A história trata do problema das armas de fogo nas escolas norte-americanas, em tom de denúncia. Ellis falava nela com orgulho quando assumiu os roteiros de Hellblazer, em dezembro de 1998. Em abril de 1999, com o massacre da Escola de Columbine, em Littleton, Colorado, tudo mudou: os Estados Unidos viram uma caça às más influências na TV, no cinema, nos games e nos quadrinhos que levou a um aumento considerável da censura interna das grandes empresas de entretenimento.
A DC, como sub-divisão da gigantesca Time/Warner, não ficou de lado. Várias revistas tiveram capas, páginas ou até todo seu conteúdo censurado. Tiragens já impressas foram queimadas. Um dos casos mais interessantes é a de ELSEWORLDS 80-PAGE GIANT, que teve milhares de cópias destruídas por causa da história Letitia Lerner, Supermans Babysitter
Ellis chegou a ser questionado pelos fãs: Shoot seria mesmo publicada, com o massacre de Columbine ainda tão presente&qt;& O escritor disse que tinha a confirmação dos editores de que não haveria corte. A edição tinha até sua capa já divulgada.
De qualquer forma, poucas semanas depois o mesmo Ellis publicou nota dizendo que a DC havia pedido modificações no roteiro. O escritor rejeitou as propostas da editora, sendo a história sumariamente cortada, e resolveu deixar de vez os roteiros de HELLBLAZER.
A cópia clandestina, em xerox, que chegou à Internet esta semana, começou a ser distribuída este mês entre os leitores, especialmente na Convenção da Wizard em Chicago. Não se sabe quem conseguiu as páginas, ainda em preto-e-branco mas já com letreramento. O responsável pela versão web é John McMahon, webmaster de um fã-site de John Constantine. McMahon recomenda que se leia a história logo, pois não sabe quando os advogados da DC pedirão que ela seja tirada do ar.