Morre Ray Charles
Morre Ray Charles
Muitos
dos que freqüentam o Omelete não devem tê-lo conhecido propriamente.
Muitos sequer ouviram falar do homem. Porém, é fato que, se alguém
em algum momento da vida, sentiu a necessidade de ouvir música divertida
e classuda apelou pro bom e velho Ray Charles.
Cego desde os seis anos de idade, Charles praticava um jazz ao mesmo tempo dançante como o das velhas big bands e cheio de classe, sem dever tostão algum a Miles Davis nenhum.
Triste, então, a notícia de que o músico faleceu dia 10 de junho, aos (bem vividos) 74 anos de idade – decorrente de problemas no fígado (que, humildemente suponho, deve ter visto de tudo nesta vida).
Fica o legado de uma obra coerente e bela, que teve seu auge nos anos 60, na qual o jazz não tem medo de se fundir com blues, rock and roll e o escambau para desfilar beldades como "I cant stop loving you", "Georgia on my mind", "Hit the road jack" e a mais bela versão de um terceiro para qualquer composição dos Beatles, em "Eleanor Rigby".
Só resta a quem fica resignar-se com o que se registrou e a certeza de que parte bem quem já declarou que "tudo que fantasiei eu fiz".
Fica na boa, Ray.