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Artigo

Poison on the Rocks

Poison on the Rocks

15.11.2005, às 00H00.
Atualizada em 01.07.2017, ÀS 05H19

Forgotten Boys é bom.

Ah, tá, então finalmente o Pearl Jam vai fazer shows aqui - *bocejo* - será que ainda lembram de alguma música do Ten? Tomara que sim, já que uns 90% do público deve se lembrar somente desse álbum. Confesso, fiquei feliz pelos fãs. Poxa, já tinha virado lenda urbana dizer que o Pearl Jam tocaria no Brasil. E ainda por cima ninguém da banda morreu ainda! Legal, legal... Ok, atraso básico de, no mínimo, dez anos, mas não acho que o pessoal esteja realmente preocupado. Brasileiro, fiel, fã de Pearl Jam, não é o que eu chamaria de gente exigente.

Mas o mais interessante da história toda foram os arranca-rabos políticos. Foi divertido acompanhar as artimanhas que envolvem os eventos numa cidade como São Paulo, ou seja, o pré-show. Foi muito interessante confirmar as suspeitas de sermos joguetes nas mãos dos outros, mesmo em se tratando de divertimento, mesmo em se tratando de rock´n´roll... quem diria que nosso amado gênero musical fazia parte de reuniões nos gabinetes públicos, hein? Seria presunçoso dizer que eu diria, mas vá lá, eu diria... Mexeu com dinheiro, mexeu com interesse!

A saga

00:00/08:13
Truvid
auto skip

Tudo começou com um show que houve no Pacaembu, que deveria ter acabado às 22h, mas acabou à 1h. Posso estar tomada por uma onda tolerante, mas acho bastante possível que aconteça esse tipo de coisa, especialmente se pensarmos que o festival da rádio Mix botou mais de dez bandas no palco. Fica fácil apontar o dedo, mas é bom pensar que tudo foi assinado, acordado, e bastante divulgado por zilhões de spots comerciais anunciando o apoio da prefeitura de São Paulo, ou coisa que o valha. Gostoso ter seu nome associado à uma das rádios líderes de audiência entre os jovens de São Paulo, né? Difícil - pra quem pensa um pouquinho mais longe - é assistir à tentativa de se lavar as mãos quando algo sai errado. Aqui não, violão!

Daí que os moradores do nobre bairro do Pacaembu botaram a boca no trombone e exigiram que o estádio não mais servisse como local para eventos. Mesquinho, eu? Que nada... por que, em uma cidade como esta, alguém haveria de se preocupar com a diversão coletiva? O importante é o meu quintal! Como sempre... Que eventos como esse aconteçam duas, três vezes ao ano não vem ao caso, assim como também não vem ao caso a educação, finesse e bom comportamento de torcedores de futebol - a propósito, 7x1? Valha-me Deus - perdão pela escorregadela alvinegra.

Voltemos. Problema mesmo é fã de rock! Ahan.

O prefeito resolve cancelar os shows. O fã-clube se desespera. E ninguém lembra que money talks... sinceramente, quem em sã consciência realmente pensou que os shows do Pearl Jam em São Paulo seriam cancelados? Pára, vai. Sabe quanto um evento como esse vai render à cidade? Seis milhões de reais! Podem gritar mais alto, moradores do Pacaembu! Mas caprichem, porque pra se fazer ouvir com uma cifra dessas pendendo do outro lado, vai ser preciso muito gogó.

Bom, o fato é que bastou a prefeitura ser lembrada do montante que e$tava envolvido para recuar em sua decisão. Mas calma lá, nada é assim tão fácil! O estádio foi liberado mediante uma série de exigências, prontamente chamada de operação "tolerância zero". E são elas: bolsões especiais de estacionamento, controle de ambulantes, forte esquema especial de transporte e policiamento - a PM vai até se esforçar para evitar furtos e roubos! (Mas isso já não é função deles?). Ah e os shows terão que terminar às 21h45, decisão genial quando se pensa no usual trânsito de São Paulo às sextas-feiras. Mais: os promotores do evento terão que entregar o Pacaembu limpinho, assim como a praça Charles Miller e as ruas próximas ao estádio.

Escuta, nem nos meus melhores sonhos de adolescência eu podia querer mais... por que só quando a gente chega no limite é que as coisas funcionam? Sempre foi um verdadeiro programa de índio ir a shows em estádio. Cansativo, desgastante, caro, perigoso. E agora, com uma pressãozinha básica, a prefeitura finalmente resolve tomar uma atitude. Demorou!!!!! Pra mim demorou coisa de 20 anos! Eu te pergunto: antes da tal "tolerância zero", pra onde iam os 6 milhões? Ninguém traz banda pro Brasil porque é bacana. É um negócio como qualquer outro e visa lucro acima de tudo. E por que até hoje sempre fomos tratados como gado quando a intenção é simplesmente curtir duas horas de música do seu artista preferido? Vale a lição: é esperneando que se consegue as coisas. Pelo menos assim é que é neste país.

E vale dizer que apesar da chatice e do exagero na dose do "politicamente correto" dos membros do Pearl Jam, é uma atitude louvável a intenção de fazer um show extra com ingressos a preços populares. Tal fato se deu quando a banda soube do preço dos ingressos e do corre-corre que foi para que os fãs garantissem sua entrada. Palmas aos maletas! Os fãs, me inclua fora dessa, agradecem.

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DOSE EXTRA!

Atendendo a pedidos, aqui está a Dose Extra de Veneno , espaço reservado aos internautas do (o), que enviam missivas nem sempre educadas à colunista. Por que será, hein? ;-P

Nota da colunista: tendo em vista o baixo nível reinante nas mensagens dos fãs do Iron Maiden, a banda e seus fãs foram brindados com o troféu Poison on the Rocks e serão delegados ao limbo dos que não sabem se comunicar, em companhia dos fãs dos Engenheiros do Hawaii. Essa dose extra será a primeira e última com mensagens relativas ao "assunto".

Nota da colunista 2: exemplo de como poderia ser diferente segue no debate saudável entre eu e Piolho, exímio colunista do Omelete e defensor da Donzela de Ferro. Debate que se inicia e finaliza aqui.

Sobre Iron Maiden - coluna de 13/09

Por Rodrigo "Piolho" Monteiro

Olá, Luciana.

Dar os parabéns pela Poison pareceria puxação de saco de um companheiro de cozinha, então pulemos essa parte e vamos direto ao que interessa. Na última Poison seu alvo foi o Iron Maiden e seus fãs. Eu ri bastante da parte em que você diz que existem dois tipos de fãs da banda: adolescentes que deveriam crescer, mas não o fazem e adolescentes sem cérebro que seguem aqueles que deveriam ter crescido. Isso significa que eu, com quase 28 anos nas costas, ainda sou um adolescente e, conseqüentemente, vou ser acometido pela famosa "crise de meia-idade" mais tarde do que eu esperava. O que me deu um certo alívio, para dizer a verdade. :-)

De qualquer forma, talvez pelo fato de não gostar de Iron Maiden, você tenha esquecido de considerar alguns fatos relativos ao show da banda ocorrido no dia 20 de agosto em San Bernardino. Na sua coluna, você diz o seguinte em relação a Bruce Dickinson: "O cara, em pleno Ozzfest teve ataques de estrelismo e saiu falando um monte sobre o festival, sobre a organização, sobre o próprio Ozzy". Não foi bem isso. Bruce reclamou sim do som do Ozzfest - e li gente dizendo que isso se justifica, já que em um dos intervalos do Ozzfest o Iron Maiden fez um show sozinho e a qualidade do som estava infinitamente superior ao do festival - mas nunca falou nada a respeito de Ozzy. Ele disse simplesmente que odeia reality shows (o que é um direito dele), que não precisava desse tipo de coisa para se promover e que nunca veríamos o Iron Maiden participando de tal coisa. Isso irritou não o Ozzy, mas sim Sharon Osbourne. Afinal de contas, fala a verdade, alguém aí já tinha ouvido falar da "cantora" Kelly Osbourne e do "descobridor de bandas" Jack Osbourne antes do reality show que levava o nome da família? Alguém ouviu falar deles depois? Eu não... A não ser que levemos em consideração notícias de jornais falando sobre ambos sendo internados em clínicas de reabilitação.

Continuando, o Iron Maiden não voltou mais cedo pra casa. Desde o começo fora acertado que a banda tocaria vinte noites no Ozzfest, sendo substituído pelo Velvet Revolver. Foi o que aconteceu. O Iron Maiden tocou suas vinte noites e voltou para a Inglaterra.

Com relação aos fatos específicos do show em San Bernardino. Primeiramente, Sharon não "botou a platéia a par dos acontecimentos [sobre os supostos ataques de estrelismo de Bruce], evidentemente ganhou o povo, e juntos brindaram a Donzela de Ferro com uma "saraivada de ovos", como você diz. A sabotagem ao show do Iron Maiden começou bem antes dos ovos, quando no som do PA se escutava "Ozzy, Ozzy", enquanto a banda tocava (ou tentava tocar) sua introdução. Os ovos foram comprados por Sharon e distribuídos entre alguns membros da equipe do Ozzfest, incluindo aí Kelly Osbourne, ou seja, nada de "ganhar o povo" aí. Deve ter sido mais algo como "quem não jogar ovos neles está demitido". Foram jogados ovos e garrafas de água na banda; durante a execução de "The trooper" Bruce Dickinson ostentou uma bandeira da Inglaterra, como sempre faz (a música é sobre um soldado inglês numa batalha histórica contra o exército russo) no palco. Um dos membros da equipe do Ozzfest, a mando de Sharon, invadiu o palco com uma bandeira dos Estados Unidos pra avacalhar o show, só porque, de acordo com Sharon, Bruce estava "desrespeitando os soldados americanos no Iraque", uma justificativa pra lá de furada; o som da banda foi cortado em três momentos, durante as músicas "The phantom of the opera", "Run to the hills" e "Halloweed be thy name. Da primeira vez, a banda interrompeu a música; da segunda, continuaram após o som ser religado; na terceira, o público do Ozzfest ajudou Bruce a terminá-la. Finalmente, a ladainha "Ozzy, Ozzy", recomeça quando a banda está se despedindo, mas é abafada pelo público, que gritava "Maiden, Maiden".

Você diz na coluna que a atitude de Sharon ao organizar tudo isso foi bastante "rock and roll". Eu discordo. Atitude "rock and roll" teve o Iron Maiden, que continuou realizando seu show mesmo debaixo de uma chuva de ovos. Você pode encontrar facilmente na Internet fotos dos membros cobertos de ovos e tocando. Atitude "rock and roll" teve o Iron Maiden, que tocou todo o tempo que lhe foi reservado. Atitude "rock and roll" teve o público, que ficou ao lado do Iron Maiden e apoiou a banda ao longo do show. Não só isso, mas disparou sonoras vaias contra Sharon quando, após toda aquela sabotagem, ela subiu no palco para ofender Bruce Dickinson e foi recebida aos gritos de "Maiden, Maiden" e outros que não cabem em um site familiar como o nosso. :-) Isso sem contar o bando de gente que, depois dessa palhaçada, foi embora sem nem mesmo esperar a atração especial, justamente Ozzy e o Black Sabbath. (E aqui um parêntese: você não precisa acreditar em mim. Além de inúmeros depoimentos espalhados pela internet e que relatam os fatos acima, há um bootleg circulando em programas P2P intitulado Gonna get you... - Ozzfest 2005, San Bernardino em que se pode comprovar praticamente tudo o que eu disse aqui.

Finalmente, a última frase da sua coluna começa assim: "Sharon lembrou que respeito é bom e palco não é lugar de criancice. Aliás, nem o palco, nem a platéia". E por acaso sabotar um show da maneira como ela fez não é criancice? Submeter cerca de 45 mil pessoas, que pagaram caro pelos seus ingressos para também ver um bom show do Iron Maiden não é um desrespeito? Do modo como eu vejo a coisa, se você tem um problema com um dos membros de uma das bandas escaladas para o festival que organizou, isso deve ser resolvido nos bastidores. Você conversa com essa pessoa e, se for o caso, não convida mais a banda em edições futuras do mesmo. O que você não faz é avacalhar um show e estragar a noite de milhares de pessoas que não têm absolutamente nada a ver com a briga de vocês. Isso sem contar o risco de causar algum tumulto. Afinal, imagina só se os fãs do Iron Maiden e os de Sharon (existe algum?) decidissem resolver suas diferenças de opinião no tapa? Seria um desastre cujo único responsável seria o ego descomunal de uma empresária do rock.

Ozzy, por tudo que fez pela música, merece todo o respeito de qualquer headbanger que se preze. No entanto, nem ele deve ter aprovado o que sua esposa fez. Afinal, no fim das contas o maior prejudicado em tudo isso foi o público que pagou pra ver um show de heavy metal e terminou assistindo a uma tremenda palhaçada!

Bruce pode ter errado ao criticar o som do Ozzfest e chamar o festival de "Maidenfest" - o que fez só depois dos cortes de energia, ovos, etc., mas Sharon errou muito mais ao sabotar o show da banda e estragar a noite de milhares de fãs só por causa de uma briguinha ridícula que teve com Bruce.

Abração do fundo da cozinha,
Rodrigo "Piolho" Monteiro

Resposta

Percebe? Dependendo do ajuste da carapuça, pode até ser gostoso... estou me referindo à crise de meia-idade :), e à capacidade de rir em qualquer situação, claro...

Ô, Rô, convenhamos... dizer que não precisa fazer reality show e dizer que o Ozzy é pior por fazer é a mesma coisa (é direito dele sim, e não é direito da Sharon revidar?). Talvez tenha entrado a "sutileza" britânica no que Bruce Dickinson disse, mas é a mesmíssima coisa. O que não dá é pra gente "ler" cada mensagem de uma maneira... quero dizer, na hora de defender ele não quis dizer o que disse, na hora do contra-ataque da Sharon ela é uma barraqueira sem motivo aparente. Calma lá, isso é miopia.

Outra coisa: por que será que o reality show fez tamanho sucesso? Não seria parte da audiência formada por admiradores do Iron Maiden também? Mais uma vez é o tal "faça o que eu digo, não faça o que eu faço".

O mais curioso é como os próprios fãs têm informações controversas. Talvez, assim como eu - ponto pra ti - tenha que me informar melhor, eles também devam fazer a lição de casa. Você não imagina o quanto as mensagens que recebi são disparatadas entre si. Algumas dizendo que Bruce fez o certo (mas se não fez nada, como pode ter feito o certo?), outras que foi realmente uma baita saraivada de ovos, outras dizendo que ainda bem que eles voltaram antes mesmo, e outras ainda dizendo que o restante da banda também queria tacar ovos no Bruce... ou seja, mea culpa, admito ter acreditado em grande parte das notícias que li, esquecendo por alguns momentos a parcialidade da imprensa atual, mas os próprios fãs do Iron que me escreveram, foram acometidos pelo mesmo mal. E, para finalizar, talvez fosse necessário estar in loco pra ter certeza do que aconteceu, mesmo assim deixando a própria parcialidade de lado.

Irritou a Sharon. Rapaz, a mulher tem sangue nas veias. Você realmente garante que não se irritaria? Imagine a cena: você faz uma festa bombástica, com tudo do bom e do melhor. No meio da festa você vê uma rodinha comentando sobre a tua esposa, dizendo que ela tem atitudes deploráveis. E aí? Tranqüilinho, tranqüilinho?

Não me importa Kelly Osbourne, não me importa Jack, me importou, ao escrever a coluna, o Iron Maiden e o fanatismo. Por que comentar só a parte que falo da Sharon? É evidente que sei que a mulher é uma oportunista de primeira, mas oportunista também é quem me escreve para comentar Iron x Ozzy quando o tema central da coluna é a "arte" feita pelo Iron. 99% das mensagens que recebi foram por esse lado...

Taí. Não voltaram mais cedo pra casa. Agora eu te pergunto: por que será que esse vexame todo só aconteceu na última noite? Vai ver Sharon é até mais elegante e profissional do que podemos imaginar, vai ver ela deixou pra "desabafar" só quando isso não significasse desrespeito com o público. Será que foi a primeira vez que Bruce fez insinuações como aquela?

Na real, na real, cá pra nós, o que faria a mulher ter tal atitude? Loucura simplesmente? Quem acompanha a carreira do Ozzy sabe que a Sharon é bem esperta. Acho difícil ela se expor de tal maneira se não estivesse "motivada" para tanto.

Você falou dos soldados estadunidenses no Iraque só pra me amolecer, né? :P Vou fingir que não li... rs

Hohoho. Você fala sobre a atitude rock and roll do Iron. Imagine se eles se recusam a tocar? Imagine quantos fã$ perderiam? Imagine também a tragédia que seria... evidente que eles tocaram até o fim. Foram pagos pra tanto, ora pipocas. Além do mais, combina com pessoas que vão pro "front, lutar, lutar, lutar, lutar" e jamais "se render, se render, se render".

Bah. Perder um show do Black Sabbath é muita burrice, me perdoa.

Quanto à criancice da coisa acho que já expliquei ali em cima. Reagir é bastante natural, o que não dá é pra sair falando groselha e achar que todo mundo vai ficar quieto... "se você tem um problema com um dos membros da banda pode resolver nos bastidores". Boa. O que o Bruce fez? Em frente de milhares de pessoas que apoiariam qualquer absurdo que dissesse?

Maidenfest? Bwhahahahahahahah, essa eu não sabia. Af, ridículo.

Nuff said? Sinta-se à vontade pra responder, mas chega de Iron x Ozzy, ok?

Beij(o)!

Luciana

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Sobre Iron Maiden - coluna de 13/09

Por Daniel Stunges

Olá.

Sou músico e estudante de jornalismo.

Li sua coluna, falando sobre o Iron Maiden. Só espero que você tenha noção de que é uma completa ignorante quando o assunto é música. Já li alguns dos outros absurdos que você gosta de escrever. Afinal, não poderia mesmo esperar algo muito inteligente de um ser que gosta de punk.

Se não gosta de Iron Maiden, tudo bem. Não tenho nada contra isso. Agora desrespeitar uma banda que fez discos como Powerslave é o cúmulo. Além disso, Bruce Dickinson, "o sr. agudos irritantes", é um dos melhores vocalistas de rock de todos os tempos (tanto em técnica, timbre e originalidade). 

Claro, para uma mula como você, o que interesssa é a "atitude". Letras imbecis como "Anarchy in the UK". Isso sim é coisa de adolescente imbecil. Se só a letra fosse um lixo, tudo bem. Afinal, o que interessa é a música. Mas isso que é o pior. Pessoas burras como você não têm o mínimo ouvido para música.

Faça um favor a si mesma e ao mundo: deixe de escrever asneiras. Deixe que música seja discutida por quem entende do assunto, não por ignorantes como você.

Daniel

Resposta

Quem entende de música, no caso, jamais falaria sobre Never Mind the Bollocks?

Do seu ponto de vista alguém que gosta de punk é mula, ignorante e deve manter-se quietinha? Pra mim, o primeiro sinal de uma estupidez irrecuperável é a censura. O segundo é a incapacidade de dar risada de sua própria estupidez. O terceiro é acreditar-se sério o suficiente pra desacreditar a razão dos outros.

Entendeu ou quer que desenhe? Se não sabe discutir como gente, mantenha-se enjaulado, faça-me o favor. Se só consegue debater com quem concorda contigo, mantenha-se no fórum do Iron Maiden ou em qualquer lugar bem longe da civilização, ok?

Abraç(o),
Luciana
P.S.: com esse tanto de sensibilidade deve ser um baita músico. Com esse poder de argumentação vai dar pra um ótimo jornalista...

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Sobre Iron Maiden - coluna de 13/09

Por Thiago Ramil Mosso

Boa noite

como vc diz la na materia, "missivas nem sempre educadas" heuiahe, naum vou fazer isso n , n adianta nd. queru so te dar um toke, pq vc eh uma coitada, precisa fazer um bom curso sobre musica, e tomar umas aulinhas de portugues, pq pra escrever "o trabalho feito na cabeça dessa gente é troço muito sério... ", se liga numa coluna sobre resenhas e artigos?????

Num e-mail desse nem rpecisa eh pra vc entender msm , pq se eu escrever numa linguagem mais culta vc eh capaz de n entender!!!!! 

Mta coisa de vc falou eh uma merda msm, n concordo. Porem vc soube resaltar pelo menos um ponto , o de levar a "cultura do metal" taum a serio, fas q axam q ainda estaum na idade media, qxoq ir pro show assim eh uma coisa , se vertir desta forma do dia dia eh outra.N mete o iron como foco disso td naum, n saum so eles, otra coisa q vc fez, comparar metal com rockbrasileiro , vc eh loka eh? jamais faça uma compraraçao dessa, iron com engenheiros do hawaii, se vc n gosta eh uam coisa, agora procura se informar um pouco mais sobre a origem da "cultura metal".

N concorda com coisas q o Bruce faz??? Isso n eh argumento pra seu "artigo" , se eh q posso xamar isso de artigo!!!!!!

bom se cuida viu ahueihaei se informa mais heuaihe, se quiser um dia fazer alguma coisa pra aparecer de verdade, n criticar pra xamar a atencao, faça por merecer.

Thiago 

Resposta

Não leio mensagens escritas em miguxês:

/conteudo.aspx?secao=teve&id=100002486

Tenta de novo.

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Sobre Iron Maiden - coluna de 13/09

Por Flavio Augusto Laginski 

Prezada Luciana, como vai?

Olha, sempre gostei muito de suas colunas, seja pelo tom ácido de seus comentários ou pelo seu conhecimento acerca do assunto em questão. 

Mas, para minha surpresa, o que você falou sobre o grande Iron Maiden é digno dos piores momentos do mala (com o perdão da redundância) do Arnaldo Jabor, pois está latente a total falta de conhecimento sobre o assunto.

Tudo bem, ninguém é obrigado a gostar do Iron Maiden, mas a maneira conduzida pela sua coluna foi simplesmente lamentável. Desde quando o Maiden é uma banda satanista? Sangue? Crucifixos? Você está certa que está falando da maior banda de Heavy Metal de todos os tempos? Pelo que está escrito, poderia jurar que a banda em questão é o Kiss ou qualquer outra de Black Metal. 

Comparar Bruce Dickinson com o Ozzy "sou-gagá--marionete-de-todos-e-canto-mal" Osbourne chega a ser covardia. Bruce sempre foi o considerado, ao lado de Ronnie James Dio (o melhor vocalista que integrou as fileiras do Black Sabbath), um dos mais completos vocalistas do estilo. Ozzy, por sua vez, apesar de ter feito história no Sabbath, nunca foi visto como um grande cantor. Ele tem seu lugar cativo no rock sim, mas isso não significa que ele seja um grande vocalista. 

Quanto às atitudes da Sharon "sabotadora" Osbourne, só tenho a lamentar. Todavia, é de se entender que, para fazer com que as pessoas dessem alguma atenção à combalida carreira de Mr. Madman, apelasse para um recurso tão baixo. Ainda bem que o povo, que de bobo só tem a cara e o jeito de andar, botou-a no seu devido lugar e foi recebida com uma sonora vaia. Parafraseando você, ela merece! Ela merece!

Por fim, não pude deixar de rir quando você afirma que as letras do Iron Maiden são babacas. O que seria cool para você? Ramones? Pelo amor de Deus, aquilo sim sempre fez letras ridículas. Ou você acha que letras como "I wanna be sedated", "Psycho terapy", "Poison heart", entre outras, são decentes? 

Em tempo: não sou moleque (tenho 25 anos) e tampouco fanático, e, assim como você, sou jornalista. O que me motivou a escrever esse e-mail foi a maneira errônea acerca do Maiden. Se fosse algo como "não gosto do Iron Maiden", ótimo, é seu gosto. Mas escrever todas essas sandices foi o fim da picada.

Abraços de seu leitor fiel, mas um tanto quanto desapontado.     

Flávio Augusto Laginski

Resposta

Oi, Flávio, tudo bem comigo e você?

Vamos lá. Acho que ficou bastante claro que não comparei dotes artísticos entre Dickinson e Ozzy... e ser um grande vocalista tão somente também não garante um lugar na história da música. São inúmeros os exemplos de artistas não tão "artisticamente" talentosos, mas que efetivamente TRANSFORMAM uma época, uma geração, deixando marcas e se destacando dos outros.

A meu ver as letras são babacas sim. O que não quer dizer que as do Ramones não sejam. Entretanto, é a postura dos artistas frente às suas letras que define o quanto estão se levando a sério. Acredito que o Iron se leve muito a sério pra quem se propõe o que eles propõem.

Pra finalizar não sou jornalista. Apenas tenho opinião e escrevo.

Beij(o),
Luciana

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Sobre Iron Maiden - coluna de 13/09

Por Raphael

Boa noite, Luciana

Estava lendo sua coluna a respeito do Iron Maiden, veiculada no dia 13/09. Confesso que até certa parte do texto, concordava com algumas afirmações e cheguei até a me identificar com outras poucas. Porém, ao continuar a leitura percebi que o texto foi escrito por uma pessoa que desconhece muitas coisas, entre elas como é o público de heavy metal e outra é como é o Iron Maiden e sua relação com os fãs.

Tenho 26 anos e escuto Iron Maiden desde criança, meu pai me influenciou diretamente na música, me apresentando entre outras Iron Maiden e Black Sabbath. A primeira se tornou uma paixão. Um dos principais motivos para essa instantânea identificação foi a vibração da banda ao vivo, me lembro bem de um VHS de qualidade ruim que consegui do Maiden, durante a apresentação da banda em Long Beach Arena, que veio a ser o LIVE AFTER DEATH. A forma com que a banda encara seu público é algo fora do normal. Mas talvez isso não tenha acontecido com você, o que é natural... afinal, cada um espera alguma coisa, tem seus próprios conceitos sobre o que é bom e ruim. Talvez por isso mesmo, é de se esperar que uma pessoa que escreve uma coluna para um website saiba separar seu gosto musical pessoal antes de fazer afirmações como as que você fez na sua coluna. É realmente lamentável a forma que você utiliza adjetivos para classificar a banda.

Quando Bruce Dickinson afirma o que afirmou sobre um palco, ele sabe que o público também conhece estes fatos. E só por isso ele não é vaiado quando o faz, concorda? Além do mais, isso nada mais é que fazer um marketing pessoal, ou do Iron Maiden. Até concordo que não foi a melhor forma de se fazer isso, mas no entanto a atitude da mulher do Ozzy é lamentável. Lamentável porque, quando lembramos a história do Iron Maiden, não podemos esquecer a importância que a banda tem para a música, na minha opinião tão importante quanto o Black Sabbath, que se por um lado trouxe a veia heavy para o rock, teve no Iron Maiden o melhor aprendiz... que ajudou a difundir ainda mais o estilo. Caso você não saiba, o Iron Maiden é o que classifico como escolinha de heavy metal, oito a cada dez fãs de heavy metal começaram com a banda britânica. Alguns acabam seguindo outros estilos, se dedicando como fãs a outras bandas... e outras continuam exergando no Iron Maiden uma peça principal, uma banda de adoração mesmo. Como é o meu caso. Fui o webmaster da Seventh Page (www.ironmaiden.com.br) e conheço melhor que ninguém como é o comportamento dos teenagers fãs de Iron Maiden. Mas não é possível classificar a banda como você faz, pois conheço vários fãs mais velhos. Eu tenho 26, meu pai tem 49 e continuamos ouvindo a banda e heavy metal em geral.

E caso fosse realmente uma banda de fase, como então poderíamos classificar as bandinhas como Engenheiros, que você mesma citou na sua coluna? Este tipo de banda nacional tem duas opções: Ou vira esquecimento devido a sua fama passageira, ou mantém relativa fama com aparições compradas em programas de TV, ou se reciclam gravando discos acústicos, discos com DJs, lançando músicas-tema de novela.

Então como podemos responsabilizar o Bruce por aquela palhaçada do Ozzfest, sendo que todos sabemos dos mecanismos usados para manter velhos medalhões na mídia? O Ozzy Osbourne certamente é um deles. O Iron Maiden vive apenas do seu nome, o que na minha opinião é o que vale. Mesmo que utilizem sua marca de forma comercial, o Iron Maiden usa o seu nome, e não projeções em MTV, músicas para novelinhas na Globo, etc. Pense nisso.

Finalizando sobre o Ozzfest, posso enviar para você o bootleg (sabe o que é isso?) do show que você citou para constatar o total apoio do público presente para com o Iron Maiden. A vaia que Sharon recebeu ao chamar o mesmo de babaca. E se você não sabe, O Iron Maiden não foi expulso do Ozzfest, aquela data em San Bernardino era a última programada, Sharon aguardou a última noite para armar a presepada.

[]s
Raphael

Resposta

Oi, Raphael.

Pelo que ando lendo das pessoas que defendem o Iron, o que o Bruce fez é louvável, o que a Sharon fez é porque ela é descompensada... aí já se vê que pouco se pode discutir com pessoas que pesam as coisas de maneira diferente.

O modo como escrevo a Poison pode ser realmente chocante, isso se chama liberdade de expressão, sabe? E talvez aí esteja o segredo de ela causar o debate que causa, o que é o objetivo da coluna desde o começo. Não, não sou uma crítica, nunca aceitei tal papel, digamos que eu seja uma "provocadora", porque de gente em cima do muro o país, e principalmente a mídia, está cheio.

Já escrevi sobre a bandinha Engenheiros do Hawaii, dá uma checada. Quanto ao Ozzy x Dickinson, não era disso que a coluna tratava majoritariamente, mas é aí que os fãs resolveram concentrar sua força, evitando ao máximo discutir o real sentido da coluna.

Zzzz... não, Raphael, em 32 anos de dedicação à música eu não sei o que é bootleg... ainda bem que surgiu alguém como você pra me ensinar! Dentre outras coisas essenciais, claro, como a importância do heavy metal na vida das pessoas... de qualquer maneira, dispenso.

Será que ela não foi consciente deixando para a última noite? Pensa nisso.

Até mais,

Luciana

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Sobre Iron Maiden - coluna de 13/09

Por Marcelo Grassi

Li o seu artigo e você se mostrou muito desinformada sobre o show da Ozzfest. Vou citar um comentário que fiz em um fórum sobre música em que postaram seu artigo:

"Esses pseudo-intelectuais metidos a ecléticos e imunes a metaleiros enchem o saco.

Cara, Iron Maiden é música, música é diversão. Que se foda se o Bruce é arrogante, o cara canta muito e é carismático com o seu público, e só isso interessa. E eles têm o sonho de todo o marketeiro: o EDDIE. Não tem gente que idolatra o Lula? Pq não idolatrar o Eddie?"

Só uma coisinha pra finalizar, não sou metaleiro.

Sem mais.

Resposta

Aff, meu amigo, diante de "Não tem gente que idolatra o Lula? Pq não idolatrar o Eddie?" não dá pra gastar meu belo português...

Até,
Luciana

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Sobre Iron Maiden - coluna de 13/09

Por Rafael Bettega

Olá, Luciana.

Gostaria de fazer um comentário sobre sua coluna do dia 13/9, que fala sobre a briga entre Bruce Dickinson e os Osbournes. Gosto do Iron Maiden e discordo da sua opinião sobre o que representa ser um fã da banda.

Você afirma que gostar de Iron Maiden é sinal de imaturidade, "criancice" e alienação, por causa da temática do grupo. Pois é, mas será que esse lado teatral, de histórias fantasiosas e terror banal também não pode ter seu espaço no rock n roll das pessoas sérias e "crescidas"?

Acho que sim. Sou fã do Iron Maiden e não me considero imaturo (pelo menos, não por isso).

Vejo o uso que o grupo faz dessa temática da mesma forma como vejo as histórias em quadrinhos de super-heróis. Elas também são extremamente fantasiosas e, muitas vezes, infantis, mas isso não quer dizer que quem as lê é um alienado. Eu, que adoro HQs, gosto muito das histórias "bobinhas" que o Stan Lee, da Marvel, escrevia nos primórdios de personagens como Homem-Aranha e Quarteto Fantástico (e acho essas histórias geniais em muitos aspectos), mas também sou fã de autores como Neil Gaiman e Moebius, conhecidos pelo nível "literário" dos quadrinhos que fazem. Acho que as duas coisas têm seu espaço.

Se você condena as bandas de rock (e seus fãs) pelo caráter "imaturo" de sua temática, você tem que incluir na sua crítica também os Ramones, que, na minha opinião, são geniais mesmo com as banalidades adolescentes que aparecem em muitas de suas letras. Ou mesmo o Black Sabbath e o Ozzy (defendidos por você na mesma coluna), que foram os primeiros a unir os universos do filme de terror e do rock pesado, também cantaram e fizeram muito teatro sobre capetas, bruxos e sangue e, mesmo assim, são sempre reconhecidos como excelentes artistas.

Você mesma mencionou a contribuição do Ozzy e do Sabbath para a música (contribuição realmente enorme, aliás). Bem, você pode não gostar do Iron Maiden (isso é normal, pois cada um tem seu gosto), mas eles também tiveram uma contribuição importante para o rock pesado, musicalmente falando. Eles não são apenas uma ótima banda em termos da qualidade dos músicos, mas também criaram muita coisa em seus discos clássicos.

Acho que não há nada de mais na existência de bandas que usam esse lado juvenil e teatral em sua música. E que não há nada de mais em gostar dessa música. Será que não é errado generalizar e considerar todas essas pessoas que gostam imaturas? Os fanáticos, que querem transpor esse lado fantasioso para a vida real, que se juntam em turmas com os colegas de fanatismo pra arrumar briga, que se acham superiores por gostar desse som e não respeitam outros estilos musicais, esses sim são imaturos e alienados. Só que esse tipo de pessoa existe entre os admiradores de qualquer estilo.

Um abraço e até a próxima.

Rafael Bettega.

Resposta

Rafael, você vai me desculpar, mas a diferença básica entre as bandas citadas por você no e-mail é gritante: postura. Alguma vez te pareceu que Joey Ramone levava a sério o que cantava? E Bruce Dickinson? Pior... não é possível que você não veja diferença entre os fãs do Ramones e do Iron. 

Pois é... a intenção não é generalizar, de maneira alguma, mas vejo sim mais fanáticos entre os fãs de metal do que dos outros estilos. E sim, agora estou generalizando também o estilo.

De qualquer forma, se você não se encaixa nesse tipo de fã, não se incomode com a coluna.

Beij(o) e valeu!

Luciana  

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