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ULTRA Festival | Above and Beyond faz show menos emocional para iniciantes

Mesmo fugindo do eletrônico comercial, grupo buscou todos os públicos com set menos emotivo

JJ
15.10.2016, às 14H15.
Atualizada em 19.11.2016, ÀS 22H01

Uma das principais tarefas de um festival é conseguir manter um lineup coeso e ainda sim, agregar sonoridades para novos públicos. O ULTRA Brasil, em sua primeira passagem pelo Rio de Janeiro, tentou e, possivelmente, fez a melhor aposta, colocou os ingleses do Above & Beyond na primeira noite do evento.

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O trio composto por Pavo, Tony e Jono, que não esteve presente, é um dos poucos representantes da linha trance que não precisou mudar seu som para ser inserido nas escalações dos grandes festivais.

No entanto, com um público mais amplo, a aposta em suas  mensagens e em um set com BPM menor e mais melódico, característica do trance, não foi uma realidade. Desde a entrada, a dupla, mostrou mais velocidade e mais graves, para, possivelmente, conectar o público à sonoridade única que é feita pelos produtores. Mesmo assim, em alguns momentos, era possível ouvir pessoas na plateia pedindo pelo drop [momento em que uma quebra na cadência da música e uma troca de ritmo ou linha de baixo acontece], fórmula usada de maneira bem única pelo A&B e quase onipresenta nas faixas de EDM.

Principalmente no início da apresentação, eles apostaram em um show introdutório, digitando no telão, o nome da música que iriam tocar e assim por diante. Essa atitude fez com que o público, logo depois da terceira música, ficasse mais próximo da dupla, que também escrevia muitas mensagens sobre o Rio. Um detalhe interessante é que as mensagens são uma característica marcante das apresentações do Above & Beyond, mas no ULTRA, eles apostaram ainda mais nesse "diálogo" com o público.

Nos momentos com mais cara de show e menos de festival foi possível ouvir as sempre boas "We´re All We Need", "Sticky Finger", entre outras, faixas que conseguiram cativar a atenção da plateia que vinha de uma alta dose de estímulos visuais e auditivos. Também fez parte do setlist o remix de "Porcelain" do Moby, e a nova "Balls", música mais pegada e rápida; perfeita para a ocasião.

O final da apresentação, como sempre, chegou com "A Thing Called Love", fazendo os mais sensíveis chorar, seja pela música ou pelo clássico pedido: "Nunca sabemos o que o amanhã nos reserva. Se você ama alguém, faça com que saiba hoje", seguindo para um encerramento climático e delicado.

Assim, mesmo não tocando seu set da forma como costuma fazer, o A&B é uma aposta que funciona como um farol em meio aos drops e a BPM rápida da EDM. Uma boa ideia para estar no mainstage, principalmente por conseguir mostrar a música eletrônica em sua melhor forma, tirando grande parte do público de sua zona de conforto e ampliando ainda mais suas possibilidades.

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