Billy The Kid | Tom Blyth compara protagonista com Snow, de Jogos Vorazes

Quando Tom Blyth foi escalado como o jovem Presidente Snow em Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, ele tinha acabado de estrear como o protagonista da série Billy The Kid, um drama de faroeste sobre um jovem irlandês de origem humilde que se tornou um notório pistoleiro.

A produção ganhou força e, agora, está atualmente filmando a terceira e última temporada. Por enquanto, no entanto, os dois primeiros anos acabaram de chegar ao Brasil no último 23 de maio, pelo MGM+.

Em entrevista ao Omelete, Tom explicou o que o público que já o conhece de Jogos Vorazes pode esperar da série. “Se você assistiu ao filme, há uma semelhança no sentido de que é um personagem muito complexo. Ele é alguém que não é necessariamente apenas um mocinho, ou um herói. Ele também faz coisas vilanescas às vezes, faz coisas que são erradas”, associou o ator.

A semelhança, no entanto, para por aí. “Eu diria que, no geral, porém, Billy está partindo de um lugar de mais honestidade e honra, e genuinamente acredita que está do lado certo da história, enquanto acho que isso não importa para o Snow, porque ele é ambicioso. Billy não é realmente ambicioso, ele apenas tenta fazer o certo no presente”, explicou.

Confira abaixo a entrevista completa com Tom Blyth sobre Billy the Kid:

OMELETE: Você ainda está a alguns meses de lançar a terceira temporada de Billy the Kid, mas aqui no Brasil, finalmente temos as duas primeiras temporadas no MGM+. Quando você olha para trás, para a jornada com a série, como você acha que esse papel definiu sua carreira como ator?

Tom: Essa é uma pergunta muito boa. Esta série basicamente iniciou minha carreira. Quer dizer, eu tinha acabado de sair da escola de teatro quando consegui este papel. Eu jantei com nosso produtor, Donald De Line, na noite passada e ele literalmente olhou para mim e disse: "Ah, você cresceu nesta série, não é?" E eu fiquei tipo: "Sim, cresci." Eu fiz muita coisa nos últimos dois ou três anos desde que comecei, mas isso é algo que tem sido tipo uma âncora, sabe, nos últimos quatro anos e eu sou muito grato por isso. Eu não estaria onde estou sem ela. E também acho que me ensinou muito. Acho que eu meio que aprendi a atuar nesta série.

Omelete: Sua vida mudou muito desde que você foi escalado para a série. Quando você voltou para Billy the Kid na segunda temporada, ao longo da sua carreira, e depois na terceira temporada, você se sentiu mais confiante, não só com o papel, mas com a atuação em geral?

Tom: Sim, quero dizer, eu nem consigo assistir à primeira temporada de novo porque sinto que eu estava muito duro e engessado. Não assisti de novo há alguns anos, mas acho que aprendi a me soltar. Eu amo o que faço e quando você é um ator jovem tentando conseguir um emprego, você se leva tão a sério. Acho que aprendi a não me levar tão a sério, o que é bom porque significa que você vai trabalhar e se diverte com isso. Agora sinto que estou de volta a um lugar onde estou apenas brincando. É legal revisitar um personagem que você interpretou por quatro anos. Eu saí e fiz o Snow em Jogos Vorazes, fiz um drama de prisão e fiz uma história de amor interpretando um policial disfarçado, tipo, todas essas coisas que são tão, tão diferentes. Mas então eu volto para isso e consigo ver o que mudou e ver como eu mudei e como posso trazer isso para o Billy. O tempo todo ainda estou ancorado a essa coisa que eu conheço muito bem.

Omelete: Sim, com certeza. E Billy the Kid é baseado em uma história real. Ele realmente era um fora da lei e pistoleiro. Quando você entrou na série pela primeira vez, quanto da história dele você já conhecia?

Tom: Sim, é uma história real. Billy viveu e morreu e sua mãe, pai e irmão todos estavam vivos e eram pessoas reais e todos são retratados na série. Então, à medida que chegamos ao final da primeira e da segunda temporadas, todo mundo que você conhece é praticamente baseado em uma pessoa real. Então, você meio que sente que tem uma certa responsabilidade de trazê-los à vida e dar a eles uma vida plena e não ser apenas uma espécie de caricatura. Sempre que interpreto alguém que é uma pessoa real, ou baseado em uma pessoa real, eu penso: quando eu me for, se alguém fosse contar minha história, como eu gostaria que fosse feito? Não há realmente uma resposta certa. Eu só espero que eles me façam parecer uma pessoa completa e não apenas uma caricatura. Então é isso que eu tento fazer com o Billy.

Omelete: E você fez pesquisas mais profundas sobre ele ou sentiu que isso poderia influenciar o personagem de uma forma diferente do que Michael Hirst, o criador, havia imaginado?

Tom: Em termos de pesquisa, há muita história por aí. Li muitos livros. Aprendi a andar a cavalo o melhor que pude e aprendi a atirar com armas e tudo isso. Mas, na verdade, o principal foi que fui ao Novo México visitar o túmulo dele e o túmulo da mãe dele e isso apenas fez com que parecesse muito real para mim. E me deu esse tipo de senso de profundidade.

Omelete: Você falou sobre andar a cavalo, como você acha que suas habilidades evoluíram desde a primeira temporada?

Tom: A parte de andar a cavalo é a minha favorita do trabalho. Todo dia que eu vou para o set e subo em um cavalo, eu fico sorrindo de orelha a orelha. É tão divertido. Não acredito que levei até os meus vinte e poucos anos para aprender a andar a cavalo direito. Porque agora não consigo me imaginar sem fazer isso. Mas o que diferencia esta série é que eu assisto a muitos faroestes e muitos filmes onde há cavalgadas e você sempre pode ver que eles fazem um take para os cascos do cavalo ou nas costas do cavaleiro ou, às vezes, dá até para perceber que eles estão em um cavalo mecânico. E eu odeio isso. Claro que nem sempre é possível, mas eu nem preciso atuar quando estou em um cavalo. É simplesmente ótimo, é muito divertido.

Omelete: Pensando em toda a jornada, o que mais você levará do seu tempo em Billy the Kid?

Tom: Honestamente, parece um pouco piegas, mas muitos amigos. Nós estamos na terceira e última temporada agora. Estamos filmando enquanto falamos e somos todos tão próximos e tão unidos. Para muitos de nós, é nosso primeiro grande trabalho ou o trabalho que meio que abriu portas para nós e então acho que vou levar adiante muitos amigos muito bons.

Omelete: Isso é incrível. É um pouco clichê, mas também é muito verdadeiro quando você trabalha por tanto tempo. Quando você foi escalado como Snow, eu lembro que Billy the Kid tinha acabado de estrear e costumávamos nos referir a você nas notícias como o protagonista da série. Mas agora, aqui no Brasil, muitas pessoas podem assistir à série depois de já terem visto você em "A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes". Então, para essas pessoas que têm você como Snow em suas mentes, o que elas podem esperar de Billy the Kid?

Tom: Se você assistiu ao filme, há uma semelhança no sentido de que é um personagem muito complexo. Ele é alguém que não é necessariamente apenas um mocinho. Ou um herói. Ele também faz coisas vilanescas às vezes, faz coisas que são erradas. Eu diria que, no geral, porém, Billy está mais partindo de um lugar de honestidade e honra, e genuinamente acredita que está do lado certo da história, enquanto acho que isso não importa para o Snow, porque ele é, ele é ambicioso. Billy não é realmente ambicioso, ele apenas tentar fazer o certo no presente.

Omelete: E eu sei que você ainda está filmando a terceira temporada, você já teve a chance de ler o roteiro final?

Tom: Eu li até os dois últimos episódios, então eu realmente não sei como vai terminar. O que é difícil, mas também estou feliz porque significa que posso apenas ficar presente e fazer o que estamos fazendo agora. Quem sabe se eu vou sequer concordar com o final? Eu não sei. Isso está nas mãos de Michael Hirst.

Omelete: Mas, por enquanto, com o que vocês já estão filmando, você acha que os fãs vão gostar? Você pode nos adiantar alguma coisa?

Tom: O que eu amo nesta temporada é que nós conseguimos ver um pouco mais desses personagens coadjuvantes, como George Coe, Charlie Bowdre, Del Sena, todos esses personagens que estão cercando Billy. Eles o tornam quem ele é, e a razão pela qual ele está lutando tanto é porque ele ama essas pessoas. Então, à medida que a série avança, acho que realmente construímos esses relacionamentos e você consegue ver essas performances muito legais de pessoas como Brendan Fletcher, que interpreta George Coe, e Nuria Vega, que interpreta Del Sena, e todos os outros. Então, isso, para mim, é a parte mais emocionante. Também temos muito mais ação, muito mais tiroteios, todas essas coisas legais, mas também temos esses relacionamentos realmente fortes que estão se construindo.

Omelete: Muito obrigada pelo seu tempo. Mal posso esperar para assistir à terceira temporada e também a tudo mais que você tem por vir. Sei que tem muita coisa e estou muito animada para assistir.