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Séries e TV
Artigo

Room 104 | Primeiro episódio de novo projeto dos irmãos Duplass acerta ao apostar na simplicidade

"Ralphie" soa como um curta de terror despretensioso e abre portas para novos capítulos interessantes

RG
01.08.2017, às 18H30.
Atualizada em 02.08.2017, ÀS 11H32

Os irmãos Mark e Jay Duplass resolveram brincar com o infinito de possibilidades narrativas que um quarto de hotel pode proporcionar. Room 104, nova antologia da HBO, eleva um lugar ao cargo de protagonista de uma série: o título é autoexplicativo, referente ao número do quarto de hotel onde, a cada capítulo, será contada a história de um diferente hóspede - e isso é basicamente tudo o que se sabe sobre a série, que poderá passear por gêneros que vão do drama ao terror. Para a primeira temporada já foram encomendados 12 episódios e o primeiro deles, "Ralphie" escrito pelos próprios Duplass e dirigido por Sarah Adina Smith, mostrou todo o ótimo potencial da nova produção.

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O formato tem algo de Black Mirror, só que tratado com mais simplicidade - ao invés de episódios de quase uma hora, os Duplass investiram em pequenos contos de pouco mais de 20 minutos. No primeiro episódio, somos apresentados à história de Meg (Melonie Diaz), uma babá chamada para tomar conta de uma criança na ausência de seu pai, Bradley (Ross Partridge). Os dois estão hospedados em um hotel e logo no começo fica nítido que há algo de errado - a forma displicente como o pai lida com a nova funcionária e o comportamento estranho do menino, chamado Ralph (Ethan Kent), estão entre as coisas que colaboram na missão de deixar uma pulga atrás da orelha de Meg e, por tabela, do espectador.

Todas as cenas são gravadas neste mesmo ambiente e, ainda assim, o episódio é muito dinâmico - a impressão que fica é que não seria um desafio ficar o dobre de tempo acompanhando a trama. A forma como os diálogos entre Meg e Ralph se desenrolam é muito envolvente - e é isso que garante um ou dois belos sustos no decorrer da história. A trama não busca revolucionar o gênero de terror, pelo contrário. O uso do clichê em "Ralphie" é bem executado na pele da criança assustadora e os Duplass conseguiram garantir a identificação do espectador na tela através da forma como Meg reaje ao clima estranho que vai gradativamente tomando forma sólida.

Da metade para o final do episódio, as coisas ficam definitivamente bizarras e a conclusão conquista pelo uso de um formidável elemento surpresa. A sensação que fica no espectador após o encerramento é a de ter visto um curta de terror bem executado, que faz as pessoas rirem depois de ter passado o susto. É díficil rafiticar que os próximos episódios seguirão o mesmo modelo narrativo, já que há bastante liberdade criativa no desenvolvimento das histórias - as únicas limitações são as quatro paredes do quarto 104. No caso do primeiro capítulo, a série entregou uma trama com início, meio e fim satisfatórios, além de personagens bem aproveitados na medida do necessário: não foi necessário se aprofundar na essência de nenhum deles e, ainda assim, não ficou a sensação de que faltou nada.

"Ralphie" serviu para instigar a curiosidade sobre o que virá por aí - e, para ajudar a alimentar a expectativa, pouca coisa foi divulgada sobre os próximos capítulos além de títulos e sinopses bastante genéricas. O episódio inicial esclareceu as declarações de Mark Duplass durante a Television Critics Press Tour, quando ele apelidou a série de "roleta russa televisiva" e disse que a ideia era que "Room 104 seja como uma experiência de namoro casual. O expectador busca um episódio, faz sexo com ele e nem precisa voltar" (via IGN). Precisar, de fato, não precisa, já que a série começa do zero semanalmente - porém, mantendo a qualidade, será uma ótima opção para ocupar aquela meia hora vaga que surge vez ou outra. Em entrevista ao site A.V. Club, os dois também falaram sobre a duração dos capítulos. "Às vezes, só o que temos são vinte e poucos minutos para assistir algo. A série é essa coisa", disse Jay. 

Para os próximos episódios, estão  escalados atores como Orlando Jones (Deuses Americanos), Sarah Hay (Flesh and Bone) e Amy Landecker (Transparent). O segundo capítulo se chama "Pizza Boy" e, de acordo com a breve sinopse, mostrará algum tipo de interação entre um entregador de pizza e um casal. O episódio vai ao ar pela HBO em 4 de agosto nos EUA.

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