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RoboCop | José Padilha discute o design e a essência do personagem

Cineasta também explica como pretende gastar o orçamento que terá para o filme

09.10.2011, às 10H02.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H45

Entrevistado pelo CraveOnline, o diretor brasileiro José Padilha (Tropa de Elite) voltou a falar sobre o remake de RoboCop que ele vai realizar. E desta vez discutiu alguns detalhes sobre o filme do Policial do Futuro.

José Padilha

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José Padilha

RoboCop

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Padilha começou dizendo que o personagem continuará sendo Alex Murphy. "Você não pode mudar o nome de Batman. Bruce Wayne é Bruce Wayne. Clark Kent é Clark Kent. Alex Murphy é Alex Murphy"

Sobre o orçamento, Padilha disse que pretende utilizá-lo da melhor maneira possível, ainda que nunca tenha realizado uma superprodução cara como essa antes. "Eu vou tentar fazer o melhor filme que eu puder com o tempo que eles me derem. Não sei ao certo como vai ser ainda, mas eu sei que os produtores deste filme são também cineastas. As pessoas da Spyglass, como Jon Glickman, Roger Birnbaum e Adam Rosenberg fazem filmes. Não são apenas executivos, então eles sabem como fazer filmes, o que será muito bom. Quando eu tenho um orçamento, minha visão é sempre gastá-lo todo a favor da tela. É isso que conta. Não adianta ter um super trailer-camarim cinco estrelas já que isso não mudará em nada o filme. Eu quero é mais filme, mais cenas, mais opções de corte".

Sobre o design dos personagens, Padilha disse que eles estão atualmente trabalhando nas imagens, mas que ele ainda não pode falar nada. "Mas o design precisa espelhar o roteiro. Você não cria nada a partir do zero. Você cria algo que faça sentido dentro do universo dramático que está explorando - é isso que estamos fazendo".

O diretor comentou também que não leu o roteiro não realizado de Darren Aronofsky pois quer sua própria versão do filme. "Mas eu sei do que se tratava o filme dele é o meu é totalmente diferente. Estilo distinto e até uma época diferente".

Sobre os tema da história, que ele já havia revelado que abordará corrupção política e manipulação pela mídia, mas avançará para ideias culturais e sociais mais largas, Padilha disse que "algumas coisas mudam e outras nunca mudam. Há constantes e variáveis no mundo. As corporações controlando a vida das pessoas são uma constante. Hoje são os bancos. Em 30 anos será alguma outra coisa. É assim que funciona a economia. Mas não estou fazendo um filme sobre hipotecas, posso lhe assegurar". Para o cineasta, o fato de Alex Murphy ser propriedade de uma corporação, que o possui como produto mas é incapaz de ser dona de sua essência quando ele lembra quem é forma "o coração e a alma do filme. O conflito entre alguém tentando dominar você e sua perseverança. Essa é a grandiosidade do conceito - e o conceito resumido. O coração da história e o que ela tem que ser"

Perguntado se ele ficaria para os filmes dois e três, para garantir que eles não sejam terríveis (como foram as sequências originais), Padilha disse apenas "deixe eu fazer o um primeiro e depois falamos sobre o dois".

Padilha recentemente levou a nova versão do roteiro, que ele trabalhou com Josh Zetumer, a Los Angeles. A ideia é filmar a partir de fevereiro ou março.

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