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Neonomicon | HQ de Alan Moore gera problemas em biblioteca dos EUA [atualizado]

Pais de garota de 14 anos solicitaram à biblioteca que tirasse exemplares de circulação

ÉA
19.06.2012, às 16H17.
Atualizada em 02.11.2016, ÀS 18H03

Os problemas de Alan Moore com as bibliotecas não são de hoje. O mais novo é com Neonomicon, HQ de terror que ele publicou pela Avatar Press em 2010 e que ganhou até prêmio literário. Mas uma biblioteca dos EUA, por enquanto, tirou seus dois exemplares das prateleiras.

A Greenville County Library, de Greenville, na Carolina do Sul, retirou os exemplares após reclamação da mãe de uma menina de 14 anos que havia levado a HQ para casa. A menina perguntou à mãe sobre o significado de um palavrão, o que levou a senhora a conferir a HQ.

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"Quanto mais eu via, mais chocada ficava. Não tinha noção que esse tipo de material era permitido em biblioteca pública. Acho que é o mesmo conteúdo de Hustler, Playboy e essas coisas. Talvez pior", disse a mãe atônita. É, talvez um grupo de adoradores de um demônio lovecraftiano cometendo estupro grupal que termina com o dito monstro de estuprador-mor talvez seja "pior", na escala da mãe. Leia nossa resenha da HQ aqui.

Segundo o canal local 7 On Your Side, a HQ ficava na seção adulta da biblioteca - da qual menores podem tirar livros com autorização dos pais. No momento, os dois exemplares de Neonomicon estão sendo reavaliados por um comitê da biblioteca, para decidir se voltam ou não às prateleiras.

[ATUALIZAÇÃO] O Comic Book Legal Defense Fund, instituição que provê defesa jurídica gratuita em casos de liberdade de expressão nos quadrinhos, entrou no caso de Neonomicon em associação à Coalização Nacional Contra a Censura e a Fundação de Livreiros Norte-Americanos em Defesa da Liberdade de Expressão. A carta enviada ao comitê dirigente da Biblioteca de Greenville ressalta que tirar a obra da estante fere a Primeira Emenda da Constituição dos EUA e ressalta a qualidade do trabalho de Alan Moore, bem como sua carreira nos quadrinhos. "Se violência explícita e conteúdo sexual devessem ser excluídos da biblioteca por conta da objeção de alguns, a biblioteca perderia clássicos antigos e contemporâneos, como a Oresteia, de Ésquilo, e Amada, de Toni Morrison", escreve a CBLDF.

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