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Oscar 2020 | Adam Driver é o melhor ator desta geração?

Indicado ao prêmio pela segunda vez, ator se tornou um destaque em Hollywood tendo trabalhado com grandes diretores e em gêneros variados

Omelete
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27.01.2020, às 12H49.
Atualizada em 27.01.2020, ÀS 16H30

Quer você o conheça por Star Wars ou tenha ouvido falar no seu nome pela primeira vez quando foi indicado ao Oscar por Infiltrado na Klan, fato é que Adam Driver se firmou como um dos grandes nomes de Hollywood nos últimos anos. Na realidade, para o diretor Martin Scorsese, com quem trabalhou em Silêncio, ele pode inclusive ser o melhor ator desta geração. 

Com Driver concorrendo novamente a um prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, dessa vez por sua performance em História de Um Casamento, relembramos algumas das grandes atuações da sua carreira para ajudá-lo a decidir: afinal, o ator de 36 anos é mesmo o melhor dessa safra de artistas?  

FRANCES HA (2012)

Anos antes de História de Um Casamento, a primeira colaboração com o diretor e roteirista Noah Baumbach aconteceu em Frances Ha, dramédia independente em preto e branco estrelada por Greta Gerwig - sim, justamente a diretora e roteirista de Adoráveis Mulheres, outro filme candidato a Melhor Filme neste ano. Na produção, Driver vive um dos amigos da protagonista, um nova-iorquino sem nada de muito especial.

Embora tenha sido um papel pequeno, a parceria com Baumbach foi tão positiva que, antes de voltar a trabalhar com ele em 2019 como um dos protagonistas, Driver estrelou outras produções do cineasta: Enquanto Somos Jovens, em 2014, e Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe, em 2017.

GIRLS (2012 - 2017)

O primeiro papel que deu de fato notoriedade a Driver foi o namorado emocionalmente instável de Hannah (Lena Dunham) na comédia da HBO Girls. Inicialmente, seu personagem, um carpinteiro aspirante a ator, era apenas um relacionamento casual da protagonista. Porém, ao longo de seis temporadas, ele se tornou uma parte importante dentro da dinâmica da série, engatando não apenas um namoro sério com Hannah, mas eventualmente se envolvendo também com a melhor amiga dela, Jessa. A série é um grande exemplo de como Driver consegue navegar pela comédia e o drama sem muito esforço. E mais: como ele sutilmente demonstra a vulnerabilidade e a intensidade dos seus personagens.

INSIDE LLEWYN DAVIS: BALADA DE UM HOMEM COMUM (2013)

Em 2013, quando ainda era pouco conhecido, Adam Driver trabalhou com os irmãos Coen. Em Inside Llewyn Davis, ele fez uma pequena ponta como Al Cody, um músico com quem o protagonista de Oscar Isaac grava uma faixa na sua jornada atrás do sucesso - uma aparição breve, mas que contribui muito para o restante da história do protagonista. De um modo geral, Driver tem essa característica: tendo muito ou pouco tempo de tela, ele sempre se entrega à história, dando o que o filme pede, e não necessariamente buscando o holofote. Ironicamente, por menor que seja o papel, é difícil ele não se destacar.

STAR WARS (2015 - 2019)

Kylo Ren poderia ter sido reduzido a um vilão mimado e superficial não fosse a performance de Driver. Logo no seu primeiro blockbuster, isto é, O Despertar da Força, o ator levou às telonas os dilemas internos do personagem com delicadeza, tornando-o mais do que apenas um paralelo com Darth Vader. Apesar dos divisivos Os Últimos Jedi e A Ascensão Skywalker, repletos de contradições sobre os destinos dos protagonistas, a atuação de Driver foi sempre unânime.

PATERSON (2016)

Se em História de Um Casamento a performance de Driver é lembrada por sua verdade explosiva na cena da discussão, em Paterson o ator mostra o lado mais vulnerável do seu personagem na sutileza. No longa, escrito e dirigido por Jim Jarmusch, ele vive um motorista de ônibus que, entre uma viagem e outra, escreve poemas. Com uma pegada introspectiva, o ator representa bem as pequenas vitórias e derrotas da vida cotidiana.

SILÊNCIO (2016)

Ao lado de Andrew Garfield, Driver vive em Silêncio um padre jesuíta que viaja até o Japão atrás do seu mentor - um papel que o obrigou a perder pouco mais de 20kg. "Não consigo falar para vocês a perseverança e a beleza da performance, nem a experiência que tive com ele. Ele tem uma incrível presença de tela", afirmou Scorsese (via Vulture). Você vai contestar o homem?

LOGAN LUCKY: ROUBO EM FAMÍLIA (2017)

Logan Lucky é um atestado da versatilidade de Driver. Embora estejamos acostumados a vê-lo em papéis mais dramáticos, muitas vezes com um quê de introspectivo, no filme do diretor Steven Soderbergh o ator mostra seu timing cômico apurado, brincando com o absurdo.

INFILTRADO NA KLAN (2018)

Trabalhando com Spike Lee, mais um renomado diretor para seu currículo, Adam Driver recebeu sua primeira indicação ao Oscar. Na produção, o ator viveu um policial judeu que colabora na operação que investigou a Ku Klux Klan. Embora seu papel seja de coadjuvante, difícil não elogiar a performance de Driver.

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