Manara & Fellini
Manara & Fellini
O VISIONÁRIO E O MAGO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
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| Fellini, no traço de Manara |
Todo mundo conhece o italiano Federico Fellini, aquele quadrinhista que, durante o regime fascista e a segunda guerra mundial, teria desenhado alguns episódios de Flash Gordon para os jornais italianos, além de produzir suas próprias histórias; e que faleceu sem poder terminar o ambicioso roteiro da história em quadrinhos que produzia para a revista Il Grifo, considerada hoje um clássico do gênero, e a segunda que produzia com o colega Milo Manara.
Ah, entre esses projetos, Fellini também fez alguns filmes de longa metragem.
E virou adjetivo: Felliniano...
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| Mulheres manarianas |
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| Um Verão Índio, por Milo Manara |
Em termos de cult, seu conterrâneo e parceiro na última aventura, Milo Manara, também está virando adjetivo. Quem conhece suas histórias não pode deixar de classificar uma bela, esguia e sensual garota de manariana... e olhe que isso é um baita elogio!
As trajetórias foram diferentes, evidentemente. Enquanto Fellini dava origem à lenda (mais uma!) da autoria fantasma de Flash Gordon, Murillo Manara estava nascendo. E enquanto Fellini, já celebrado cineasta, participava da reavaliação crítica européia das histórias em quadrinhos americanas, fazendo coro com Alain Resnais e Claude Lelouch, nos meados dos anos sessenta, Manara estava decidindo se deveria dedicar-se à escultura ou à pintura.
Na década de 70, Murillo, já Milo Manara, decidiria acertadamente se envolver com as histórias em quadrinhos, emplacando sucessos como O Símio, Um Verão Índio e O Clic. Federico também consolidaria sua outra carreira, a de cineasta, com obras-primas como Satyricon, Ensaio de Orquestra e Amarcord.
Continua...
Dois gênios se unem / Uma segunda Viagem / Transfiguração
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| AMARCORD de 1974 | SATYRICON de 1969 |



