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Séries e TV
Artigo

A lição de representatividade deixada por The Fosters

Encerrada, série deixou sua marca na TV americana

GP
14.06.2018, às 14H55.
Atualizada em 14.06.2018, ÀS 15H19

The Fosters, série criada por Bradley Bredeweg e Peter Paige e produzida por Jennifer Lopez, concluiu sua história como uma das séries mais abertas e consistentes da TV americana. A trama segue a família Adams-Foster, formada pelas mães Stef Foster (Teri Polo) e Lena Adams (Sherri Saume); seus filhos Brandon (David Lambert), filho biológico de Stef; Mariana (Cierra Ramirez) e Jesus (Noah Centineo), irmãos gêmeos adotados e Callie (Maia Mitchell) e Jude (Hayden Byerly), irmãos de sangue recentemente colocados na família pelo Foster Care, sistema que coloca crianças e adolescentes em um lar enquanto esperam por uma família para os adotar.

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Com 5 temporadas e mais de 100 episódios, o seriado é um drama familiar, mas vai muito além disso. Durante o tempo em que ficou no ar, The Fosters fez questão de quebrar tabus e contar histórias das minorias, sem medo de falar sobre assuntos recorrentes no mundo. Cada personagem é aprofundado em seu próprio tempo, com sua própria história. Além disso, o crescimento de cada um pode ser visto durante toda a série, sem deixar de lado quem eles realmente são. A importância da família, encontrar um lar e achar seu lugar no mundo foram as principais conquistas dos personagens. No final das contas, The Fosters terminou o seu ciclo do jeito que começou, mostrando que, como a música de abertura já diz, não é de onde você vem, é onde você pertence.

Representatividade

Independente de algumas falhas que a série pode ter tido, um assunto sempre foi consistente: a representatividade, em todas as formas. A palavra aparece de diversas maneiras ao longo das temporadas: casamento igualitário, racismo, imigrantes, aborto, câncer e muitos outros. Isso já começa pela base da família, formada por Stef e Lena, um casal inter-racial lésbico, mas não para por aí. Além das mães, Jude também passou pela descoberta de sua sexualidade durante as primeiras temporadas e a história introduziu dois personagens (e atores) transgêneros.

Na época, há cinco anos, eram poucas as séries que tinham personagens LGBTQ+ como principais e The Fosters ficou conhecida e muito elogiada por sua grande representatividade, ganhando prêmios no GLAAD (Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação), premiação que homenageia e reconhece a representatividade da comunidade LGBTQ+ na TV, cinema, mídias e arte.

A série teve seus marcos exibindo o beijo entre um casal do mesmo sexo mais novo da história da TV americana, mostrando um dos primeiros personagens transgêneros em que o ator também passava pelo mesmo processo na vida real, além de também ter o primeiro relacionamento adolescente entre uma personagem principal e um transgênero.

No tempo certo

Em junho de 2013 foi ao ar a mid-season da primeira temporada, mostrando o casamento entre Lena e Stef, a primeira união gay mostrada na TV americana após a Suprema Corte derrubar o DOMA e o Prop. 8, lei que definia o casamento como uma união entre um homem e uma mulher, tornando-se legal a igualdade no casamento em Los Angeles. Mas o timing não foi planejado, enquanto a cena estava sendo gravada, a decisão da Suprema Corte tinha acabado de ser anunciada. Outras coincidências da série com assuntos atuais foram o episódio que mostrou a ameaça de um tiroteio na escola, dias depois do ataque em uma boate em Orlando, e a história de Ximena (Lisseth Chavez) e o departamento de imigração.

Ximena é protegida pelo DACA, uma política de imigração criada por Barack Obama durante sua presidência em 2012, que autorizava temporariamente pessoas que entraram no país ilegalmente quando crianças a morar, trabalhar e dirigir nos Estados Unidos. O episódio que critica uma ativista que é contra imigrantes coincide com o mesmo dia em que o presidente Donald Trump anuncia o fim do DACA, afetando a vida de mais de 800 mil pessoas. Na série, Ximena tem seu DACA negado e é forçada a buscar abrigo em uma igreja para se proteger dos agentes do departamento de imigração. Durante várias episódios, muito foi feito para tentar ajudar Ximena a permanecer no país. Em uma das cenas mais bonitas da série, Callie pergunta àquela mesma ativista: “O que é um americano? O que faz de você e eu americana, mas não a Ximena? Uma pessoa que viveu aqui a vida inteira, foi para a escola, se formou, trabalhou, pagou taxas e ama esse país o mesmo tanto que qualquer pessoa que nasceu aqui? Isso é uma americana”. 

DNA não faz uma família

Entre tantas histórias, brigas, pais biológicos aparecendo, dificuldades no caminho, The Fosters mostrou que não importa de onde você vem ou o que você faz, a família vai sempre ser o mais importante. E isso não quer dizer a família do seu DNA - constantemente foi mostrado que você não precisa ter nascido naquela família para ser parte dela. Desde o começo, os Adams-Fosters abriram seus corações para aquelas crianças e fizeram com que elas se sentissem seguras, respeitadas e amadas. Mariana, Jesus, Callie e Jude finalmente encontraram um lar e pessoas para chamar de família.

The Fosters deixa para trás um legado enorme na TV americana e para todas as pessoas que assistiram a série e aprenderam com ela. “Espero que daqui a cinco, dez, quinze anos, as pessoas assistam novamente à série - ou assistam pela primeira vez e pensem, meu deus, o mundo estava um pouco bagunçado naquela época - nós realmente tratávamos as pessoas com tanta desigualdade e desrespeito? Espero que representemos um momento em nossa história em que enfrentamos esses desafios de frente e destacamos como nosso país e nossa sociedade precisam fazer um trabalho melhor em cuidar uns dos outros - de celebrar nossas diferenças em vez de destruí-las”, disse o cocriador Bradley Bredeweg em entrevista ao Deadline.

Quando a Freeform anunciou o cancelamento da série no começo desse ano, o que parecia o fim, na verdade, era apenas um começo. Além de The Fosters ter ganhado 3 episódios finais para encerrar sua história, todos concluídos recentemente, o canal americano também anunciou uma série derivada, Good Trouble, centrada nas irmãs Callie e Mariana, ainda sem data de estreia.

Se você ainda não teve a chance de assistir a The Fosters, as 4 temporadas estão disponíveis na Netflix.

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