Dia Zero Explicado | Quem está por trás dos ataques cibernéticos?

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Dia Zero Explicado | Quem está por trás dos ataques cibernéticos?

Minissérie com Robert De Niro é a nova sensação da Netflix

Omelete
3 min de leitura
21.02.2025, às 20H08.
Atualizada em 22.02.2025, ÀS 09H28

Logo no começo de Dia Zero (Zero Day, 2005), um ataque generalizado em sistemas de energia, celulares e transportes causa um blecaute sem precedentes, que leva à morte de mais de 3 mil pessoas. Antes de voltar tudo ao normal, um aviso: "Vai acontecer novamente". As primeiras suspeitas apontam para hackers russos. Mas será que dá para iniciar uma retaliação sem começar uma 3ª Guerra Mundial?

Saber quem está por trás do ataque é o primeiro dos dois grandes mistérios da minissérie, que acabou de chegar à Netflix.

Para falar do segundo, vamos dar um pouco mais de contexto a quem não viu o programa ainda, mas já está curioso (se segure, porque VAI TER SPOILERS!):

Sem saber como se defender do tal próximo ataque, nem ter ideias de quem está por trás, a presidente dos Estados Unidos (Angela Basset) monta uma comissão investigadora especial com poderes extraordinários de vigilância, busca e apreensão e até suspensão de habeas corpus. Ou seja, poderes de mandar prender e soltar quem quiser a hora que quiser.

"Algo assim não existiu nem depois do 11 de Setembro", lembra o ex-presidente George Mullen (Robert De Niro), convidado pela atual residente da Casa Branca para liderar a tal comissão. Sua principal característica é ser um político que conseguia caminhar livremente e com apoio de ambos os partidos e simpatizantes da direita e esquerda estadunidenses.

Com tamanho poder em mãos e experiência em lidar com agências de espionagem e uma rede própria de informantes, não demora para ele descobrir que os russos ou qualquer outro agente estrangeiro tenham responsabilidade por tamanho prejuízo. Na verdade, tudo começou dentro dos Estados Unidos, mais especificamente na Agência de Segurança Nacional, que criou o tal vírus, chamado Proteus.

E agora chegamos à segunda questão: estaria o ex-presidente em sua plena capacidade mental? Seus lapsos de memória, visões de pessoas que não estão lá, uma música que toca incessantemente em sua cabeça e a própria idade avançada o fazem duvidar de sua própria sanidade. E daí vem a informação de que Proteus não é o novo do vírus que levou ao apagão, mas sim uma arma neurológica, que desenvolver pseudodemência, psicose, insônia, alucinações visuais e auditivas, além de falhas na memória.

Juntando tudo isso ao cenário em que um streamer que fica divulgando teorias da conspiração e criando pânico na população e uma bilionária do Vale do Silício, temos as peças no tabuleiro para um thriller político em que descobriremos no último episódios quem realmente estava por trás de tudo...

Quem causou todo o caos e, consequentemente, as mortes e pânico generalizado foi o presidente do Congresso, Richard Dreyer (Matthew Modine) e outros políticos da velha guarda, que inventaram um inimigo em comum, capaz de fazer com que a atual bipolaridade política fosse deixada de lado e eles pudessem voltar a passar leis, independente do viés político de quem as propôs pensando apenas nos seus iguais.

Sobre a capacidade mental do ex-presidente, a série deixa no ar a utilização ou não do Proteus. Mas ao voltar ao trabalho, liderar uma equipe e desvendar o mistério, George Mullen consegue ao menos revisitar um trauma do seu passado que o atormentava.

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