Icone Chippu

Alguém disse desconto? Com o Chippu você tem ofertas imperdíveis de streamings e Gift cards! Corre!

Aproveite as ofertas da Chippu Black!

Icone Conheça Chippu Ver ofertas
Icone Fechar
Séries e TV
Artigo

Pluribus é caso raro de série que respeita o espectador

Série de Vince Gilligan preza pelos detalhes sem perder a estranheza clássica do autor

Omelete
3 min de leitura
None
19.11.2025, às 19H24.

Pluribus (Apple TV) é a série do momento, claro, dependendo da bolha em que você vive. O novo trabalho de Vince Gilligan, de Breaking Bad, saiu com aprovações estratosféricas nos agregadores de notas e tem hipérboles rodando pela internet. Talvez por estar no Apple TV, streaming com excelente conteúdo mas ainda com um público restrito, ela não está sendo comentada em uma mesa de bar da esquina e, por enquanto, está fazendo barulho nas redes sociais, principalmente. Dito isso: faz sentido esse alarde?

Pelos primeiros episódios, dá pra dizer que é compreensível o frisson por um simples motivo: Pluribus é uma série que respeita a inteligência do espectador, não fica se explicando a cada minuto, economiza no texto e, mesmo assim (olha só), prende a atenção e constrói uma trama difícil de largar. É daqueles raros produtos de streaming (ou de qualquer outra mídia, para ser justo) que não vai perdoar quem olhar para o celular ou desviar a atenção por alguns minutos, pois não é sobre o que é dito, e sim sobre o que é mostrado.

Omelete Recomenda

Isso não acontece por acaso. Gilligan ficou conhecido por conduzir Breaking Bad e Better Call Saul sem depender de diálogos expositivos, ainda que tenha um texto sublime. A ambientação, a forma como compõe cenário e o movimento dos personagens dentro dele fazem do roteirista e diretor alguém digno do hype que envolve seu nome — e os primeiros episódios de Pluribus mostram que ele não perdeu a forma, apenas mudou o gênero em que trabalha, já que aqui temos uma ficção científica ao invés de uma comédia mafiosa.

Mas qual é a história? A sinopse divulgada é vaga de forma proposital e faz parte de todo o contexto aqui citado: “A pessoa mais miserável da Terra precisa salvar o mundo da felicidade”. Misterioso e simples - e acredite, não precisa saber mais do que isso para começar a ver e curtir Pluribus. As razões para a adição desses adjetivos na sinopse são mostradas em uma cena em que a cidadã miserável em questão revela ser autora de romances levemente eróticos para o público feminino - e Gilligan transforma essa apresentação em uma sessão de leitura constrangedoramente deliciosa. O mesmo acontece quando entendemos como a felicidade supostamente tomou conta de todo mundo, a partir de um olhar curioso e desconfortável sobre cientistas e pesquisadores.

None

É complicado, e talvez até injusto, dizer que Pluribus já é uma das melhores séries do ano, um feito do streaming ou a nova Breaking Bad, pois ainda estamos apenas no terceiro episódio de uma temporada com dez. Ainda assim, basta pouco mais de 30 minutos do piloto para entender que não se trata de uma série comum, muito menos mais uma gota no oceano vermelho de conteúdo que temos hoje em dia. É um produto que se entende como entretenimento e respeita o tempo investido nele, comprovando isso com o cuidado estético em cada cena, com atuações afinadas ao tom esquisito de Gilligan e, acima de tudo, ao apresentar uma história e personagens que soam verdadeiros e mundanos mesmo vivendo em uma realidade completamente absurda.

Comentários (0)

Os comentários são moderados e caso viole nossos Termos e Condições de uso, o comentário será excluído. A persistência na violação acarretará em um banimento da sua conta.

Sucesso

Ao continuar navegando, declaro que estou ciente e concordo com a nossa Política de Privacidade bem como manifesto o consentimento quanto ao fornecimento e tratamento dos dados e cookies para as finalidades ali constantes.