As 10 Melhores Séries pra ver na Netflix agora (Junho 2025)

Adolescência

O mais novo hit da Netflix não é só fruto do hype. Se algumas séries sobem até o topo do algoritmo sem que a qualidade acompanhe, Adolescência é diferente. A minissérie de Jack Thorne e Stephen Graham – que entrega uma atuação incrível ao lado do jovem e impressionante Owen Cooper – fala com autoridade sobre problemas atuais, dramatizando os perigos das redes sociais, do machismo e da desconexão entre pais e filhos de maneira brutal, mas urgente. Você terminará cada um dos quatro episódios filmados sem cortes calado, mas o impacto valerá à pena.

Atlanta

Sem dúvidas a mais idiossincrática, pirada, autoral e perspicaz série desta lista, a comédia de Donald Glover é um retrato maluco da sociedade pós-moderna, com sua busca incessante por riqueza e fama, com seus dias perdidos e ansiosos, e com suas pessoas preocupadas e fascinantes. Com humor tão ácido quanto afiado, a série trata de racismo, cultura pop, amizade e violência com criatividade e bizarrices. Glover, Brian Tyree Henry, LaKeith Stanfield e Zazie Beetz formam um grupo de personagens que jamais será esquecido.

Breaking Bad

Se a era da televisão de prestígio começou no fim dos anos 1990 com Família Soprano, seu auge veio ali, na virada dos anos 2000 para 2010, quando, graças à Netflix, o mundo passou a assistir Breaking Bad. Um tratado sobre o capitalismo, a masculinidade e, acima de tudo, sobre a sensação de ser um fracasso, Breaking Bad tem de tudo. Um par de protagonistas insubstituível (Bryan Cranston e Aaron Paul), em seus coadjuvantes memoráveis (Giancarlo Esposito, Bob Odenkirk, Jonathan Banks) e diretores/roteiro talentosíssimos (Vince Gilligan, Peter Gould, Rian Johnson). Recomendar Breaking Bad pode parecer algo batido. Todo mundo já falou dessa série. Mas não há como deixá-la de fora dessa lista, especialmente porque ela é o primeiro grande hit de streaming. Talvez o mais importante.

Better Call Saul

Pensamos seriamente se valia a pena colocar duas séries do mesmo universo aqui. A questão é que Better Call Saul é tão magnética, refinada e engraçada quanto Breaking Bad, e o que surgiu como uma prequel sobre o advogado corrupto Saul Goodman, vivido aqui por Bob Odenkirk na atuação de uma vida, se transformou num memorando em cima não só de Breaking Bad, como de toda a era de televisão encabeçada pelos “homens complicados” como Walter White. Nós nunca vamos perdoar o Emmy por não premiar essa série sequer uma vez. Rhea Seehorn merecia pelo menos três estatuetas.

A Maldição da Residência Hill

Das várias adaptações de terror que Mike Flanagan colocou em tela na Netflix, nenhuma é tão apaixonante, assustadora e bem escrita quanto A Maldição da Residência Hill. Unindo perfeitamente a vibe da casa assombrada com o drama familiar, Flanagan e um grupo maravilhoso de atores faz algo que consegue, ao mesmo tempo, nos deixar arrepiado e de coração partido. Falando sobre presenças, traumas, vícios e paixões que não conseguimos deixar para trás, a minissérie baseada na obra homônima de Shirley Jackson demanda que continuemos a assistir.

Mindhunter

A obsessão atual com true crime, suspense e assassinos em série, em especial, não é um acidente. As pessoas que trabalham com isso – sejam elas os policiais do FBI dedicados a impedir os crimes, ou os diretores como David Fincher que passaram a vida adaptando tais histórias – são, claro, obsessivos. Assim como os criminosos, há um grau de foco elevado ao lidar com essas coisas que transborda no público. A fantástica Mindhunter nunca teve a prometida terceira temporada, mas as duas que estão na Netflix oferecem um pacote completo de como isso tudo começou. Aqui, vemos os primeiros agentes federais a investigar assassinos em série não só para prendê-los, mas para entendê-los.

Ripley

A série mais visualmente bonita de toda a Netflix conta com uma fotografia preto-e-branca incrível, e uma realização fantástica da Itália pós-Segunda Guerra Mundial. Pegando o icônico personagem golpista de Patricia Highsmith e entendendo o universo ao seu redor como um profundamente tátil – o que se traduz num cuidado ímpar com figurinos, objetos e locais – e infinitamente fascinante, Steven Zaillian criou uma minissérie que é tão digna de cinema quanto a atuação que Andrew Scott dá como o protagonista. Ripley não é uma série ágil, mas em sua paciência, ela nos transporta para o meio do seu mundo.

Round 6

O maior hit da história da Netflix, e com razão. Se a segunda temporada dividiu opiniões, a primeira temporada do suspense sul-coreano Round 6 segue elétrica o suficiente para manter acesas as luzes do hype para a grande conclusão desta saga sobre o capitalismo, o desespero financeiro e a transformação de vidas humanas em entretenimento, custe o que custar. O criador Hwang Dong-hyuk encontrou em Lee Jung-jae um avatar perfeito para encarnar nossas ansiedades, preocupações e sonhos na vida do boleto para pagar, e no formato dos jogos infantis uma maneira cômica e perturbadora de comentar sobre o que estamos dispostos a fazer em nome do cifrão.

Stranger Things

Não é uma escolha muito criativa, mas às vezes não precisamos inventar. Stranger Things é o grande evento da Netflix. Se o streaming tem um fenômeno cultural genuíno, é a aventura oitentista encabeçada por Millie Bobby Brown, David Harbour, Winona Ryder, Finn Wolfhard e outros. A série dos irmãos Duffer, com seus bons toques de terror e sci-fi, tem altos e baixos, mas nunca deixa de ser divertida, convidativa e produzida como um verdadeiro blockbuster.

Wandinha

Tim Burton e Família Addams são uma combinação perfeita, e não é à toa que o resultado dessa união tenha sido uma das séries mais populares de toda a Netflix. Wandinha é divertida de um jeito bizarro, bizarra de um jeito divertido e aproveita toda a energia gótica do diretor para criar o ambiente perfeito para as sensibilidades de Jenna Ortega. Ímpar em sua capacidade de fazer a cara de quem se deleita com o grotesco, ela brilha como a filha dos Addams, agora no Ensino Médio.