O quinto episódio da segunda temporada de The Last of Us enfim está entre nós, e fica a pergunta: quais as principais divergências entre o jogo da Naughy Dog e a série da Max? Vem com a gente, que nós pontuamos as principais semelhanças e diferenças.
O episódio deste domingo adaptou o segundo dia de Ellie em Seattle, trazendo mudanças importantes na jornada da protagonista pela cidade, mas também cortando algumas sequências inteiras que estavam no game de 2020. Algumas interações entre personagens também são alteradas, e a chegada de figuras importantes e até a origem de um personagem ou outro sofreram alterações.
Interrogatório da WLF em cena inédita
A cena de abertura mostra o grupo da WLF em uma sala com uma líder presa, sendo interrogada pela Hanrahan (personagem da Alanna Ulbach que apareceu no Episódio 4), falando sobre o incidente do hospital. A cena é um bom exemplo de como a série cria contextos ao redor de eventos que acontecem no jogo. Em The Last of Us: Part II, o hospital é um cenário importante porque lá foram levados os primeiros infectados durante o dia do surto. Isso significa que alguns dos infectados mais evoluídos e perigosos estão no subsolo do local.
No jogo, a exploração do subsolo também é super importante para segmentos do jogo com a Ellie que são adaptados nesse episódio. Outro aspecto importante dessa cena é a introdução dos esporos, um método de infecção que não havia sido adaptado até então. No jogo, os esporos são um dos principais jeitos de ser infectado pelo cordyceps, o que faz as pessoas usarem máscaras de gás quando vão explorar locais perigosos, como a gente explicou no vídeo do episódio passado. A primeira temporada da série substituiu os esporos pelas ramificações do fungo e a mentalidade de horda, mas eles precisaram dos esporos para uma cena específica no final deste episódio, e por isso esse aspecto foi recuperado.
A exploração do teatro e o violão
Depois da abertura, vemos Dina monitorando a frequência de rádio da WLF e tenta captar o sinal, quando as luzes se acendem e a Ellie aparece, dizendo que ativou um gerador. Depois, Ellie continua explorando e encontra um palco, ainda com instrumentos e um violão. Ela começa a tocar 'Future Days', música que o Joel ensinou pra ela, mas imediatamente para ao se lembrar da morte do amigo. No jogo, a ordem das coisas é um pouco diferente: a Ellie liga a energia do teatro antes da virada do dia, ou seja, imediatamente depois que elas chegam lá. Outra diferença é que no próprio local já tem um equipamento de rádio, que é utilizado pela Dina, enquanto na série as duas roubam o rádio na estação da WLF.
Na sequência, temos Ellie e Dina escutando o rádio para encontrar uma maneira de chegar ao hospital, o que faz a adaptação cortar um segmento inteiro de The Last of Us Part II chamado Hillcrest, no qual a Ellie e a Dina escutam uma mensagem no rádio sobre um conflito entre um forasteiro e a WLF no distrito residencial de Hillcrest. Ellie enfrenta uma série de soldados da WLF até descobrir que esse forasteiro na verdade é o Jesse, e os dois escapam do local.
A chegada de Jesse e uma cena inédita
A chegada do Jesse acaba acontecendo em uma cena inédita na qual Ellie e Dina descobrem uma brecha na patrulha da WLF: um enorme prédio abandonado. Elas concluem que o local é desprotegido por estar repleto de infectados, e a análise delas estava correta. Antes disso, elas tem uma conversa indo até lá sobre qual vai ser o nome da criança, e é curioso porque os nomes citados são diferentes do nome do bebê no jogo. Elas também encomtram mais uma pilha de corpos de Serafitas, mostrando a brutalidade da guerra em Seattle, e Dina conta sobre a primeira pessoa que ela matou: um bandido que espancou sua irmã e sua mãe até a morte, quando a jovem tinha apenas oito anos.
Aqui, nós vemos uma diferença importante entre a Dina do jogo e a Dina da série. No jogo, ela também perdeu a mãe e a irmã, mas em circunstâncias desconhecidas. No entanto, ela também matou uma pessoa quando era criança, e essa pessoa também estava atacando sua mãe, mas aqui ela conseguiu salvá-la. Isso também me lembrou de um aspecto da Dina do jogo que, aparentemente, não foi adaptado na série: a origem étnica da personagem. Em The Last of Us: Part II, a Dina é judia, e faz vários comentários sobre sua religião enquanto ela explora Seattle com Ellie no primeiro dia. Isso não faz tanta diferença na história principal, e acabou estando no jogo por conta do próprio Neil Druckmann, que nasceu e cresceu em israel e é judeu.
Cena inédita: confronto com infectados
Logo em seguida, vemos Ellie e Dina entrando no prédio abandonado, até encontrarem vários infectados. Quem acaba salvando as duas é o Jesse, e então, os três continuam sua jornada.
Depois do embate no prédio, temos a cena do trio chegando ao parque e encontrando os Serafitas, um momento que também existe no jogo, mas com muitas mudanças. Na série, o trio é perseguido pela WLF após deixar o prédio com infectados, e sem muita alternativa, acaba correndo até um parque, onde a WLF decide não entrar. Lá dentro, há um rápido diálogo no qual Jesse revela que Tommy também foi pra Seattle - outra diferença em relação ao jogo, onde o Tommy vai pra Seattle antes mesmo da Ellie e da Dina. Em seguida, o trio presencia um ritual dos Serafitas igual ao da estação de TV, na qual eles colocam na forca um membro da WLF e depois cortam sua barriga. Dina é descoberta e toma uma flechada na perna, e o Jesse decide levá-la de volta para o teatro enquanto a Ellie fica para despistar os Serafitas.
No jogo, essa sequência já muda logo de cara, pois Ellie vai sozinha ao parque, já como parte do caminho dela rumo ao hospital. Ellie também presencia o ritual dos Serafitas, e é ela quem acaba tomando uma flechada, no ombro. Depois disso, há toda uma sequência de combate, incluindo uma luta contra um Serafita imenso e super forte.
Ellie vs Nora
O embate de Ellie e Nora, integrante da equipe de Abby, enfim se aproxima. Do parque, nós já vamos direto para o momento em que Ellie encontra a Nora dentro do hospital, em uma sequência que também existe no jogo e é bem parecida. A única coisa que a série acaba não mostrando é como a Ellie chegou lá, algo que é detalhado no jogo, já que existe toda uma sequência de gameplay com a infiltração dela no hospital. A partir daí, a adaptação é bem fiel, com a Nora tentando fugir e caindo por acidente no subsolo do local, que está totalmente tomado por esporos. A Ellie a persegue e acaba vendo o subsolo completamente infectado, até dar de cara com uma Nora tossindo. Ali, a Ellie acaba revelando que é imune e começa a perguntar sobre o paradeiro da Abby. Essa cena é bem pesada tanto no jogo e na série, e existe uma diferença fundamental entre o original e a adaptação: no jogo, a Nora revela pra Ellie que o Joel matou o pai da Abby, enquanto no jogo ela é bem mais vaga, só pedindo pra Ellie pensar “no que ele fez”. De qualquer forma, o resultado é o mesmo: a Ellie tortura Nora brutalmente em busca de informações sobre Abby.
O episódio então fecha com o início de um flashback, com a Ellie sendo acordada pelo Joel em Jackson. O final do dia 2 no jogo é um pouco diferente, já que vemos a Ellie retornando ao teatro com um informações em um papel e em estado de choque com o que ela havia acabado de fazer. Totalmente coberta de sangue, ela é levada para o banheiro para se limpar e acaba sendo consolada pela Dina.
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