HQ sobre futuro do Homem-Aranha causa nova controvérsia
Sêmen radioativo é a polêmica da vez em Spider-Man: Reign
Primeiro foi o pênis-Aranha. Era de se esperar que, em seguida, viesse o sêmen-Aranha.
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Spider-Man: Reign, minissérie escrita e desenhada por Kaare Andrews que mostra um futuro apocalíptico para Peter Parker, foi motivo de mais uma controvérsia em sua terceira edição, que saiu nos EUA há pouco.
Não continue a leitura se não quiser estragar surpresas.
Parker, diante do cadáver de Mary Jane, diz que foi seu sêmen radioativo que a matou. "Os médicos não entendiam o que acontecia. Por que você tinha sido envenenada por radioatividade. Como seu corpo aos poucos foi tomado pelo câncer. Eu sabia. Eu tinha... Eu tenho sangue radioativo. E não só sangue. Qualquer fluido. Me tocar... Me amar... Me amar matou você. Como uma aranha subindo pelo seu corpo e soltando mil ovos cancerígenos... Eu matei você", diz o Peter envelhecido e enlouquecido.
Fãs como o crítico de quadrinhos Graeme McMillan não acreditaram no que leram e acham que a Marvel não se importa em manter o controle sobre seus personagens. "Não aceito que a Marvel pense que esta é uma idéia publicável - que o pote de ouro dos licenciamentos da editora, o mesmo personagem que eles estampam em tudo que é coisas para crianças, o mesmo personagem que vai ter o filme de maior bilheteria do ano sendo lançado ao mesmo tempo que a coleção desta minissérie, ser responsável pela morte de sua mulher especificamente por causa de seu sêmen radioativo", reclama.
A discussão segue por fóruns e sites de notícias, e a cena é considerada absurda quase unanimemente.
Em Reign, um Peter Parker de barba branca volta à ativa para impedir que o governo totalitário tome controle total da vida de Nova York - na verdade o plano de um antigo inimigo. A mini tem referências claras a O Cavaleiro das Trevas no estilo de desenho e em pistas que o autor Kaare Andrews solta pelo roteiro.
A última edição - quem sabe com mais uma controvérsia - está prevista para sair nos EUA em 14 de março. Ainda não há previsão de publicação no Brasil.