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Música
Artigo

Poison on the rocks

Letras que eu não entendo

LT
18.07.2003, às 00H00.
Atualizada em 06.11.2016, ÀS 07H03

Três acontecimentos em especial maturaram um antigo desejo de escrever sobre letras de música. O primeiro vem embalado pelo novo single do Skank, Dois Rios. O segundo pela pérola Vai Vendo, do Tihuana, e o terceiro, uma discussão interminável com fãs dos Engenheiros do Hawaii.

Sobre o último, já tenho uma coluna escrita, mas é quase incompreensível acompanhar o movimento da maré que bombardeia minha caixa-postal com mensagens indignadas defendendo Humberto Gessinger. Ela vai e vem como se toda a comunidade gessingeriana (sim, isso existe) repentinamente se desse conta da existência da Poison. Reflexo dos fóruns online? Provavelmente... fato é que a discussão, que tornou-se por demais acalorada, no entanto, permanece num impasse: as letras de música seriam apenas desabafos do artista e por esse motivo desnecessário tentar interpretá-las para si mesmo? Ou seriam como aquelas piadas mal contadas, que você tem que explicar depois para que sejam entendidas? Ou seja, vale música que não alcança o receptor da mensagem?

Confesso que pela primeira vez esse impasse é grandioso para mim também. Não tenho idéia. Tendo a achar que a música devia ser autoexplicativa, mas também respeito deveras a liberdade do criador.

No intuito de mostrar a importância das letras nas músicas, escrevo a Poison atual.

E lá vamos nós

O Skank lançou-se na corrente das bandas que se levam a sério. Abriu para todo o mundo a inspiração, senão parasitismo, pelos Beatles. O primeiro acorde de Dois Rios é Beatles, o restante nem tanto... afinal, não é qualquer Zé Mané que vai ser Lennon de um dia para outro.

Se antes as letras sem pé nem cabeça do Skank não incomodavam, agora elas chamam a atenção. Afinal de contas, a banda pede para ser encarada com maior maturidade, já não são mais moleques para tocar musiquinha animada para a galera dançar. De repente, não mais do que de repente, uma pergunta pulula em meu cérebro: hmmm, será que o que dá dinheiro agora é fazer música séria? Se não, por que as pessoas mudam tanto de um ano para outro?

Enfim... Eu, particularmente, preferia antes. Não vejo mal algum em ser uma banda despretensiosa. Esse papinho de agora crescemos, já não podemos mais falar e fazer coisas que fazíamos há dez anos me cheira a... papinho. Os Ramones nunca deixaram de fazer o que sempre fizeram e foram amados do início ao fim. Talvez porque estivessem sendo francos, a integração artista/essência parecia perfeita e rompia as barreiras entre o artista e seu ouvinte. Ninguém nunca cobrou dos Ramones que escrevessem coisas sérias. E todo mundo sabia o que esperar. Quem quisesse mais do que aquilo que fosse buscar em outras bandas...

Rolling Stones então... eterna repetição de si mesmos. E deixaram de ser bons? Quem for o corajoso a ignorar quatro décadas de sucesso ininterrupto, por favor, levante a mão! Ou melhor, mande uma missiva para mim... tente ser educadinho, vai :) Ando tão sensível...

Voltemos ao Skank.

Um trecho de Mandrake e os Cubanos para sua análise:

Capa, bengala e cartola
Ela tem lábios de mola
Pega a echarpe e dá o fora
Vai chover marido agora
Capa, bengala e cartola
Ela tem lábios de mola
pega o jaleco e vamo embora
Vê se liga qualquer hora






Omelete Recomenda

Eu sei, eu sei, eu sei... nada a ver, né? Pois é, só que essa letra embalada por um ska delicioso, Samuel não tentando ser um grande cantor, apenas fazendo de sua voz um instrumento de diversão, torna a música irresistível. A letra, nesse caso, não é o foco da atenção. Estaria isso também errado? Acho que não, música pode ser diversão pura. Com louvor. O problema é quando o artista pede, digo, CLAMA para ser levado a sério e responde com isso:

O sol é o pé e a mão
o sol é a mãe e o pai dissolve a escuridão
o sol se põe se vai
e após se por o sol renasce no Japão... eu vi também
só pra poder entender



Agora que ele entendeu, será que pode me explicar? Alô, Skank! Vocês usaram o mesmo Lucy in the Sky with Diamonds? E por isso pensam que tudo podem? Deixe-me lembrá-los: Beatles só tem um. E basta. A propósito, esse trecho é de Dois Rios, uma das músicas mais executadas pelas rádios brasileiras hoje em dia, de amanhã também, de depois de amanhã, de quarta-feira que vem... E também, uma das músicas que certamente fará parte dos grandes hits do Skank.

Do intrigante ao besteirol declarado:

Na, na, na
Vâmo fazê na, na
Pra depois na, na na.

Esse é o refrão de Vai Vendo, o novíssimo petardo do Tihuana. Preste atenção: esse é o REFRÃO da música. É realmente necessário escrever a letra inteira aqui ou essa pequena amostra é o bastante? Ok. O artista não tem de nos explicar coisa alguma... não mesmo?

O caso do Tihuana não me surpreende muito. Quando escrevem músicas sérias são, no máximo, medíocres. Mas quando fazem música por fazer é difícil manter-se calada. Eles se superam. Se não, vamos relembrar, já que relembrar é viver (ou, neste caso, sofrer):

Gnomos eu vi lá em Marte,
gnomos por todas as partes
Na relva, na selva crescente gnomos em torno da gente
Eles querem nos ajudar e nós não devemos temer
Gnomos ensinam a amar, gnomos nos fazem viver

Eu vi gnomos, eu vi duendes

Gnomos não nascem do pé, gnomos não brotam do chão
E a mente fluente é que é seu meio de reprodução
Gnomos são nossos amigos, gnomos não são perigosos
Gnomos são inofensivos e amigos dos mais grandiosos










Esse clássico foi lançado há cerca de três anos. Viu como eles se superam? E sinta-se feliz se você está lendo esta música pela primeira vez. Você não faz idéia do que é escutá-la.

Ok. Vai chover mensagem dizendo que eu preciso fazer um curso intensivo de interpretação de texto ou então pedindo para que eu me mantenha no meu devido lugar, a de jornalista paga pau de artista, que não consigo fazer nada melhor, por isso resolvi falar mal... volto a dizer: o intuito da Poison é cutucar mesmo.

E se para entender a música eu preciso fazer curso, será que ela mesma não está perdendo sua real intenção? Música serve para entreter e também para fazer pensar, mas não para se fazer tese tentando explicar o que às vezes o artista juntou ao acaso porque lhe faltou inspiração maior e, principalmente, talento.

Essa Poison vai ficando por aqui, mas ela é apenas a primeira de uma série que deve render mais umas duas ou três partes. Existem muuuuitas letras de música que me deixam de cabelo em pé. Por isso, não fique triste se a sua preferida não apareceu aqui ainda :)) Acompanhe as próximas edições.

*-*-*-*-*-*-*-*-*

DOSE EXTRA!

Atendendo a pedidos, aqui está a Dose Extra de Veneno, espaço reservado aos internautas do (o), que enviam missivas nem sempre educadas à colunista. Por que será, hein? ;-P

Sobre Britney Spears - coluna de 13/05/03

Por Ronaldo

Uau.

Desculpe a falta de palavras mais adequadas para exprimir o que estou sentindo agora, mas acabei de ler sua coluna no Omelete e cheguei à seguinte conclusão:

Estou apaixonado. Casa comigo? Rsrs

Bom, galanteios à parte, te digo que fã é uma m...

E você sabe muito bem porque: É que nem aqueles cavalos ou burros que têm aquelas viseiras na cabeça para que olhem apenas para a frente. O fã leva para o lado pessoal. É só criticar o ídolo dele, que o sujeito vira fera. Enquanto o ídolo não está nem aí pro fã, ainda mais essas bostas de hoje em dia que só querem vender.

Meu gosto varia muito. Desde o clássico, até as variantes novas de heavy metal. Mas sem axé, pagode, funk, sertanejo, etc. Aí já é demais. Se eu respeito a opinião de uma pessoa que não gosta de Blind Guardian (que eu adoro), por que não respeitar a minha quando digo que Britney e cia. é um lixo (e é mesmo!)?

Isso tudo é fruto de egoísmo, nesse mundo pirado em que cada um só olha pro próprio umbigo. Mas a seleção natural vai dar um jeito nisso. Pode demorar, mas que vai, ah vai!

Um beijo e continue o ótimo trabalho.

Ronaldo

P.S. Sobre a proposta de casório: eu falei sério. Rs

Resposta:

Ora, ora, Ronaldo... caso! :))

Muito jóia perceber que tem gente que me entende (rs). Sinceramente, é bom demais ver que ainda há vida inteligente aí fora. De vez em quando penso que tudo está perdido, mas daí recebo uma cartinha animada como a sua, que me dá combustível pra seguir em frente.
É bom ver que você pegou o espírito da coisa. Não se trata de meramente falar mal, mas de procurar olhar para o artista como um ser humano igual a outro qualquer. Acredito que a fama de alguns suprima a potencialidade de outros. Pensando que é muito difícil chegar lá longe, a pessoa se acomoda e se torna extremamente medíocre. Não é saudável para ela mesma, não é saudável para a sociedade. Todos devem se sentir capaz. Pelo menos, EU tento.

Concordo quando você fala que as opiniões negativas devem ser respeitadas, mas só eu sei como isso não funciona na prática. Rapaz, é cada mensagem que me mandam!!! Enfim, eu nunca pensei nem quis que fosse diferente. Há muito o que arrumar no nosso país.




Seleção natural? Nosso papel é dar um empurrãozinho... me sinto mais feliz assim.
Obrigada pela força!

Um beij(o),

Luciana




Sobre Engenheiros do Hawaii - coluna de 13/08/02

Por Davi EngHaw

Ei mina,

li o artigo que você escreveu sobre o Engenheiros do Hawaii e acho que você tem uma grande vocação pra humorista, acho que você devia tentar um estágio entre os roteiristas do Hermes e Renato ou quem sabe da Turma do Didi... muito bom mesmo o seu texto, nem parecia que você não sabia sobre o que estava escrevendo...

Atenciosamente,

Davi Enghaw

Resposta:

Ei, mano,

Obrigada :))
Descobri um novo talento, hein!?
Pena que assim como muita gente finge não entender o teor da minha coluna, talvez o mesmo tipo de gente despreparada não vá entender meu humor :))

Abraç(o),

Luciana







Sobre o Glam Rock - coluna de 04/07/02

Por Raul Kuzco

Olá, Luciana

li sua coluna no Omelete (Poison on the Rocks) e, por ser fã de glam metal, me vi na obrigação de entrar em contato com você. Por favor, não veja esse email como flame-war ou algo do gênero. Apenas não concordo com algumas de suas opiniões, motivo pelo qual quero manter a discussão num nível mais elevado do que você não sabe do que está falando.

Sobre Bret Michaels: concordo com vc. Poison e Mr. Michaels nunca foram muita coisa, ainda mais agora que o baterista deles virou pintor de privadas.

Sobre Sebastian Bach: aí eu discordo. Para dizer o que você disse a respeito dele, só se você ouviu apenas Skid Row. Sebastian Bach tem uma voz privilegiada, já tendo participado de gravações com Alice Cooper, Venom, Slayer, Anthrax, Pantera e Motörhead. Ele também conseguiu o papel principal no musical da Broadway Dr. Jekill and Mr. Hyde (O Médico e o Monstro) e foi muito cotado pela imprensa, anos atrás, para substituir Bruce Dickinson no Iron Maiden. Duvida? Oras, é só ouvi-lo cantar Children of the Damned, de um dos inúmeros álbuns-tributo ao Maiden, para constatar. Você pode não gostar do Bach ou da voz dele, mas ele é um cantor profissional de formação erudita. Barbie do rock n roll? Pode ser... Mas, que é um grande cantor, não há a menor dúvida.

O Mötley Crüe realmente deu uma parada após o falecimento do baterista Randy Castillo (Tommy Lee deixou a banda há anos). Agora, dizer que as fontes garantem que ele não é tudo aquilo, foi demais, hein Luciana!? Ninguém jamais falou que Tommy Lee era um atleta sexual. Ele ficou famoso (pornograficamente falando) por terem roubado o vídeo da lua-de-mel dele com a atriz Pamela Anderson. Ia ser a mesma coisa se roubassem um vídeo das núpcias do Murilo Benício e da Giovanna Antonelli. Precisa ser bom de cama para estar em evidência? Não. A imprensa só fez aquele auê danado por serem pessoas famosas. O vídeo da minha lua-de-mel ninguém quer...

Letras fracas é muito relativo. Principalmente porque vc parece ser uma fã de Ramones. Mas, como diria Lemmy, do Motörhead: Rock n roll não é pra falar sobre porra nenhuma mesmo, e sim pra se divertir. Melodias repetitivas? Honestamente, prefiro comprar um disco sabendo o que vou ouvir. Passei do tempo de comprar disco sem conhecer a banda, apenas para ver se é boa. Poses, caras e bocas? Com certeza. Mas antes ver isso numa banda de hard rock do que nos auto-intitulados reis do metal Manowar. Toda banda é, inevitavelmente, um pouco poser, exceção feita a algumas vertentes do punk, como o Bad Religion.

Agora, dizer que não há espaço mais para eles... Beware! O Guns n Roses está voltando (seja lá o que for o Guns n Roses hoje em dia), o KISS sempre esteve aí, bem como Alice Cooper, Aerosmith e WASP. O Twisted Sister ainda faz um ou outro showzinho com a formação original (como no New York Steel) e até o Manowar lançou CD novo... Se onde você vive não existe nada que se assemelhe a isso, é porque você deve morar em outro planeta.

Espero que você entenda meu email como uma resposta buscando o diálogo. Se for pra me responder dizendo você é prego, poser e palhaço, nem responda.

Long Live Rock n Roll!

Resposta:

Oi, Raul,

Primeiramente, eu nunca chamaria alguém de prego, poser, palhaço à toa. Principalmente, quando se trata de alguém que defende tão bem seu ponto de vista, como é o seu caso. Creio que tais adjetivos são providenciais para o caso de pessoas que se utilizam da mídia, expõem idéias muitas vezes descabidas e, geralmente, fazem uso nada proveitoso do dinheiro e tempo que depositamos nelas.

Eu já passei da idade de defender os outros com unhas e dentes e nunca entraria numa guerra por causa de diferenças. Entendo que gosto é muito pessoal e de maneira alguma quero com minha coluna fazer com que as pessoas mudem de opinião.

O objetivo principal da Poison on the rocks é divertir, ter leveza e, sempre que possível, abrir os olhos da galera para os mitos que consomem. Se você reler minha coluna com esse pensamento em mente, vai perceber que o que faço é trazer para o mesmo plano, artistas que se julgam e que, erroneamente,

nós julgamos superiores. Já fui tiete, paga-pau de Axl Rose, perseguidora implacável de lançamentos, lembrancinhas e todo o tipo de porcaria que me enfiavam goela abaixo. A idade e a experiência me mostraram que Rock n´roll e música em geral é indústria e é sempre bom ter discernimento para não

comprar tudo o que nos empurram.

Não sou Massari, não sou Enciclopédia da música. Adoro Nine Inch Nails, mas não sei dizer quantos álbuns exatamente eles lançaram. O que quero dizer é que para entender de música, basta ter alma e sensibilidade para distinguir artistas e armações. Ou, pelo menos, quando estiver frente a uma armação, saber disso e não levar tão a sério... desculpe-me o chavão, mas tenho um gosto muito eclético. Se eu te dissesse que tipo de artista gosto, você é que me chamaria de palhaça! :)) Mas é isso, sei o que esperar de um disco do Ramones e sei o que esperar de um álbum de Leonard Cohen.

Voltando à frase do Lemmy Rock n roll não é pra falar sobre porra nenhuma mesmo, e sim pra se divertir, a diferença é que quando compro Ramones, sei que não vou ouvir nada importante. Porém 18 and life é uma música séria, seríssima, com um clipe propositalmente emocional... não dá pra se divertir ouvindo 18 and life e aí tento encontrar verdade na canção. Não encontro. Vou procurar em outras bandas, se é que o que me motiva é seriedade. Admiro Lemmy, mas discordo dele também. Aprendi muuuuito ouvindo música e me identificando com diversas letras.

Aí entram as glam rock bands... acredito que elas forçam demais a barra. Não sinto a menor confiança em algumas dessas bandas. Não dá pra levar a sério Sebastian Bach falando de amor, por exemplo. Assim como não dá pra confiar na Sandy cantando algo sobre sexo, entende? Volto a dizer, opiniões, opiniões... simplesmente, minha alma não vê credibilidade alguma nessas bandas e não vejo nada importante que elas tenham legado à história do rock. omo você disse, nós discordamos. Graças a Deus, by the way...

A única coisa que posso te pedir é que volte a ler minha coluna, que em nenhum momento, foi escrita com grandes pretensões. Tenho fé que em alguma delas, consiga arrancar uma gargalhada tua... e afinal das contas, não é isso o que vale a pena na vida? :)

Ah! É uma pena, mas eu ainda não moro em outro planeta. :)

Abraçã(o),

Luciana

P.S.: Confesso que até acho Bach um bom cantor, mas como ele sempre esteve muito mais em evidência por causa de suas poses, caras e bocas, ele que arque com as consequências de ser muito mais lembrado por isso e não por sua formação erudita.

P.S.: Adoro Guns n´Roses! Mas fiquei constrangida com o show do Rock in Rio III, talvez porque já havia visto os caras no II e o gap entre os shows foi tristemente imenso.

P.S: Pintor de privadas??? Isso é melhor do que qualquer uma das profissões que eu inventei pros caras...rs

Sobre a Dose Extra e o Limpbiskit e o Oasis e o Humberto e...

Por Daniel Rocha Centurión

Colé, Toffolo, beleza? Seu nome é quase tão bonito quanto o meu (Centurión) Kkkkkkkkk

Saca só, dei uma lida na coluna desta semana no Omelete e achei o máximo aquelas suas brigas com os leitores do Oasis e do Limpbiscoito. Muuito bom mesmo.

Limpbiscoito não vale nada, assim como todas essas podreiras do new metal (o Piolho vai adorar isso se você mostrar a ele hehehe), mas do Oasis eu gosto, cara, mas pode falar mal assim mesmo porque como diz o velho ditado aqui no Norderte Gosto é que nem umbigo, cada um tem o seu.

E se o Fred Durst é poser, eu sou considerado um também porque, segundo os metaleiros radicais daqui da minha terra, eu me visto como um playboy só porque não gosto de vestir aquelas coisas de couro com um monte de pregos num calor que faz aqui em Aracaju/SE.

Quanto ao Humberto Gessinger, o cara é bom, os Titãs também, mas eles estão passando por aquela fase quando todo artista passa, o branco criativo. É a idade. Eles devem estar na menopausa assim como os Rolling Stones estão há pelo menos 2 anos, heheheh...

Aí Toffolo (nome bunito da peste) pode falar mal mesmo eu não suporto Radiohead, mas nem por isso vou deixar de gostar de você, né? kkkkkkkk (pelamordedeus Radiohead é muuuuito ruim). Pode falar mal de novela e filmes B, do meu bom e velho haevy metal que eu não tô nem aí. Aposto que vou dar boas risadas com isso.

Um xero p/ Lú Toffolo

Daniel Rocha Centurión Aracaju- Sergipe

Resposta:

Fala, Daniel!

Valeu por ter se manifestado. Realmente, não é fácil conviver com opiniões diferentes da nossa, mas não há outro meio, não é? Enquanto existirem coisas do naipe da Britney Spears e Fred Durst, opiniões diferentes existirão também.

Não há consenso e isso venho aprendendo com mensagens como a sua. Quando comecei a escrever, acreditei que só receberia mensagens acabando comigo, mas o que percebo é que tem muita gente que gostaria de ter um espaço para dizer o que eu digo. É bom certificar-se que há esperança, né? rs... não quero mudar o gosto de ninguém, mas tentar fazer com que as pessoas pelo menos vejam que algumas vezes nosso gosto não é regido pelo bom senso... quando se transforma em fanatismo, então, não há conversa.

Enfim, valeu pela força, escreva sempre! Mas que Radiohead é bom demais, é verdade demais, sô! ;-)

Inté!



Luciana

Sobre Britney Spears - coluna de 13/05/03

Por Bruno Jean SPEARS

Acho que seria legal você me dizer o porquê do seu ódio com a Britney... Só porque ela tem um corpo legal, namora homens bonitos, tem dinheiro, carros e mesmo fazendo coisas que, às vezes, sujem a imagem dela, ela continua na mídia e você não? Seria isso???? Ou seria por que ela tem uma linda voz, sabe atuar, escrever e não tem medo de assumir as coisas que faz, como usar drogas?

Eu não sei o que se passa, ao exato, pela sua cabeça ao pensar em falar algo sobre a diva POP Britney Spears... Mesmo ela tendo todos os prêmios que teve (Você esqueceu de falar que a Britney teve seu clipe I Love Rock n Roll como melhor do MUNDO) você ainda fala que ela não é uma boa cantora? Se ela não fosse, talvez não estaria onde está e teria sumido junto com as Spice Girls...

Acho que realmente você nunca deve ter ouvido uma música da Britney ao vivo pra você ver o que é ter uma boa voz... Se a resposta for Não ouvi procure o MTV DIARY no seu Kazaa ou o video da Britney cantando Stronger em Germany que apesar de desafinar não decepciona... Ou procure qualquer show de Albany ou México ou performances do SNL, TRL e variados... Putz... Pelo contrário do que muitos pensam, a Britney não faz só playback... Essa pequena lista é só dos videos mais famosos da Brit cantando ao vivo...

Eu não tô a fim de escrever muita coisa pra você... Normalmente eu escrevo muito pros jornalistas que falam da Britney esperando uma resposta mas eu sei que você vai responder...

Bruno JEAN SPEARS

Resposta:

Oi, Bruno.

Primeiramente, deixe-me desfazer um equívoco: eu não odeio a Britney Spears. Criticar alguém não significa odiar alguém. Sendo ela uma personalidade famosa, o ato de observar a artista para enxergar se o sucesso que ela atingiu é ou não é justificado chega até a ser um dever que todos deveriam praticar com mais freqüência. Esse exercício deveria ser feito com os Tribalistas, com o Portishead, com o Massive Attack e com a Sandy Jr. A minha coluna serve justamente para isso. Durmo mais tranqüila sabendo que estou praticando com perfeição meu discernimento diário.

É natural que no mundo empobrecido em que vivemos surjam fenômenos como Britney Spears, em detrimento de músicos de alta qualidade. Creio que a Britney Spears seja apenas mais um indicativo dos rumos errados que estamos tomando. É só olhar para o passado para ver com clareza que a cultura musical já foi melhor provida.

Se ela tem uma linda voz, não sei o que você acharia de Billie Holiday. Se ela sabe atuar, não sei o que você acharia de Juliette Binoche, se ela sabe escrever, o que será que você acharia de Roger Waters?

Britney Spears não sumiu como as Spice Girls simplesmente porque nos Estados Unidos há espaço para todo tipo de música. Estamos falando de um país que consome lixo ao comer, ao ver televisão, ao ir ao cinema. É reflexo de uma cultura por vezes pobre e burra. Infelizmente, estamos importando o american way of life em sua totalidade. Ou não, inclua-me fora dessa.

De qualquer maneira, ainda vivemos num país livre. Falo e escrevo sobre quem eu quiser, na hora em que bem entender. Tente fazer o mesmo, relaxa que é uma beleza... quem sabe assim você não perde energia com uma jornalista tola como eu.

Até mais,

Lucian











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