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Séries e TV
Crítica

Com ritmo impecável, The Assassin fala de amor através do thriller de ação

Minissérie com Freddie Highmore se move rápido, mas tem personagens palpáveis

Omelete
3 min de leitura
26.08.2025, às 15H28.
Imagem promocional de The Assassin (Reprodução)

Créditos da imagem: Imagem promocional de The Assassin (Reprodução)

Com seis episódios variando entre 40 e 50 minutos de duração (menos os créditos), é um prazer reportar que The Assassin não é uma daquelas minisséries que parecem ter sido estufadas para esticar em algumas horas o que poderia facilmente ser um filme. Pelo contrário: a produção britânica, lançada no Brasil pelo Universal+, emerge de suas 4 ou 5 horas de metragem como um produto feito sob medida para o seu formato. 

Criada pelos irmãos Harry e Jack Williams, que têm feito sucesso na TV da Inglaterra com títulos como The Missing e O Turista, The Assassin empacota uma quantidade absolutamente razoável de acontecimentos bombásticos no espaço que tem, encontra momentos de respiro perfeitamente adequados para dar estofo aos seus personagens e temas, e mantém a atenção e boa vontade do espectador do primeiro ao último minuto.

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O parágrafo acima pode não parecer muita coisa,  mas The Assassin resgata um prazer raro na televisão atual. Eis aqui um thriller de ação bem amarrado, com conceitos e ideias originais, senso de humor o bastante para reconhecer o absurdo de algumas de suas reviravoltas, e um elenco que parece se deliciar tanto com a oportunidade de saltar por aí de armas em punho quanto com a oportunidade de fazer isso interpretando personagens que parecem reais, e têm algo a dizer.

A saber: Julie (Keeley Hawes) é uma assassina de aluguel aposentada que vive numa ilhazinha grega isolada do mundo, inclusive do filho Edward (Freddie Highmore), que não faz ideia da antiga profissão da mãe. É justamente enquanto ele está na ilha para uma de suas raras visitas, no entanto, que o passado de Julie aparece para cobrar suas dívidas na forma de um time de mercenários contratados para matá-la. Em fuga, Julie e Edward ainda precisam desvendar como tudo isso se conecta à família milionária da noiva dele, Kayla (Shalom Brune-Franklin).

Dividida entre Lisa Mulcahy e Daniel Nettheim (ambos trabalharam com os irmãos Williams em O Turista), a direção de The Assassin anda bem na corda bamba entre estilizar a aventura para se aproximar de clássicos da espionagem e sublinhar o que há de mais ordinário em muitos de seus protagonistas. Isso significa, principalmente, que Julie e Edward pulam de um lado para o outro da Europa durante os seis episódios, mas dificilmente são capturados em pontos turísticos das cidades que visitam.

The Assassin está mais interessada em ruas de paredes pichadas, mini-shoppings abandonados, prédios de apartamento caindo aos pedaços - enfim, os lugares onde talvez você encontraria Jason Bourne, mas certamente não veria James Bond. A ideia é vender o senso de aventura das escapadas dos personagens, mas manter certo tom de realismo que mantenha o nosso foco firme no drama entre eles.

Pudera: este drama se revela muito bem construído com o passar dos episódios. A dinâmica entre Julie e Edward, que começa toda troca de farpas e pisos em falso, aos poucos vai evoluindo para um humor mais amargo, e depois uma consciência mais clara de quem são um para o outro. Os irmãos Williams nos vendem, assim, a ideia de um amor maternal/filial cheio de complicação e ofuscação, enquanto Hawes e Highmore demonstram sua capacidade unicamente londrina de atirar flechas afiadas na direção um do outro sem nunca nos dissuadir do afeto que existe por trás delas.

E The Assassin também vai mais fundo. O que ela realmente quer discutir é quais atos realizamos por amor, e quais realizamos por egoísmo - e, quando essas duas coisas se combinam ou se divorciam, quais mentiras contamos para justificá-las. Se sua história esbarra no ridículo, principalmente em um episódio final um pouco mais fraco e entregue aos chavões que os antecessores, a verdade da sua exploração temática e a segurança com a qual dita o ritmo de sua narrativa sempre seguram as pontas diante dos problemas. O resultado é uma das minisséries mais envolventes do ano.

Nota do Crítico

The Assassin

Criado por: Harry Williams, Jack Williams
Onde assistir:
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