New York Times lança listas dedicadas a quadrinhos best-sellers
Jornal corre atrás do prejuízo - mas pode ser tarde
Quantas vezes você viu livros que diziam, na capa ou na contracapa, "XX semanas na lista de best-sellers do New York Times!"? As listas de livros mais vendidos do tradicional jornal dos EUA - divididas em ficção, não-ficção, capa dura, capa mole, auto-ajuda, infantis etc. - são feitas a partir de informação de diversas livrarias do país e servem de referência internacional para editores e leitores.
Esta semana o jornal estreou mais três listas de best-sellers, dedicadas exclusivamente a quadrinhos. Como a venda de HQs vem crescendo assustadoramente nas livrarias norte-americanas (nas européias e nas brasileiras também) nos últimos anos, o jornal considerou prudente lhes dar uma categoria à parte. É claro que o excelente desempenho de Watchmen nas livrarias pesou na decisão.
starman Omnibus
As três listas se referem a quadrinhos como "graphic books" - parecendo uma mistura questionável dos tradicionais "graphic novels" com "comic books" - o que já atraiu críticas de alguns leitores. De qualquer forma, as listas são:
- Graphic Books Best Seller List, Hardcover (coletâneas ou graphic novels em capa dura)
- Graphic Books Best Seller List, Softcover (coletâneas ou graphic novels em capa mole)
- Graphic Books Best Seller List, Manga (só para mangás)
Esta semana, o segundo volume do Starman Omnibus (o primeiro já saiu no Brasil) está no topo da lista de capas-duras, com os arquivos da revista de terror Eerie em segundo e Watchmen em terceiro. Watchmen, porém, assume o primeiro lugar nas coletâneas de capa mole (a edição é 20 dólares mais barata), seguida de duas coletâneas da Secret Invasion da Marvel. Em mangá, praticamente só dá Naruto: os últimos volumes da série tomam oito das dez posições da lista.
A atualização do The New York Times, porém, pode ter chegado na última hora. O jornal atualmente passa por uma crise, devendo mais de 1 bilhão de dólares. Correm análises negativas pela mídia dos EUA de que o jornal pode fechar suas portas ainda este ano.