Ligeirinho ganhou um Oscar em 1955 com o curta Speedy Gonzalez e foi indicado a dois outros por Tabasco Road e The Pied Piper of Guadalupe, respectivamente em 1957 e 1961.
O site Hispanic on line, que acompanha o protesto dos fãs, divulgou declarações de Laurie Goldberg do Cartoon. De acordo com a porta-voz, o canal não julga apropriadas, para o século 21, as mensagens de desenhos antigos como Ligeirinho. Para ela, a audiência do Cartoon é muito suscetível, e que, como serviço público, o canal tem que zelar pelo que transmite.
Ligeirinho não é a única vítima destes tempos politicamente corretos. As redes americanas têm banido, de maneira regular, desenhos que exibem comportamento condenável como beber ou fumar. Curtas que depreciam índios, aqueles produzidos durante a Segunda Guerra Mundial, como Bugs Nips the Nips - considerado ofensivo aos japoneses - e os Onze Censurados, uma coleção de curtas com estereótipos negros, também são cartas fora do baralho.
Alguns psicólogos apóiam a decisão. Eles alegam que as crianças absorvem muito facilmente os estereótipos. Por outro lado, líderes de organizações latinas como Gabriela Lemus, da Liga dos Cidadãos Latino-Americanos, lamenta a decisão. Durante sua infância, Ligeirinho era a única personagem latina em ação. Há quem lembre que o ágil roedor sempre vencia o gringo Frajola e todos os seus adversários, além de ajudar outros ratinhos.
A controvérsia levanta questões interessantes, e muitos se indagam se outras personagens serão retiradas do ar, como o típico francês namorador Pepe LeGambá. Numa tentativa de solucionar o problema, alguns fãs sugerem que o canal veicule o programa durante o horário noturno, quando as crianças já estão na cama.
Longe de qualquer polêmica e ostentando toda a ironia do mundo, os fãs de Ligeirinho ainda podem ver seu astro no Cartoon Network Latin America, onde o veloz heroizinho é bastante popular.