Monstros | Ed Gein inspirou Silêncio dos Inocentes e Massacre da Serra Elétrica

Após duas temporadas de grande êxito e repercussão, centralizadas em Jeffrey Dahmer e nos irmãos Menéndez, a série Monstros volta agora seu olhar para um dos mais notórios – e chocantes – casos criminais da história dos Estados Unidos.

Com lançamento previsto para 3 de outubro, os novos episódios retratam a trajetória perturbadora de Ed Gein (Charlie Hunnam), preso em 1957 na cidade de Plainfield, pelo assassinato de duas mulheres e por violação de túmulos.

História

Gein e seu único irmão, Henry, foram criados pela mãe, Augusta – representada na série por Laurie Metcalf –, uma fanática religiosa que exercia profunda dominação sobre ambos desde a infância.

Em 1944, Henry morreu de forma trágica em um incêndio – até hoje, não ficou claro se Ed teve algum envolvimento neste episódio. Pouco depois, Augusta sofreu um acidente vascular cerebral, e Ed cuidou dela devotadamente pelos meses que lhe restaram de vida. A morte da mãe, inclusive, teria sido o estopim para o comportamento doentio que o rapaz desenvolvera a partir de então.

Profundamente transtornado por essa perda, Gein teria criado o hábito de invadir o cemitério local durante a noite, violando tumbas de mulheres que considerava parecidas a ela, roubando seus cadáveres e usando a pele deles para confeccionar objetos, como roupas, máscaras e até móveis.

Prisão

A verdade sobre Gein só viria à tona mais de uma década depois, quando o xerife de Plainfield, Frank Worden, suspeitou do envolvimento dele no desaparecimento de sua mãe, Bernice Worden, dona de um armazém de construção na cidade.

O chefe de polícia conseguiu um mandado de busca e apreensão na fazenda onde Ed vivia recluso. Lá, encontrou não apenas o corpo decapitado de Bernice, mas também restos mortais de outra mulher: Mary Hogan, dona de uma taberna local e desaparecida há três anos.

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O mais chocante, porém, foi a presença de partes de cadáveres femininos – de todas as idades – espalhados pela casa, além das calças, cintos e outros artefatos ‘fabricados’ pelo proprietário, tendo como ‘matéria-prima’ a pele em decomposição dos corpos que ele roubava do cemitério.

Anos depois de sua prisão, Gein foi a julgamento e declarado mentalmente incapaz de responder pelos atos que cometeu. Foi, então, enviado a um hospital psiquiátrico, onde permaneceu até sua morte, em 1984, vítima de um câncer pulmonar.