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Além dos vilões que combate há décadas, o ratinho criado por Disney há 75 anos agora também precisa se preocupar com um fã obcecado que pretende tomar seu lugar. A ratazana que atende por nome de Rato Michel não desgruda de seu ídolo e arquiteta planos para assumir a identidade de Mickey.
Idealizado na França em 2000, o rato maluco Michel Souris (seu nome original) apareceu na revista Le Journal de Mickey número 2.490, na aventura intitulada Le double doublé - ainda inédita no Brasil (será que um dia a editora Abril vai publicá-la?) -, criada pelo roteirista francês Didier Le Bornec e com desenhos realizados pelo estúdio Comicup (criado na Espanha em 1980 pelo quadrinhista José Cánovas Martinez), com estilo gráfico que remete à obra do norte-americano Floyd Gottfredson. Nessa primeira história, o fã maluco aprisiona Mickey em sua própria casa, o que pode ser uma referência ao filme Louca obsessão (Misery), baseado na obra do escritor Stephen King.
O leitor brasileiro já teve três oportunidades de ver o novo rival de Mickey em ação: nas histórias Inquilina do barulho (publicada em Mickey 673), Agito no Egito (editada em Mickey 678) e a mais recente, Trocando as bolas, na edição 698 da revista Mickey, que chegou às bancas em maio.
De modo diferente de outros nêmesis do camundongo protagonista - a exemplo do rato falastrão Ranulfo (Mortimer Mouse, que apareceu em um desenho animado e, em 1936, foi transportado para os quadrinhos por Gottfredson) -, o Rato Michel cria esquemas inusitados para enganar Mickey e substitui-lo. O que pode ser conferido na história editada na revista Mickey número 698, publicação que tem 36 páginas e custa R$ 1,50.
Roberto Elísio é Pesquisador Sênior do Núcleo de Pesquisas de Histórias em Quadrinhos da ECA-USP, jornalista, doutor em Comunicação pela ECA-USP, professor do Centro Universitário de São Caetano e autor do livro Para reler os quadrinhos Disney (Editora Paulinas)
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