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Vale Tudo termina bagunçada, corrida, sem vontade e Odete fez bem em fugir dali

Remake chegou ao fim nesta sexta-feira (17)

Omelete
3 min de leitura
18.10.2025, às 17H47.

[Texto publicado em 17 de outubro]

Vale Tudo
chegou ao fim nesta sexta-feira, 17 de outubro, do mesmo jeito que a maioria das novelas: casamentos e conclusões corridas. Mas a grande verdade é que o atrativo não era quem ficaria com quem, mas sim a nova versão do clássico: Quem matou Odete Roitman?

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Deborah Bloch se tornou muito mais protagonista da história do que Taís Araújo ou Bella Campos. Seja por uma preferência da autora, seja por um apego cada vez mais comum do público com personagens “anti heróicos”, a vilã, que foi imortalizada por Beatriz Segall na novela original, gerou mais burburinho que todo o resto. Talvez um dos poucos pontos realmente positivos na história.

E o final de Vale Tudo, de fato, não foi lá essas coisas. Na verdade, ele seguiu o padrão bagunçado do resto da novela. Personagens não deram as caras, outros, como Afonso (Humberto Carrão) e Solange (Alice Wegmann), que ganharam o carinho do público - e sofreram com merchans mal escritos e furos técnicos -, ganharam uma ceninha qualquer para dizer que apareceram no final. A clássica cena da fuga de Marco Aurélio (Alexandre Nero) ficou para o penúltimo capítulo, sobrando para o final uma prisão e libertação em poucos segundos e um foco na “crítica” rasa das tornozeleiras eletrônicas.

Maria de Fátima, da mesma forma que teve um filho e se livrou dele, logo encontrou um ricaço bobalhão (mais um!), que foi conquistado com uma água, um sanduíche e um beijo jogado de longe. Tudo para no final ela e César (Cauã Raymond) se reencontrarem no haras do fazendeiro. Raquel (Taís Araújo), coitada, ganhou um casamento mequetrefe, uma empresa com lucro para dividir com funcionários e o orgulho de ver Poliana (Matheus Nachtergaele) dando uma entrevista.

Quando finalmente chegamos ao que todo mundo queria ver, Manuela Dias também não entregou nada que os espectadores já não esperassem. Marco Aurélio está na cama do pensativo e lembra de seu encontro com Odete Roitman no quarto do hotel. Ela revela que o primeiro tiro na parede foi dado por Heleninha (Paolla Oliveira, que sai da cadeia e mal fala ao chegar em casa). Ele então aproveita para, com um pano, segurar a arma que a filha de Odete havia deixado na mesa, vira o rosto e atirar na vilã. Mas o buraco era ainda mais fundo.

O tiro não foi fatal. Odete aproveita para ligar para Freitas (Luis Lobianco) que consegue armar um esquema dos mais preguiçosos possíveis, resgata a vilã, a leva para um casebre onde ela é operada (!!!!) e depois foge em um helicóptero. "Odete Roitman sempre volta", diz a megera amada no encerramento da novela.

Manuela Dias entrega um final sem vida, sem tesão, corrido e que representa tudo o que foi apontado pelos espectadores nas redes sociais: a falta de cuidado com o material original. Do roteiro que não sabia qual personagem priorizar até as situações estapafúrdias, que confundem o que é novela e seu melodrama com o ridículo e a falta de verossimilhança. Um remake que acerta (certas vezes) quando repete o original e patina quando precisa criar ou adaptar a trama para os dias atuais.

As crises de bastidores desde o início, as críticas dos protagonistas ao longo do processo… um caos que nem Odete Roitman poderia controlar. Vai ver por isso ela fugiu de helicóptero. Quem sabe não volte para outro remake daqui 36 anos, dessa vez com um texto e direção melhores.

 

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