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Séries e TV
Crítica

Black Rabbit se arrasta, mas entrega bom thriller no estilo Ozark

Jason Bateman e Jude Law são o cerne da série da Netflix que poderia ter menos episódios

Omelete
3 min de leitura
TR
23.09.2025, às 11H37.
Black Rabbit se arrasta, mas entrega bom thriller no estilo Ozark

Quando o primeiro episódio de Black Rabbit termina e vemos o nome de Jason Bateman como diretor, tudo começa a fazer sentido. A nova série da Netflix usa parte da equipe de Ozark para criar um novo thriller criminal sem as características tradicionais do gênero. Mais comédia, mais erros, menos violência e uma pitada agridoce de tragédia familiar. Neste novo projeto, apesar de seguir o mesmo tom mas se basear no ambiente caótico de Nova York, o roteiro se arrasta mais do que o necessário, ainda que consiga entregar um resultado satisfatório.

A história conta a trajetória de dois irmãos bem diferentes que vivem em Nova York. Jake, vivido por Jude Law, é o dono de um restaurante em ascensão, enquanto Vince (Bateman) é um carismático salafrário que desperdiça oportunidades e relacionamentos com apostas, crimes e drogas. Eles voltam a se encontrar quando Vince precisa de ajuda e Jake está prestes a abraçar um novo negócio. A relação dos dois é o núcleo de toda a série, que podia usar ainda mais dela e deixar de lado os pormenores que estendem a história para desnecessários oito episódios.

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A primeira metade é uma sucessão de erros da dupla que revela um carisma magnético dos protagonistas. Eles não só cometem absurdos atrás de absurdos, como revelam seus motivos com um senso de humor e fraternidade que obriga o espectador a continuar a assistir para ver onde tudo vai terminar. Entre assuntos sérios como abuso e abandono, Black Rabbit tenta se manter no limiar do thriller que não se aprofunda nos dramas enquanto usa o humor para criar uma camada de realidade na trama - afinal, como diz Jake, todos têm problemas, mas levam a vida como dá.

E não é que as tramas paralelas não funcionem. O elenco é, assim como em Ozark, muito bem escolhido, mas há pouco espaço para o desenvolvimento dos coadjuvantes além dos antagonistas liderados por Troy Kotsur (CODA) - e mesmo eles endossam mais a parte da comédia de erros do que o drama que, se bem explorado, faria o tamanho da minissérie se justificar por inteiro. O destaque mesmo fica com Law e Bateman, que não conseguem entregar toda a química necessária, a dependência inexplicável entre irmãos e a força de um laço familiar que é complexo demais para se colocar em palavras. Restam sacrifícios e péssimas escolhas.

Black Rabbit não ficará, provavelmente, entre as mais memoráveis séries da Netflix, mas é um bom exemplo de produções de qualidade que podem acabar se perdendo no mar de conteúdo do streaming hoje em dia. A parte técnica, com menção honrosa à trilha sonora e fotografia que retrata NY com o frenesi clássico e encantador, tornam as quase nove horas de maratona dignas de serem completadas. Justin Kurzel (MacBeth e A Ordem) e Laura Linney (protagonista de Ozark), aliás, são alguns dos diretores na lista do projeto, assim como Bateman. No fim, se revoltar e xingar as atitudes dos irmãos Friedkin é o que realmente o roteiro pede da audiência, e certamente esta é a postura que o espectador mais se encontrará fazendo ao ver Black Rabbit.

Nota do Crítico

Black Rabbit

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