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HQ/Livros
Artigo

HQ: <i>Balada assassina</i>

HQ: <i>Balada assassina</i>

PH
29.08.2003, às 00H00.
Atualizada em 22.11.2016, ÀS 03H10

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Joe Telenko é um motorista de táxi nova-iorquino cardíaco e estressado. Ele odeia sua mulher paralítica Martha, mas esta se recusa a lhe conceder o divórcio. Telenko então decide que só lhe resta uma saída... matá-la.

Balada assassina é uma história policial noir em três edições, a primeira das quais acabou de ser lançada, no Brasil, pela Devir Livraria. Publicada originalmente em novembro de 1997 pela poderosa editora francesa Dargaud, é assinada pelo veterano escritor Philippe Tome (roteirista da série Spirou, que teve um álbum – Luna fatal – publicado no Brasil pela Editora Manole) e pelo desenhista estreante Ralph Meyer.

O roteiro de Tome não é particularmente original e segue com fidelidade as convenções do gênero, mas é feito com grande competência. Muita coisa fica no ar após esta primeira edição, já que a série é uma trilogia fechada. Então, seria necessário ler todas as três partes antes de se fazer um julgamento definitivo. A princípio, porém, é um trabalho no mínimo interessante. O narrador da primeira edição é Telenko, mas aparentemente as próximas serão contadas do ponto de vista de outras personagens.

A arte é mais fácil de julgar. O desenho de Meyer é bastante eficiente, retratando toda a sujeira e opressão da grande metrópole (e, metaforicamente, da vida de Telenko). Vale destacar as cores, feitas em tons pastéis com o uso ocasional do amarelo (por exemplo, na cor do táxi de Telenko) para “quebrar” a monotonia. É um processo similar ao que foi utilizado pela DC Comics na revista Detective Comics (publicada no Brasil na revista Batman da Panini), mas lá o processo apenas realçava a mediocridade da maioria dos artistas daquela publicação (como Shawn Martinborough) e foi por fim abandonado, enquanto aqui, a serviço de um desenhista de qualidade, esse tipo de colorização funciona muito bem.

Um último detalhe é o preço de 30 reais, bem acima dos 20 reais que a Devir cobra pelos outros álbuns. Difícil entender as razões de editora, talvez considere Balada assassina menos comercial do que os demais (o que é até verdade).

Enfim, muita coisa fica pendente. As outras duas edições devem esclarecer se esse é um gibi de alta qualidade ou apenas o início promissor de um trabalho chinfrim. Resta torcer para que a Devir as publique.

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