Vanilla Ninja: <i>Traces of sadness</i>
Vanilla Ninja: <i>Traces of sadness</i>
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Devido à maciça publicidade que vem cercando o lançamento de seu primeiro álbum, o Vanilla Ninja pode parecer uma daquelas bandas "fabricadas" para ter sucesso, a exemplo do que acontece com certas "cantoras" americanas cujos nomes não é necessário sequer mencionar. O fato de todas as músicas do álbum serem escritas por David Brandes (que também produziu o CD) e Jane Tempest, e a composição ter ficado a cargo de John OFlynn reforça a idéia.
Afinal, se o trabalho pesado foi feito pelo trio acima, o que sobrou para a banda em si? Bom, além de emprestar os belos rostos para posar para as fotos de divulgação, o quarteto formado por Lenna Kuurmaa (vocal e guitarra), Piret Järvis (vocal e guitarra), Katrin Siska (vocal e teclado) e Triinu Kivilaan (vocal e baixo) vai além disso. As garotas vindas da Estônia dão sim um belo toque ao álbum, tanto manejando seus instrumentos quanto usando suas vozes o que, de cara, já afasta a impressão de serem uma espécie de "versão malvada das Spice Girls".
Traces of sadness é um bom álbum. Não é o tal hard rock alardeado na publicidade em torno do CD. Na verdade, é mais um rock bem moderno, misturando guitarras e riffs um tanto quanto pesados com elementos consagrados do pop dos anos 70 e 80. Isso sem contar com o uso de refrões pra lá de grudentos em algumas faixas, o que contribui para que as músicas se fixem com mais facilidade em nossas mentes.
Falando do álbum em si, ele é aberto com a empolgante "Though enough", um bom cartão de visitas do que está por vir. Ao longo de suas doze faixas, o álbum varia momentos mais suaves, como a balada "When indians cry", com outros mais pesados, como na faixa "Metal queen". Já canções como "Dont you realize" parecem ter sido feitas sob medida para estourar nas rádios voltadas para esse tipo de música.
Além das doze faixas, o álbum lançado por aqui pela Hellion Records traz ainda como bônus as versões estendidas de "Traces of sadness" e "Heartless" e os videoclipes para as músicas "Though enough" e "Dont go too fast".
No geral, o trabalho do Vanilla Ninja é bastante homogêneo, com músicas bem produzidas, alternando momentos mais suaves com outros mais pesados, tudo embalado numa roupagem bastante comercial. O que, nesse caso, não tira o mérito da banda e seus produtores. Apesar de ser descaradamente voltado para o mercado, o som do Vanilla Ninja é bem interessante e vale ser conferido. Desde que, é claro, você não espere encontrar um disco típico de hard rock.
