It: Bem-Vindos a Derry | Episódio 5 mostra Pennywise, finalmente (e muito mais)

O episódio 5 de IT: Bem-Vindo a Derry marca o capítulo mais importante da série até agora. Ele apareceu. Finalmente, o palhaço Pennywise, de Bill Skasgard, deu as caras. Depois de semanas apenas sugerindo a presença dele, a produção finalmente revela a forma clássica da entidade — ao mesmo tempo em que aprofunda a conspiração militar e empurra os jovens da cidade para o coração da escuridão de Derry.

O capítulo gira em torno da expedição à Rua Neibolt. De um lado, o Exército comandado por um general que pretende usar a criatura como arma em plena Guerra Fria (e não deixa isso nem um pouco sutil nos diálogos). Ele avança para os túneis acreditando que pode controlar a entidade, depois de ter achado os caminhos na mente do prisioneiro do Episódio 4.

Do outro lado, o grupo de jovens é levado até lá por Matty, que aparece já no início dizendo que prefere voltar para Pennywise do que para o próprio pai. As crianças pedem para ir à polícia, ele insiste que não e então seguem para o subterrâneo acreditando que Phil, outro jovem desaparecido, ainda pode ser salvo.

A jornada deles, porém, revela que tudo era um plano orquestrado por Pennywise. Vemos Teddy ser devorado, Susie mutilada e Phil mantido como parte de um jogo perverso do monstro, finalmente revelado em sua forma mais tradicional. O momento mais chocante vem quando “Matty” se revela como Pennywise disfarçado, usando o menino para manipular o grupo e atrair as crianças que ele vem perseguindo desde o início da história. Nada é mais Stephen King que isso - talvez o melhor momento do episódio.

E agora?

Com o fechamento do episódio, algumas coisas vêm a mente, como a formação final ou pelo menos mais forte do Clube dos Perdedores, conceito explorado no primeiro filme e que pode mostrar que se repetia a cada retorno do palhaço. O retorno de Hallorann dos túneis com memórias manipuladas sugere que a série vai aprofundar o poder da entidade de alterar lembranças, algo essencial tanto no livro quanto nos longas, em que Derry parece esquecer os próprios horrores.

A Rua Neibolt não é algo trivial também. Estar ali e sempre no centro das atenções reforça sua função como epicentro das tramas, mostrando as origens do local que se tornaria central nos filmes de Muschietti, por exemplo. Já a trama militar, inédita na mitologia original, pode explicar como intervenções humanas desastrosas fortaleceram a criatura e influenciaram ciclos posteriores de violência na cidade.

Com Pennywise assumindo sua forma clássica, a série parece preparar o terreno para o despertar da entidade que veremos décadas depois, mas principalmente montar um cenário em que mostrará como ela se fortaleceu em outras épocas até chegar ao filme que vimos nos cinemas.

O sexta episódio vai ao ar no próximo domingo, na HBO.