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40 anos de The Dark Side of The Moon | Especial

Obra-prima do Pink Floyd se mantém atual e símbolo da excelência musical

06.03.2013, às 18H32.
Atualizada em 29.06.2018, ÀS 02H44

Há 40 anos o rock conheceu um de seus estandartes. Produzido pelos britânicos do Pink Floyd, o álbum The Dark Side of The Moon até hoje reluz como um diamante dividido em dez partes perfeitamente harmônicas. A revolução artística e comercial proporcionada por este disco continua a ecoar no cenário musical, servindo como fonte de inspiração para artistas jovens e veteranos.

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Quando lançou sua obra-prima, o Pink Floyd já tinha sete discos na rua, reconhecimento mundial e um significado enorme dentro da Europa. Desde o início dos anos 70, o grupo contava com Roger Waters, Nick Mason, Richard Wright e David Gilmour; Syd Barrett, um dos integrantes originais, deixara o grupo por desavenças e problemas mentais. Os primeiros esboços de Dark Side surgiram ainda na turnê de Meddle (1971), quando a banda começou a procurar um novo tipo de abordagem para seus futuros trabalhos. A intenção era avançar em termos técnicos e criativos, produzindo um álbum que unisse a excelência da nova tecnologia digital, combinado a letras bem elaboradas.

Assim como o lendário Sgt. Pepper Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, este disco foi gravado no Abbey Road Studios. Outra semelhança entre os dois grupos foi a colaboração com Alan Parsons, à época, um dos produtores mais renomados da indústria. Estima-se que até o meio dos anos 80, nenhum disco tenha sido mais caro do que Dark Side. A possibilidade de gravar em fontes múltiplas, além de usar sintetizadores e efeitos inovadores, levou o orçamento do disco a valores exorbitantes. Além de toda a inovação técnica, a banda usou instrumentos e artifícios incidentais, como moedas, vozes alheias e som ambiente, para dar outra conotação ao álbum.

Ao passo que o esmero técnico dava à musicalidade do álbum uma característica única, os temas abordados nas composições foram por outro caminho. A impessoalidade dos trabalhos anteriores deram lugar aos assuntos mais comuns e mundanos que uma letra poderia descrever: dinheiro, ganância, problemas sociais e religião, por exemplo. Tal escolha foi um dos fatores preponderantes para o arrebatamento público que Dark Side of The Moon causou. Enquanto cantava sobre os desafios cotidianos do mais simples sujeito, Gilmour conseguia incluir uma profundidade a cada frase, uma reflexão a cada verso.

Apesar de ter sido lançado há 40 anos, este disco continuou por, pelo menos, outros 15 a tocar ininterruptamente em todos os cantos do mundo. Dark Side deixou de ser um estandarte do rock, para se tornar um símbolo da música moderna. Foram cerca de 740 semanas entre os mais vendidos da Billboard, acumulando quase 50 milhões de cópias vendidas até hoje. Tendo em vista o tamanho do sucesso, era comum a criação de histórias em volta do álbum, como o mito do Mágico de Oz - se tocado ao mesmo tempo do filme, é possível observar a sincronicidade entre as cenas do filme e os acordes do disco e até mesmo paralelos entre as histórias.

O tempo passou, inúmeros artigos e livros foram escritos sobre o álbum, mas a cada nova reprodução há quem descubra um significado inédito nas músicas de Dark Side. A incrível vitalidade de um produto como este está na capacidade de transcender o espaço e tempo, conseguindo falar com as gerações futuras à sua criação, sem perder a magia que encantou seus primeiros ouvintes.

Sessões de gravação de The Dark Side of The Moon

The Dark Side of Oz

Áudio completo de The Dark Side of The Moon

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