Arte de Rainbow Six

Créditos da imagem: Ubisoft/Reprodução

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Rainbow Six Siege X é atualização, não reinvenção, do FPS

Jogo apara arestas e promete ser mais receptivo a novos jogadores

Omelete
3 min de leitura
13.03.2025, às 16H00.

Rainbow Six Siege X é a grandiosa atualização de 10 anos do FPS tático da Ubisoft. A novidade, que chega em 10 de junho gratuitamente, não é exatamente um jogo novo, e sim uma lapidação naquilo que foi construído pelo game ao longo de sua história.

A convite da Ubisoft, o Omelete pôde testar essa nova versão por três horas, incluindo o novo modo Dual Front, e não são necessários mais do que alguns minutos para perceber que a essência do Siege segue ali.

O gameplay não sofreu alterações tão profundas. Há atualizações, sim, mas majoritariamente superficiais, como a introdução de extintores e tubulações de gás, que criam smokes e molotovs ao serem destruídos; há, também, a inclusão de um comando de inspeção da arma, à la Counter-Strike.

Talvez a grande mudança na jogabilidade seja o sistema de áudio. Houve um retrabalho completo nesse aspecto, tornando a profundidade e localização dos sons mais intuitivas para os jogadores - algo essencial para o alto nível de competição que o Siege propõe.

Fora da trocação de tiro, os menus foram reestilizados para serem mais intuitivos, e há um sistema de progressão atualizado, que promete ser mais recompensador para novos jogadores. Claro, reforços no anti-cheat também foram mencionados: a Ubisoft segue aumentando os recursos alocados à equipe responsável por essa parte do game, em busca de torná-lo cada vez mais impenetrável.
Um MOBA FPS?

Dual Front é uma das apostas da Ubisoft para a nova versão do Siege. O modo de jogo subverte as propostas básicas do game, colocando times de 6 em um duelo de ataque e defesa simultâneos.

Há duas rotas que precisam ser ocupadas ao mesmo tempo. De um lado, sua equipe precisa avançar em território inimigo e conquistar territórios para eventualmente chegar em na base adversária e conquistá-la; do outro, naturalmente, a ideia é justamente impedir que o outro time consiga avançar.

Isso se mistura com objetivos neutros no centro do mapa, que dão certa vantagem para quem conseguir executá-los. Se as semelhanças com MOBAs ainda não eram suficientes, há um cronômetro de respawn após cada morte.

As coincidências param por aí, já que não há acúmulo de recursos ou a necessidade de comprar itens cada vez mais poderosos. Dual Front, na verdade, é mais simples do que se esperaria do Siege, e a ideia é que novos jogadores o usem para aprender como lidar com cada Operador, e que veteranos descarreguem um pouco da adrenalina das ranqueadas.

Para chegar nesse ponto, a Ubisoft desenhou as partidas para durarem menos de trinta minutos. Também não há restrição de Operadores: é possível selecionar opções de ataque ou defesa independente de sua função. Entretanto, nem todos os personagens estarão disponíveis permanentemente - a ideia é uma pool rotativa de agentes, que vai ser trocada de forma sazonal.

A grande questão que fica é a parte técnica do jogo. O Siege sofre há anos com a falta de estrutura interna para acomodar o ambiente competitivo que o sustenta.

Problemas com criação de partidas e até a ausência de um bom Deathmatch para aquecer a mira passam longe de ser uma questão em outros FPS táticos. Sem mudar o cerne do jogo, é possível que essas questões sigam existindo no Siege X.

Claro, é cedo para tirar essas conclusões, e só haverá certeza sobre esse assunto quando o game - ou melhor, a atualização - estiver disponível para o público geral, em 10 de junho.

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