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HQ/Livros
Crítica

O Sombra Vol. 01 - O Fogo da Criação | Crítica

Garth Ennis introduz um personagem clássico aos leitores em uma boa HQ

AS
07.02.2014, às 17H51.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 15H14

O maior mérito da versão de Garth Ennis e Aaron Campbell para o Sombra é introduzir o personagem a uma nova geração de leitores. Criado originalmente nas revistas pulp da década de 1930, ele ficou particularmente famoso como protagonista de uma série transmitida pelo rádio. Já apareceu em filmes (o mais recente saiu em 1994, com Alec Baldwin no papel principal), programas de TV e quadrinhos, mas andava meio esquecido nos últimos tempos.

Em 2012, a Dynamite lançou a nova série do personagem, e Ennis foi o responsável pelo primeiro arco de histórias, dividida em seis edições e reunidas neste encadernado. Em entrevista ao site CBR na época do lançamento, o irlandês afirmou que não levou em conta o gosto dos leitores modernos na hora de escrever a história. "Estou escrevendo sobre um personagem dos anos 1930. Gosto de ficção histórica, então é algo bem natural para mim", disse. Mas a sensação que fica é a de uma HQ moderna protagonizada por um personagem clássico.

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A trama acompanha Lamont Cranston, um jovem rico que se passa por playboy durante o dia, mas de noite age como o vingador mascarado Sombra. Quando encarna o herói, ele é capaz de grandes feitos: é um pistoleiro exímio e tem o poder de anuviar a mente dos homens. Na HQ, ambientada às vésperas da Segunda Guerra, ele se junta ao serviço de inteligência americano para acabar com um poderoso major do exército japonês e seu comparsa, um bandido chinês.

Embora haja diversos tiroteios em que o Sombra mostra do que é capaz, as aparições do personagem parecem quase secundárias; vemos mais o próprio Lamon Cranston do que seu alter-ego. O roteiro, uma ficção policial bem tradicional, sem grandes reviravoltas, é cheia de detalhes históricos. É o suficiente para manter o leitor interessado até o final, mas não deixa aquela sensação de que acabamos de ler algo memorável. Os fãs do estilo exagerado tão típico de Ennis, cheio de palavrões e violência, também podem ficar um pouco decepcionados.

O desenhista Aaron Campbell faz um bom trabalho nas cenas de ação e especialmente na reconstituição de época. Alguns de seus grandes painéis, que mostram aviões da década de 1930, como o famoso Clipper, são muito bons. Seu traço tem um tom realista e um pouco sombrio que combina com a história. O Fogo de Criação é uma HQ divertida e interessante, que apresenta uma visão atual sobre um personagem octogenário. Mas passa longe dos trabalhos mais memoráveis de Ennis, como Preacher e suas HQs de John Constantine.

A edição da Mythos Editora está caprichada. Com capa dura, inclui um monte de extras. São capas alternativas, esboços de Alex Ross para as capas originais e o roteiro completo da primeira edição. É uma boa chance de conhecer um pouco mais do processo criativo de Garth Ennis.

Nota do Crítico

Bom
André Sollitto

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