Jesse Williams elogia Brasil e aposta: "Vão adorar Hotel Costiera"
Nova série do astro de Grey's Anatomy chega ao país pelo Universal+
Créditos da imagem: Jesse Williams em Hotel Costiera (Reprodução)
Jesse Williams sabe o quanto os fãs brasileiros amam o seu Dr. Jackson Avery de Grey's Anatomy - e aposta que eles também vão ficar vidrados em sua nova série, Hotel Costiera.
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"Adoro o Brasil", elogia ele em entrevista ao Omelete. "Já estive em São Paulo, Rio de Janeiro, Ilha Canela, Búzios. Então, já estive em algumas partes do país e mal posso esperar para voltar".
Ele argumenta que os fãs brasileiros vão se identificar com Hotel Costiera, lançada hoje (24) no catálogo do Universal+, por conta das paisagens paradisíacas e da "energia" da história, ambientada no litoral italiano.
"Os brasileiros sabem, melhor do que ninguém, o quanto a anergia de um lugar pode afetar a sua energia. Eles apreciam a água e as colinas, as montanhas, as cidades litorâneas - eles sabem como todos esses elementos podem colorir o humor de alguém", comenta.
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Na trama de Hotel Costiera, Williams é Daniel De Luca, ex-oficial da Marinha que é contratado por um hotel de luxo na Itália como o "consertador de problemas" oficial dos clientes ricaços do lugar. Confira a seguir a conversa completa entre o ator e o Omelete!
OMELETE: Olá, Jesse! É prazer em falar com você.
WILLIAMS: Olá! Obrigado, o prazer é meu.
OMELETE: Bom, minha primeira pergunta é sobre este projeto e sobre seu personagem, Daniel. O que te atraiu na história e nele em particular?
WILLIAMS: Bom, o que me atraiu na história foi o personagem. Daniel De Luca é um homem que está meio perdido entre mundos, em uma fase intermediária de sua vida. Conheço muitos homens que se identificam com a ideia de se dedicar completamente a uma coisa, e depois perdê-la. Daniel passou 20 anos no exército, colocou tudo o que tinha naquilo, abriu mão de amizades e relacionamentos, e então tudo acabou. E agora, o que ele faz?
Por outro lado, ele nasceu na Itália, mas cresceu nos EUA. Então, é italiano ou estadunidense? Ele tem uma mãe negra, e um pai branco. Entende? Ele está entre todos esses mundos, e é uma mistura de todos eles. Acho que muitas pessoas no Brasil podem se identificar com isso, também, com ter múltiplas culturas e heranças em sua formação, formando a sua identidade.
No fundo, este personagem está tentando descobrir uma parte de sua vida, e ele tem algumas habilidades muito específicas para ajudá-lo. Ele é muito eficaz em resolver problemas, mas será que consegue resolver os seus próprios problemas? Foi isso que me atraiu, além da oportunidade de produzir e desenvolver uma ideia original que não era baseada em, você sabe, uma franquia estabelecida, um videogame, um livro. Nós tivemos que realmente construir Daniel desde o início, e isso foi um belo desafio.
Por último, eu queria sair do país. Queria sair dos EUA e trabalhar em outro canto. O mundo é grande, e acho que o público estadunidense está pronto para aprender mais sobre o resto do planeta. Queria fazer algo que parecesse mais internacional.
OMELETE: Certo, e você mencionou que Daniel está entre lugares, é meio italiano e meio estadunidense. Qual é a sua relação com o italiano como idioma, e como você se preparou para este personagem? Você tinha conhecimento prévio do idioma?
WILLIAMS: Sou muito ruim com idiomas. [Risos] Não falo nenhuma outra língua além do inglês, e nunca tinha tentado falar italiano. Então, foi muito difícil para mim. Gostaria de poder dizer que foi fácil, mas não foi. Estudei muito, tive dois professores diferentes que encontrava pelo Zoom - assim como estou agora, falando com você. Por um ou dois meses antes de me mudar para a Itália, eu pratiquei muito. Os professores me ajudaram a entender como a estrutura da língua funciona, e a partir daí foi mais fáceil de aprender.
Depois, uma vez no set, eu tinha um professor todos os dias comigo, que se certificava de que eu acertava cada pronúncia, e que meu dialeto estava perfeito. Também foi útil o fato de toda a nossa equipe ser italiana. Somos uma produção italiana de verdade, então ru podia verificar com o técnico de som, o cinegrafista e a maquiadora se estava mesmo falando direito.
Vou dizer uma coisa: acho que a Itália é muito parecida com o Brasil, pois em diferentes regiões eles pronunciam palavras de formas diferentes, têm diferentes expressões idiomáticas e gírias, e diferentes maneiras de dizer as coisas. Meu personagem é de duas partes diferentes da Itália, então tive que aprender todos os pequenos detalhes específicos que realmente o tornam autêntico.
OMELETE: Seu personagem também está envolvido em sequências de ação. Como foi o treinamento para isso?
WILLIAMS: Bom, eu tive que entrar em forma. Tive que treinar bastante, e treinar de uma forma específica para poder lutar, para ter aquela explosão que vocês veem na tela. Eu sou uma pessoa bastante ativa, naturalmente, pratico esportes, então tenho bastantre treinamento em movimentosw esportivos - mas isso é diferente de técnicas de luta. Então, sim, tive que treinar bastante, mas também tínhamos uma ótima equipe de dublês e coreógrafos de ação.
Sabe, você tem que coreografar cada luta - e, se você cometer um erro, leva um soco na cara. Se eu me movo do jeito errado em um take, acabo quebrando o meu nariz e todas as gravações são atrasadas. Então, tive que estar realmente focado e presente, porque estava trabalhando com pessoas muito habilidosas e experientes. Foi divertido, porque eu sou um cara que gosta desse tipo de coisa. Para mim, é um sonho ser um astro de ação.
OMELETE: Bom, não sei se você sabe, mas no Brasil você é muito popular, desde o seu trabalho em Grey's Anatomy. Você acha que os fãs de Grey's Anatomy serão fãs de Hotel Costiera?
WILLIAMS: Sim, acho que sim! Com certeza. E a propósito, adoro o Brasil. Já estive em São Paulo, Rio de Janeiro, Ilha Canela, Búzios. Então, já estive em algumas partes do país e mal posso esperar para voltar.
Mas sim, acho que eles vão adorar a série, por alguns motivos. Primeiro, a série é linda de se olhar, e também divertida, engraçada. Misturamos ação e comédia, falamos de uma família disfuncional e há uma sagacidade, um senso de humor, que eu acho que o público brasileiro vai apreciar e entender.
E os brasileiros sabem, melhor do que ninguém, o quanto a anergia de um lugar pode afetar a sua energia. Eles apreciam a água e as colinas, as montanhas, as cidades litorâneas - eles sabem como todos esses elementos podem colorir o humor de alguém. Acho que alguns lugares, como Nova York ou Berlim, são cidades frias, escuras e de cimento, enquanto outros tem muita vegetação, muita vida. E acho que a Itália tem algumas semelhanças com o Brasil, tendo em vista a paisagem costeira, há uma energia pulsante naquilo.
OMELETE: Perfeito. Minha última pergunta é sobre como você escolhe os personagens que deseja interpretar em sua carreira. Você busca conscientemente abordar gêneros diferentes, ou é mais uma questão das ofertas que aparecem?
WILLIAMS: São todas essas coisas juntas. Eu penso, acima de tudo, no personagem - é algo novo, diferente? É algo que eu não fiz antes? É um pouco assustador? Há partes dele que não tenho certeza se consigo fazer? Eu gosto das pessoas com quem estares trabalhando? Quem é o diretor? O que mais eles fizeram? Eles são experientes, e eu gosto do gosto deles? E os outros atores?
Depis de tudo isso, penso em quanto tempo ficarei longe dos meus filhos. [Risos] Onde são as filmagens? Que época do ano elas acontecerão? Mentalmente, estou no lugar certo para interpretar esse papel? A energia importa muito para mim - se é um material muito sombrio ou pesado, desagradável, eu preciso estar em um bom lugar de saúde mental para lidar com isso, levar isso para casa todos os dias. E, se não estiver, talvez precise esperar por algo mais leve e divertido - você tem que cuidar de si mesmo.
Eu estive em Grey's Anatomy por muito tempo, e agora estou animado para meio que recomeçar minha carreira, e fazer coisas que são muito diferentes umas das outras. Então estou tentando, sim, abrir novos caminhos, ao invés de andar para trás.
OMELETE: Certo! Bom, obrigado, Jesse, e boa sorte com a série!
WILLIAMS: Obrigado! Tchau, tchau.
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