desse mal iminente, por vezes humano e por vezes transcendental, que atravessa a nossa história e que nas páginas de King alcançam as nossas emoções de uma maneira impressionante. J.J. Abrams, produtor executivo, garantiu que várias tramas do autor se esbarrariam na série, mesmo que Castle Rock não fosse ser uma reunião de antigos personagens.

A afirmação ficou clara assim que a série começou. O legado de King servia para ilustrar os cenários por trás da trama da produção, mas ele não interferia diretamente. O que isso quer dizer? Menções e referências estão por trás de tudo que Castle Rock representa, mas os criadores não se apropriam do que o escritor fez antes. Com isso, a série virou uma vitrine de citações que contribuíam para o quadro geral do conceito artístico, algumas de maneira mais direta (como no que diz respeito ao próprio estilo narrativo, sombrio e nublado) e outras de maneira indireta (como em um pôster da banda favorita de King ou no fato de vários atores escolhidos já terem feito adaptações dele).

Para mapear esses detalhes, preparamos uma lista com as principais referências diretas à cidade de Castle Rock e também as indiretas, que não se relacionam com a cidade, mas com a obra de King como um todo. Vamos lá:

Torre Negra

Reprodução/ Castle Rock
Reprodução/ Castle Rock

De todas as referências que constituem Castle Rock a mais importante delas também não está diretamente ligada a Castle Rock. A saga de livros A Torre Negra fala de como o pistoleiro Roland precisa alcançar a torre e impedir sua destruição. A torre é como um eixo que segura todos os universos e seu enfraquecimento acaba permitindo que os universos vazem um para o outro. A saga justificou a obra de King, explicando em seus sete volumes que vários finais dos livros do escritor foram resultado desses vazamentos. Na série Castle Rock acabamos descobrindo que a teoria dos multi-universos é parte da resolução do mistério que ronda Henry Deaver. Assim, os criadores do seriado enquadram a narrativa de modo definitivo na essência de King.

The Shinning

Reprodução/ Castle Rock
Reprodução/ Castle Rock

The Shinning (O Iluminado) se passa bem longe de Castle Rock, mas tem o Maine em comum com ela (de fato, o Maine é o grande fator em comum entre todas as referências). O livro conta a história de uma família que precisa passar o inverno todo presa num hotel que não funciona durante a estação. Jack Torrance arruma o emprego como zelador e leva a esposa e o filho. O problema é que o filho é paranormal e o os espíritos presos no lugar começam a enlouquecer a família, principalmente o pai. Em Castle Rock temos uma personagem chamada Jackie Torrance, que vem a ser sobrinha dele. No episódio oito essa personagem aparece em cena segurando um machado, exatamente como o tio na clássica sequência de O Iluminado em que Jack tenta alcançar a esposa quebrando a porta do banheiro com a ferramenta.

Shawshank Penitentiary

Reprodução/ Castle Rock
Reprodução/ Castle Rock

Aqueles que não conhecem a obra de Stephen King ainda podem entender essa referência se tiverem assistido Um Sonho de Liberdade, filme estrelado por Tim Robins e que mostra a luta de um homem inocente para conseguir escapar da penitenciária. O filme foi adaptado de um conto e é uma das poucas histórias do autor que não tem elementos sobrenaturais. Foi dirigido por Frank Darabont, um verdadeiro expert em entender a cabeça de King (À espera de um Milagre e O Nevoeiro também são dele). Em Castle Rock a prisão ocupa um lugar importante, já que foi lá que The Kid foi encontrado numa jaula.

Pet Semmetery

Reprodução/ Castle Rock
Reprodução/ Castle Rock

Cemitério Maldito, como chamado no Brasil, acontece bem próxima das fronteiras de Castle Rock. A trama conta a história de uma família que descobre atrás de casa um cemitério de animais em que tudo que é enterrado volta à vida. Ruth Deaver tem um cachorro enterrado numa mala, no quintal de casa; e embora sofra de Alzheimer, ela garante ter visto o cão pelo quintal mesmo depois de sua morte.

Alan Pangborn

Reprodução/ Castle Rock
Reprodução/ Castle Rock

Alan Pangborn é um velho conhecido dos leitores de The Dark Half e Needful Things. No primeiro ele está mais jovem, enquanto no segundo ele já é um veterano. Castle Rock apareceu pela última vez justamente em Needful Things e por isso foi inteligente escolher um personagem de lá para trazer de volta à vida. Alan era o xerife da cidade no passado e agora, vive ao lado de Ruth Deaver, a mãe adotiva do misterioso protagonista.

Carrie

Reprodução/ Castle Rock
Reprodução/ Castle Rock

O primeiro livro de Stephen King foi Carrie, sobre a adolescente reprimida que tinha poderes telecinéticos. Essa história não se passa em Castle Rock, mas a intérprete de Ruth Deaver (Sissy Spacek) também viveu Carrie na primeira adaptação para o cinema. Na investigação de Henry sobre o próprio desaparecimento ele esbarra em Vince Desjardins, que tem o sobrenome da professora de educação física de Carrie.

The Body

Reprodução/ Castle Rock
Reprodução/ Castle Rock

Chamado no Brasil de Conta Comigo, o conto The Body tem algumas menções em Castle Rock e quase todas elas tem a ver com aparições de personagens ligados aos meninos do conto. Na série há uma Leanne Chambers, que tem um parentesco com Chris Chambers (do conto). Porém, o sobrenome Chambers também é familiar para os fãs da saga A Torre Negra.

It

Reprodução/ Castle Rock
Reprodução/ Castle Rock

Pode parecer estranho, mas It tinha tudo para se passar em Castle, mas não se passa. A cidade de Derry é bem perto (como podemos ver na abertura), o suficiente para que sofra as mesmas influências. A primeira referência mais importante é a própria presença de Bill Skargard, que vive o estranho The Kid e deu vida ao Pennywise da versão recente do filme. Depois, balões são vistos em algumas cenas. Porém, talvez a referência maior seja a que diz respeito ao ciclo de anos em que Pennywise reaparece. Entre a chegada de The Kid em Castle Rock e a descoberta dele na prisão passaram-se 27 anos, o mesmo tempo de reclusão da criatura de It. Não podemos esquecer também que segundo The Kid, ele precisava levar Henry para a floresta porque “a porta estava aberta”. São coincidências bem interessantes.

Cujo

Reprodução/ Castle Rock
Reprodução/ Castle Rock

A assustadora história de uma mãe presa dentro do próprio carro enquanto um cão raivoso espreita do lado de fora é uma das mais famosas de Stephen King. A referência surge em Castle Rock através de recortes de jornal, placas e também na ligação direta entre essa história e todo e qualquer cão que surgisse em um episódio.

The Man in the Black Suit

Reprodução/ Castle Rock
Reprodução/ Castle Rock

Essa talvez seja uma das referências diretas menos diretas, mas ainda assim muito importante dentro do universo da cidade. O conto The Man in the Black Suit foi publicado primeiramente na New Yorker e chegou até a vencer importantes prêmios. Conta a história de um menino que num dia de pescaria na temida bifurcação do rio Castle, tem um encontro com um homem de terno preto e olhos vermelhos, que o aterroriza e que se marca em sua memória para sempre. Podemos forçar uma ligação entre isso e a sequência em que The Kid observa o menino Henry no rio congelado. Mas, sendo ou não uma menção, o fato é que o homem do terno preto não é totalmente humano, espreita a cidade de formas demoníacas e faz parte dessa atmosfera sinistra que diz respeito aos cantos escuros do lugar.

The Dead Zone

Reprodução/ Castle Rock
Reprodução/ Castle Rock

Essa é outra trama de King que se passa diretamente em Castle Rock. Molly, a corretora sensitiva que ajuda Henry Deaver em sua jornada, vende casas com passados complicados. Comprar uma propriedade na cidade nunca é um mero detalhe, sobretudo porque dificilmente se encontraria uma propriedade onde alguma morte não tivesse acontecido. Uma dessas casas pertenceu a Frank Dodd, um grande personagem de The Dead Zone.

The Dark Half

Reprodução/ Castle Rock
Reprodução/ Castle Rock

Pássaros são muito presentes nas tramas de King, sobretudo corvos. Em The Dark Half eles são uma presença ostensiva e o episódio nove, que mostra a vida de Henry Deaver “do outro lado, faz uma grande menção a isso no céu da floresta.

Needful Things

Reprodução/ Castle Rock
Reprodução/ Castle Rock

Needful Things (Trocas Macabras, no Brasil) foi a história que encerrou o investimento de King na cidade de Castle Rock. A história era muito interessante, mostrava um estranho homem que abria uma loja na cidade que parecia ter um item imprescindível para cada um dos moradores. O homem manipulada os clientes até o ponto em que eles fazem tudo para conseguirem o objeto. Isso transforma a cidade num nível catastrófico e é como se com isso, o autor estivesse buscando encerrar a vida de maldições do lugar. O incêndio da loja de “coisas necessárias” aparece num recorte de jornal manuseado por Henry. Aparentemente Castle Rock seguiu sobrevivendo.

Juniper Hills

Reprodução/ Castle Rock
Reprodução/ Castle Rock

O hospício acaba sendo incendiado no decorrer da temporada de Castle Rock, mas ele apareceu antes em muitas outras histórias de King como Bag of Bones, Needful Things e até na recente 11.22.63.

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