Control Z eleva suspense e aprofunda personagens em 2º ano empolgante
Intrigas do Colégio Nacional tomam proporções maiores e prendem mais a atenção
Créditos da imagem: Netflix/Divulgação
Uma das grandes surpresas da Netflix em 2020, Control Z se tornou um verdadeiro fenômeno na plataforma, sendo renovada apenas uma semana depois de sua estreia e chegando ao Top 10 de séries mais assistidas em 64 países. Intrigante, o primeiro ano trazia situações tão agoniantes quanto absurdas, uma mistura que garantiu uma temporada divertida e maratonável. Em sua segunda temporada, a produção investiu pesado em seus pontos mais fortes, justificando ainda mais seu sucesso instantâneo e o movimento dos fãs nas redes sociais.
O novo ano começa dois meses após os acontecimentos do último episódio de 2020, com Javi (Michael Ronda) se recuperando no hospital, com Sofia (Ana Valeria Becerril) ao seu lado, enquanto Raúl (Yankel Stevan) se esconde dos colegas depois ser desmascarado como o hacker que transformou o Colégio Nacional em um pandemônio. Nesse período, Luis (Luis Curiel), morto por Gerry (Patricio Gallardo), teve seu armário “aposentado” pela escola, e é homenageado em uma cerimônia organizada pelo diretor Quintanilla (Rodrigo Cachero). Durante o evento, um novo hacker, usando as redes de Luis, ameaça todos aqueles envolvidos na morte do garoto.
Enquanto o grande apelo da primeira temporada era descobrir os segredos mais profundos dos adolescentes, os novos episódios de Control Z elevam a tensão por colocar em risco a vida de seus personagens. Incêndios criminosos, pessoas enterradas vivas e bebidas envenenadas se tornam riscos reais no dia a dia dos estudantes, já tensos com seus problemas como aborto, drogas e sexualidade.
A série, aliás, acerta muito ao se aprofundar nas questões pessoais de seus coadjuvantes, principais alvos do hacker. As novas camadas mostradas pelos personagens ajudam - e muito - que o público se prenda ainda mais à trama e se preocupe com as possíveis próximas vítimas. Isso vale mesmo para nomes menos explorados no ano anterior, como María (Fiona Palomo) e Darío (Iván Aragón), cujos amores, agonias e personalidades enfim são desenvolvidas para além de “garota boazinha” ou “maconheiro do grupo”.
Ainda que se beneficie de uma melhor exploração de seu elenco, a segunda temporada de Control Z ainda peca ao entregar soluções simplistas demais, seja no mistério central ou para os já citados problemas pessoais dos jovens personagens. Mesmo que esconda esses momentos atrás de explicações complicadas e conexões inusitadas, o resultado nunca chega a ser a revelação chocante que a série tenta entregar.
Há, no entanto, uma visível evolução entre a primeira e a segunda temporada de Control Z. Do roteiro às atuações, percebe-se maior paixão dos envolvidos na produção, que termina seu novo ano em um bom gancho para episódios futuros. O elaborado mistério criado pelos roteiristas garantiu um delicioso entretenimento para os fãs da série - e de suspenses adolescentes de modo geral.
Control Z
Em andamento (2020- )
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