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O primeiro álbum, de agosto de 1968

O CD mais recente, lançado em setembro de 2002

Ricky Parfitt e Francis Rossi em um dos shows da turnê do novo álbum

Matt Letley, que assumiu
a bateria de Jeff Rich

Dia 14 de fevereiro de 2003, uma sexta-feira, é dia de rock’n roll jurássico e juramentado em São Paulo. Toca, no Direct TV music Hall, o Status Quo, banda londrina na estrada desde 1968 (no Rio, o show acontece um dia antes, na quinta, no ATL Hall). Um grupo que, abaixo do Equador, não figurou entre as mais populares. Nestas ‘lands’, o indiscutível hit foi Pictures of matchstick man que invadiu as pistas de dança nas garagens espaçosas, ou nem tanto, dos bailinhos no final dos anos 60. A canção, como todo o disco de estréia, trazia a marca da psicodelia.

O Status Quo começou, em 1962, como The Scorpions reunindo os amigos Francis Rossi (que assinava ‘Mike’ por razões que só seu analista sabe e já morreu...), Alan Lancaster, Alan Key e Barry Smith. Apenas o tal do psicanalista pode falar o motivo de, ao se apresentar pela primeira vez, a banda mostrou-se como The Spectres, e Jesse Jaworski substituiu Alan Lancaster no baixo. A apresentação deu-se em 1963 no Samuel Jones Sport Club, ao sul de Londres.

Nesta época, a julgar pelas fontes, a banda funcionou semi-profissionalmente, os músicos mudaram, à exceção de Francis Rossi, o nome mudou para Traffic Jam até o encontro com Ricky Parfitt. Apoiados pelo ‘manager’ John Schroeder, em fevereiro de 1968, um disco de selo não oficial galgou o ‘top ten’ inglês. Com o nome Status Quo, as rádios tocavam e as vitrolas giravam o compacto-simples (‘single’ no portuinglês contemporâneo) Pictures of matchstick man. Daí para a produção do primeiro álbum, Picturesque matchskable message from Status Quo, foi um pulo. Os membros da banda, que se repetiriam no segundo disco Spare parts, foram Francis Rossi (guitarra e vocal), Ricky Parfitt (guitarra e vocal), Alan Lancaster (baixo e vocal), Ray Lynes (órgão e vocal) e John Coghlan (bateria). Neste disco de estréia, das doze faixas apenas quatro são assinadas por membros da banda (Rossi, Parfitt e Lancaster), com destaque para Ice in the sun, Sunny celophane skies, uma versão bem legal para Sheila de Tommy Roe e a impagável Pictures.

No segundo disco, Spare Parts, gravado em 1969, a banda procurou acompanhar a complexificação da música popular e, particularmente, do rock. Não devia ser fácil para os músicos da época escutar o White album dos Beatles, o Beggars banquet dos Stones, o Dear Mr. Fantasy do Traffic sem pensar nada a respeito. O Status Quo tratou de escrever (oito das doze faixas) e interpretar um disco com texturas musicais elaboradas, com acompanhamento orquestral (cordas e metais) e levadas rítmicas com interrupções, nem sempre obedecendo à batida do rock, além de canções onde o piano é o instrumento central. Não é um mau disco. Pelo contrário, Are you growing tired of my love e Antique Angeline são canções bem interessantes. No entanto, é um disco ímpar na discografia e no estilo da banda.

É a partir do terceiro disco, Ma Kelly’s greasy spoon gravado em 1970, que o Quo encontra o som que o caracterizaria. Fundamentados em um rock ligeiro, com espaço para baladas e sonoridades hipnóticas (escutem Is it really me/gotta go home, faixa que fecha o disco). Como cabe a uma banda que preza o rock, não negam a dívida para com blues e não abusam de longos solos de guitarra e não há a menor preocupação em demonstrações virtuosas.

São mais de trinta discos e, repetindo o que disse Celso Pucci da revista Bizz em 1992, com fôlego para alcançar o ano 2000.

E alcançaram. Ricky Parfitt e Francis Rossi trazem suas guitarras ao Brasil, acompanhados de Andy Brown nos teclados (na banda desde 1976), John ‘Rhino’ Edwards no baixo e Mathew Latley na bateria.

Bom show para vocês e pra mim.

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