O sindicato dos roteiristas de Hollywood, o WGA, quer uma investigação sobre a Paramount Pictures por conta da suspeitas em torno do fim do Late Show with Stephen Colbert. O programa foi cancelado esta semana, deixando de existir após o fim da atual temporada em 2026.
Em comunicado à imprensa, o WGA afirma ter preocupações significativas sobre a decisão, que pode envolver um acordo firmado pela empresa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na justiça americana. A Paramount aceitou pagar US$ 16 milhões ao oficial para encerrar um processo de difamação três dias antes de Stephen Colbert anunciar o fim do Late Show —o programa criticou a decisão há alguns dias.
O sindicato afirma que a empresa estaria sacrificando a livre expressão para azeitar as relações com a presidência e se posicionou contra o cancelamento do programa. "A decisão da Paramount acontece em um cenário de ataques recorrentes contra a liberdade da imprensa pelo presidente Trump, atráves de processos judiciais contra a CBS e a ABC, ameaças de litígio contra organizações de mídia com cobertura críticas e o desfinanciamento consciente da PBS e da NPR", escreveu o WGA, citando os canais públicos americanos.
A CBS afirmou que esta foi "uma decisão puramente financeira diante de um cenário desafiador em talk shows". "Não tem nenhuma relação com o desempenho, o conteúdo ou outros assuntos da Paramount", acrescentou o trio. O The Late Show começou em agosto de 1993 com David Letterman como apresentador, que havia saído da NBC após não conseguir um lugar no The Tonight Show.
Letterman se aposentou do programa em maio de 2015 e Colbert, que já havia estrelado o The Daily Show e o The Colbert Report, assumiu em setembro de 2015.
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