Ninguém Quer | 2ª temporada é satisfatória, romântica e hilária
A série acaba de chegar com seu segundo ano completo à Netflix
Créditos da imagem: (Divulgação/Netflix)
Quando o primeiro trailer da segunda temporada de Ninguém Quer foi lançado no final de setembro, um grande receio surgiu entre os fãs que amaram o primeiro ano: será que a série iria perder um dos seus maiores pontos positivos e atrapalhar a relação entre Noah (Adam Brody) e Joanne (Kristen Bell) por discussões bobas? Era o que as falas dramáticas e trilha sonora tensa da prévia davam a entender.
Mas depois de assistir aos dez episódios em uma boa maratona é um alívio poder dizer que o trailer era apenas o famoso “bait”. Tão rápido quanto os conflitos chegam a cada capítulo, eles são discutidos pelos personagens e superados com uma comunicação de dar gosto e causar satisfação até àqueles mais céticos ao amor.
Claro, ainda há tensão. Os personagens cometem erros, às vezes demoram para admitir seus verdadeiros sentimentos, e sofrem para lidar com as interferências externas em seu relacionamento, mas é satisfatório demais como as coisas acabam se encaixando no final, apesar de tudo isso.
Na segunda temporada de Ninguém Quer, Noah e Joanne sabem que a relação não tem um futuro certo enquanto ela não decidir se converter ao judaísmo. No entanto, eles decidem viver o presente e se preocupar aos poucos com isso – em meio a algumas consequências que não demoram a chegar, especialmente em relação à carreira de Noah e a convivência de Joanne com a mãe dele.
É um drama consistente o suficiente para ser o pano de fundo da temporada, enquanto nos pormenores nos divertimos com a comédia afiada que se mantém do primeiro ano, especialmente através de Morgan (Justine Lupe). A irmã de Joanne é uma personagem chave no enredo, sendo uma das poucas que equilibra as “loucuras” dela, mas que também sabe colocá-la no lugar quando necessário. A casualidade com que Lupe entrega suas falas mais insanas é de dar inveja a muitos comediantes.
A série também aproveita o segundo ano para se aprofundar em um outro tipo de relacionamento: o de Sasha (Timothy Simons) e Esther (Jackie Tohn). Os dois ganham mais destaque enquanto tentam manter a chama do casamento acesa depois de tantos anos. Há um bom humor no modo com que Esther manda no marido, mas também uma seriedade quando ela se mostra mais vulnerável e os dois encontram empecilhos no futuro.
Quando Ninguém Quer começou a entrar nas indicações de premiações importantes da TV e depois arrecadou três nomeações no Emmy 2025 por sua primeira temporada, muitas pessoas foram pegas de surpresa. Afinal, ela é tão simples em sua narrativa e orçamento que pode fugir do estereótipo clássico de série que entra nesse radar.
No entanto, é impossível negar a importância de ter uma produção tão bem feita que retrata um dos relacionamentos mais saudáveis possíveis na TV. Aquele que tem, sim, problemas e crises, toques de ansiedade e ciúmes, e momentos que um, ou outro, precisam abrir mão de algo. Mas o modo com que o roteiro de Erin Foster faz seus personagens responderem à cada situação, com leveza, bom humor e romance, é um exemplo para o público que com certeza merece todo esse reconhecimento.
Ninguém Quer
Excluir comentário
Confirmar a exclusão do comentário?
Comentários (0)
Os comentários são moderados e caso viole nossos Termos e Condições de uso, o comentário será excluído. A persistência na violação acarretará em um banimento da sua conta.
Faça login no Omelete e participe dos comentários