Brothers & Sisters

O Universal Channel - aquele que ninguém assistia antes, mas que de repente trouxe para as nossas casas Monk, House e Heroes - tem uma novidade para este ano: além das séries investigativas pelo qual ficou conhecido, o canal estréia agora um novo gênero na sua programação, o drama.

Com um ano de atraso em relação ao que é exibido nos Estados Unidos, chega por aqui a série Brothers & Sisters. O Omelete foi convidado para assistir aos dois primeiros episódios e não se decepcionou com o que viu.

Dentro da proposta do canal de apostar em algo diferente, não dava para ter acertado mais. A nova série não é apenas um drama. É um dramalhão - com tudo o que a expressão carrega de bom e ruim!

Tudo gira em torno da família Walker. O pai (Tom Skerritt) é dono da Ojai Food Company, empresa distribuidora de alimentos. Quem o ajuda no comando da empresa são seus filhos Sarah (Rachel Griffiths, ex-Six Feet Under) e Tommy (Balthazar Getty), respectivamente rebentos de número 1 e 3 que ele teve ao lado de Nora (Sally Field). Os outros filhos do casal são: Kitty (Calista "Ally McBeal" Flockhart), Kevin (Matthew Rhys) e Justin (Dave Annable).

Apesar de bonitos e ricos, os Walter não são tão felizes como aparentam. Com apenas alguns minutos já é possível traçar um perfil de cada um na casa. Depois de quase perder o casamento para o trabalho, a workaholic Sarah decide ajudar o pai e o irmão na empresa da família, em teoria um ambiente mais tranqüilo e que lhe garantiria um tempo livre a mais para o marido e a filha. Kitty volta para Los Angeles depois de anos morando em Nova York, mas suas diferenças com a mãe continuam as mesmas de quando ela saiu de casa. O irmão do meio, Tommy, só quer uma coisa: tomar as rédeas da empresa da família. Kevin, homossexual assumido, é um advogado solteirão (ou solitário?). O caçula Justin é o ovelha negra. Drogado em recuperação, veterano do exército e porra-louca. E o casamento aparentemente perfeito dos pais tem problemas tão profundos quanto as finanças da companhia, que é gerenciada por Saul Holden (Ron Rifkin, ex-Alias), irmão de Nora.

Mas saber quem são os personagens logicamente não significa saber tudo o que vai acontecer com eles. A série, que rendeu o Emmy à atriz Sally Field (desbancando a favorita Eddie Falco, de A Família Soprano), deve se embrenhar por temas como política, drogas, sexo, vaidade e poder. Resta saber se vai conseguir fazer isso sem cair no lugar comum. Os dois primeiros episódios pareceram promissores. Nada comparado ao início de um Six Feet Under ou Família Soprano, mas bem superior a qualquer novela que se vê por aqui.