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Séries e TV
Crítica

O Bosque - 1ª temporada

Mistério francês mergulha na fórmula Netflix e não sai da mesmice das séries de suspense

TR
11.07.2018, às 14H07.
Atualizada em 12.12.2018, ÀS 18H23
O Bosque - 1ª temporada

Créditos da imagem: Netflix/Reprodução

Desde Stranger Things, parece que uma avalanche de séries sobre desaparecimentos invadiram a cultura pop. É óbvio que isso não se deve somente ao programa da Netflix, mas a quantidade de seriados com uma temática que envolva mistérios, crianças e sequestros é cada vez maior. O Bosque, produção francesa, é mais uma dessas, que investe no suspense ao longo de sete episódios dentro da plataforma de streaming mais popular do mundo. E não há nada de diferente do que já é conhecido. A fórmula é seguida à risca, o que desgasta o gênero e cansa do espectador a cada novo mistério.

A história mostra o povoado de uma pequena cidade francesa estarrecido pelo desaparecimento de duas meninas. Polícia, escola e famílias ficam chocadas com o acontecimento e inúmeros problemas e segredos começam a surgir a partir disso. A floresta misteriosa serve como o ponto de desfoque da trama, que tenta ludibriar o espectador para várias soluções - desde assassinato até fantasia medieval. Tudo, no fim das contas, é sobre as meninas que sumiram.

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Durante as quase sete horas de roteiro, a série dá voltas na própria trama e não consegue desenvolver nem mesmo o arco de suas protagonistas. O núcleo policial, que ganha força ao longo dos episódios, divide atenção com outras figuras desimportantes e que não agregam sequer à montagem dos personagens principais. A dupla principal, vivida por Samuel Labarthe e Suzanne Clément, ainda sustentam as boas cenas dramáticas, mas se perdem na evolução do suposto sequestro.

Questões familiares e segredos mais obscuros são sugeridos ao longo da história, mas quase nada é resolvido ao final de O Bosque. Muito da falta de suspense se deve à direção modorrenta das cenas de ação. Nenhum confronto causa tensão e nenhum encontro provoca ansiedade. Os personagens parecem viver num mundo completamente à parte da vida normal. O vilarejo francês é, na verdade, uma bolha da realidade em que vivemos. Os dilemas familiares se limitam a questões óbvias e resoluções esperadas, que não possuem um decorrer empolgante e por isso morrem no esquecimento.

O Bosque parece o fruto do suposto algoritmo que entende tudo o que o espectador precisa. Mistura gêneros e questões teoricamente interessantes para formar uma série que segurará uma pessoa até o fim. De fato, é fácil assistir a série até o final; o que não quer dizer, porém, que ela possui alta qualidade. A sensação que fica é de estar assistindo a mais um derivado de Dark, Stranger Things, Réquiem e The Sinner.

Nota do Crítico

Regular
Thiago Romariz

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