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Simple Plan fala sobre o cenário do rock atual e o significado do seu álbum de estreia hoje

Baterista Chuck Comeau fala sobre a importância das músicas do primeiro álbum para os fãs

12.04.2018, às 17H47.
Atualizada em 15.04.2018, ÀS 18H00

Em 2002, o rock era grande parte do mainstream na música. O pop-punk, mais precisamente. E por mais que isso pareça distante hoje em dia, o sentimento da época permanece vivo em um dos maiores representantes daqueles tempos, o Simple Plan. O seu álbum de estreia, No Pads, No Helmets... Just Balls, dominou rádios pelo mundo inteiro (inclusive no Brasil) e agora está sendo trazido de volta em sua turnê de aniversário de 15 anos. “I’m Just A Kid” e “Perfect”, músicas que não saíram da rádio até hoje, serão apresentadas na tour que passará por cinco cidades no país.

Divulgação

O baterista do Simple Plan, Chuck Comeau, parou para conversar com o Omelete sobre o aniversário e o significado que as músicas de 2002 ainda tem para tanta gente no mundo.

No Pads, No Helmets… Just Balls, foi lançado em março de 2002, e o álbum, na realidade, já comemorou o seu 16º aniversário, este ano. O motivo pelos 15 anos no nome da turnê é a sua surpreendente duração, que foi se prolongando cada vez mais. No Pads, No Helmets... Just Balls 15th Anniversary Tour começou na exata data do aniversário, dia 19 de março, na Flórida. A banda pretendia tocar pelos Estados Unidos, quando começou a receber pedidos ao redor do mundo: “Esta turnê ganhou uma vida própria”, disse Chuck. “Nós não esperávamos que fosse durar tanto, achávamos que seria algumas cidades. E quando começamos a fazer os shows, percebemos que eles estavam esgotando, e fomos recebendo pedidos para levar a turnê para a Austrália, Brasil, Europa... E isso é tão legal, é um jeito tão legal de voltar no tempo, e celebrar nosso aniversário”.

A banda, então, percebeu na turnê a importância que o álbum teve em suas carreiras: “Este álbum mudou tudo para nós. Nos deu fãs pelo mundo todo. A coisa mais legal do mundo é tocar estas músicas novamente e ver o significado que elas tiveram para tantas pessoas. A reação é incendiária. E isso é a melhor recompensa do mundo, ver que suas músicas passaram no teste do tempo”.

Questionado sobre se o grupo sentiu alguma pressão ou responsabilidade depois da estreia, em superar o seu primeiro disco, Comeau discorreu sobre como o efeito que No Pads, No Helmets... Just Balls era exatamente o que músicos esperam de um lançamento: “Não é uma pressão, é um presente. É tudo que você espera, como banda, como compositor. Toda a motivação para fazer isso é ter um impacto nas pessoas. Ter a chance de tocar a vida dos outros e fazer parte da trilha sonora da vida de outras pessoas. Claro que você quer que seus fãs continuem ouvindo seus álbuns, então você tenta se superar, mas é uma pressão que colocamos em nós mesmos.”

Comeau também falou sobre o cenário da música no começo dos anos 2000, em comparação com os tempos de hoje. Descrevendo o Simple Plan como parte de um movimento, o baterista foi esperançoso sobre um retorno do rock ao papel central na música: “É óbvio que hoje é um pouco mais difícil para bandas de rock entrarem nas rádios, no que está tocando. O que aconteceu com a gente foi incrível porque nós fomos parte de um movimento, éramos parte da cultura. Fomos parte de algo que estava acontecendo e dominando aos poucos, e isso era muito empolgante. Agora, as coisas estão mais na mão do hip hop e outros estilos, mas eu sinto que as bandas e os fãs de rock sempre estarão aqui. E pode não ser mainstream agora, mas como o rock sempre será algo importante, ele vai retornar”. Ele ainda completou dizendo que apesar de o rock não ser mainstream hoje, a música mudou no sentido em que o público não precisa da direção das rádios para apoiar as bandas: “Com o surgimento do Spotify e de outros modos de ouvir música, isso importa menos. As pessoas podem achar o que elas querem ouvir sem precisar passar pelos curadores, ou os tomadores de decisão, para te dizer o que você quer ouvir. Você pode buscar você mesmo”.

Para finalizar, o baterista disse que não é só de passado que a banda vive, e que não somente o Simple Plan pretende lançar um novo álbum em breve, como pode fazê-lo de forma mais moderna: “Esta turnê atrasou o processo de composição do nosso próximo álbum, porque durou mais do que esperávamos, mas a ideia é fechar a turnê em julho ou agosto. Mas como as coisas mudaram tanto, talvez não lancemos um álbum inteiro. Podemos lançar apenas uma coleção de músicas, e alguns meses depois uma outra. Podemos experimentar novas maneiras de lançar músicas, mas definitivamente vamos lançar logo depois da turnê, este é o plano”.

Simple Plan se apresentará em Porto Alegre (25/05, no Pepsi On Stage), Curitiba (26/05, no Teatro Positivo), São Paulo (27/05, na Audio), Rio de Janeiro (30/05, no Circo Voador) e Uberlândia (1º/06, na Arena Sabiazinho). Ingressos estão disponíveis através do Livepass

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