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Séries e TV
Crítica

Wandinha abraça o sombrio e cresce em 2ª temporada com assinatura de Tim Burton

Novo ano corrige erros antigos e comete outros, mas o saldo é positivo

Omelete
3 min de leitura
06.09.2025, às 18H01.

Parece correto começar este texto destacando que Wandinha foi uma das séries da Netflix que mais soube corrigir sua rota da primeira para a segunda temporada. Embora o primeiro ano tenha batido marcas histórias e se consolidado como o maior sucesso da Netflix em língua inglesa, a produção não chegou a ser uma unanimidade, recebendo críticas até de Jenna Ortega, responsável por viver a personagem-título, que questionou algumas decisões criativas envolvendo a jornada de sua protagonista. Nos novos episódios, os criadores Alfred Gough e Miles Millar mostraram que entenderam o que deu certo e errado anteriormente e corrigiram alguns pontos para deixar Wandinha não apenas mais interessante, mas com a “assinatura” de Tim Burton.

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Não que o dedo do icônico diretor não pudesse ser percebido na temporada inicial. A atmosfera gótica de Nunca Mais e toda a direção de arte de Wandinha, do visual dos personagens aos cenários, parecem saídas direto de uma das obras de Burton que contam com essa aura soturna, como Edward Mãos de Tesoura, Beetlejuice e Sombras da Noite. Mas o segundo mergulha de cabeça neste ambiente sombrio para além do aspecto visual. Tanto a narrativa quanto as criaturas em si, entre lobisomens, Hydes, corvos assassinos e cabeças falantes têm o dedo do diretor - que também atua como produtor executivo - e faz com que o novo ano seja mais interessante do que o anterior em diversos aspectos.

E ao falar da narrativa, as preces de Jenna Ortega foram ouvidas e surtiram o efeito positivo esperado. Ao deixar de lado a dinâmica de série teen que envolvia Wandinha e suas aspirações amorosas, a série ganhou substância. Sem a necessidade de fazer com que o público se dividisse na torcida por seus pretendentes, os roteiristas tiveram espaço para trabalhar melhor outros arcos e coadjuvantes, principalmente envolvendo o núcleo da família Addams. Com mais espaço, Gomez (Luís Guzman) e Morticia (Catherine Zeta-Jones) são destaques no novo ano, com ênfase para a matriarca, cujo relacionamento complicado com a filha e as várias tentativas de construir uma conexão com Wandinha estão nos pontos fortes desta temporada.

Outro aspecto que faz dessa temporada uma evolução natural em comparação à primeira é como Wandinha cresce enquanto personagem. Embora sua astúcia para resolver mistérios tenha lhe rendido o reconhecimento dos outros, é a partir de sua arrogância em achar estar certa sobre tudo que quase coloca tudo a perder. Como Enid (Emma Meyers) bem destaca no Volume 2, é fácil ganhar notoriedade apagando incêndios quando ela mesma os iniciou. É apenas ao ser colocada de frente com seus próprios defeitos que Wandinha passa a enxergar novos caminhos, seja para recuperar o dom da premonição, a confiança dos amigos e até da própria mãe.

Ter mais espaço para explorar outros núcleos, contudo, nem sempre acaba sendo benéfico para todos os personagens. Todo o arco envolvendo Bianca (Joy Sunday) e o desaparecimento de sua mãe, por exemplo, que culmina nas revelações sobre os verdadeiros interesses do diretor Bart (Steve Buscemi) é tão desinteressante que solução e resolução acontecem no recorte de um episódio. A impressão que fica é de que os roteiristas não souberam trabalhar todos os elementos criados para o novo ano, o que afeta inclusive o terceiro ato, quando as motivações do vilão Isaac Night (Owen Painter) ficam confusas o bastante para questionar, inclusive, o rótulo de big bad do novo ano.

Com pontas soltas muito bem definidas para explorar na já confirmada terceira temporada, é pouco provável que Wandinha saia da rota correta encontrada em seu segundo ano. Gough e Millar são experientes o bastante para entender que beber da fonte de Tim Burton traz mais benefícios do que o contrário, e que a primogênita da Família Addams precisa ser tratada como a excluída que é: sombria, esquisita e brilhante. No que depender do talento de Jenna Ortega - e da beleza deste mundo criado na série da Netflix -, Wandinha Addams parece ter um futuro reluzente.

 

Nota do Crítico

Wandinha

Criado por: Alfred Gough, Miles Millar
Onde assistir:
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