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Rock in Rio | Os seis melhores shows do festival em 2017

Seleção inspirada vai do funk ao rap e mostra que o evento acerta ao variar

Omelete
1 min de leitura
25.09.2017, às 21H57.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H45

A edição 2017 do Rock in Rio chegou ao fim jogando mais uma pá de terra sobre a ladainha de headbangers de que o festival só deveria ter rock porque se chama assim. Algumas das melhores apresentações neste ano, na verdade, variaram do funk ao rap, e na galeria abaixo nós listamos os seis melhores shows deste Rock in Rio:

Aerosmith

Dos nomes de hard rock que se apresentaram neste ano, nenhum deixou impressão tão forte quanto o Aerosmith. Se o Guns N' Roses tocou por três horas e terminou de forma apoteótica, a banda de Steven Tyler se arriscou mais: o vocalista antagonizava com o público em interações marrentas e os longos duelos de guitarra testaram a disposição do público para um rock mais vigoroso do que só uma listagem de sucessos noventistas. O resultado mostrou personalidade.

The Who

Até uma semana atrás, a banda nunca tinha se apresentado no Brasil, e o que se fez nos últimos dias foi uma justiça histórica: não vimos o The Who no auge mas vimos os britânicos em plena maturidade, organizando seu set como um panorama autoral da música inglesa dos anos 1960 e 1970. Aos 72 anos, o guitarrista Pete Townshend esbanja energia, e tanto nos rocks juvenis da fase mod quanto nas operas rocks o The Who nunca deixou o público na mão no Rock in Rio.

Grandmaster Flash

É difícil mensurar a influência de Joseph Saddler, o Grandmaster Flash, sobre a música pop de hoje. Indicado ao Hall da Fama do Rock em 2007, o DJ que introduziu o scratch como uma das bases musicais do hip hop extrapolou o gênero e ajudou a reaproximar o rap e o funk do rock, e no Rio de Janeiro apresentou um set frenético e incansável com 40 anos de música negra americana. Foi de lavar a alma e se acabar de dançar nas referências a Michael Jackson, Bowie, Beastie Boys...

Alice Cooper

Começou devagar a apresentação da lenda do rock teatral, mas aos poucos Alice Cooper ganhou o público com uma construção narrativa do track list - demarcado principalmente pelas brincadeiras de horror show no cenário e nos figurinos - que desaguou em duas interpretações inacreditáveis de "Fire" (com Arthur Brown, uma das influências de Cooper, e Joe Perry na guitarra) e em seguida "School's Out" ainda com os convidados no palco. Só o bis recordista do Guns rivalizou com esse momento de catarse roqueira no RiR.

Baiana Soundsystem

O formato de soundsystem jamaicano conquistou o seu espaço no Rock in Rio na base da pancada, e o grupo de Salvador se consagrou com uma das apresentações mais contundentes do festival, no baile e no coro. Foi um show politizado de reggae, dub e rap não somente pelas falas do vocalista Russo Passapusso em favor das comunidades cariocas mas principalmente por tratar gêneros menos "nobres" com o respeito que merecem. A parede sonora era táctil no ar e o coro da galera em "Cavalo do Cão" mostra que o Baiana System, embora não esteja no rádio nem na TV, encontrou sua voz com o público.

Nile Rodgers & Chic

A apresentação mais emocionante do Rock in Rio, e que aliou virtuosismo dos músicos com uma seleção de hits absolutamente popular, foi a do Chic. Recém-saído de um tratamento contra câncer, Rodgers dedicou a apresentação a Lady Gaga e desfilou tantos os hits da disco que tornaram o Chic influente quanto as faixas que ele produziu para outros artistas, e o que o Rio de Janeiro viu foram alguns dos covers mais inspirados do festival, de "Like a Virgin" a "Get Lucky".

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