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HQ de Tintim condenada por racismo dispara nas vendas

Tintim no Congo ocupa oitava posição na lista de mais vendidos da Amazon

20.07.2007, às 00H00.
Atualizada em 11.11.2016, ÀS 18H06

A repercussão em torno do "Caso Tintim no Congo" continua. Na semana passada, uma organização inglesa acusou a HQ clássica de racismo, fazendo com que a rede de livrarias Borders trocasse o volume da seção infantil para a adulta.

O caso foi notícia na imprensa mundial, dada a popularidade do personagem de Hergé (1907-1983). A rede Borders dos EUA logo decidiu fazer o mesmo de suas filiais inglesas. Além disso, no último fim-de-semana, o livro teve um aumento de 3.800% nas vendas, pulando para a oitava posição na lista de mais vendidos da livraria virtual Amazon.

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Tintim no Congo sempre foi alvo de controvérsia, tendo inclusive mais de uma versão. Lançado originalmente em 1931, foi republicado em 1946 com algumas páginas a menos e sem as referências ao colonialismo belga - o Congo foi colônia da Bélgica até 1960, e o país europeu via-se como o arauto da modernidade e da educação para as selvagens tribos congonesas, noção que foi tornando-se mais politicamente correta ao longo dos tempos.

Em outros países, o álbum teve que modificar suas cenas de maus-tratos a animais, como aquela em que Tintim explode um rinoceronte.

O álbum, já publicado no Brasil há muitos anos pela editora Record como Tintim na África, será reeditado pela Companhia das Letras em maio de 2008 mantendo o título original Tintim no Congo. Segundo o editor Thyago Nogueira, responsável pela nova coleção brasileira dos álbuns do herói belga, a versão da aventura a ser publicada será a de 1946 - portanto, já sem as referências coloniais, mas mantendo a "joselitice" ecológica de Tintim.

Pedro Bouça, colaborador do Omelete, escreveu um artigo bastante compreensivo sobre Tintim no Congo em seu blog. Confira.

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