Morreu na madrugada desta terça-feira, aos 79 anos, o músico carioca Dom Um Romão, vítima de um derrame cerebral.
Um dos bateristas mais talentosos e importantes da história da MPB, Dom Um começou sua carreira nos anos 40, tocando na noite do Rio e acompanhando cantoras da era do rádio, como Linda Batista.
Nos anos 50, ajudou a definir a sonoridade da bossa nova, fazendo parte inclusive das gravações do disco fundamental do movimento, Canções do amor demais, de Elizeth Cardoso, ao lado de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.
Na década seguinte, fez parte de grupos de Sergio Mendes e do Copa 5, de J.T. Meirelles. Foi o responsável também por um chute inicial na carreira de Elis Regina, levando a cantora para o Beco das Garrafas, no Rio.
Também foi o produtor, em 64, do trabalho de estréia de Flora Purim, sua esposa na época. "Flora é MPM", relançado em CD pela BMG, é um dos melhores discos da música nacional.
A partir daí, Dom Um fez carreira nos Estados Unidos, se tornando mais um do muitos músicos brasileiros que têm seu talento reconhecido mais no exterior do que por aqui. Participou da turnê de Astrud Gilberto ao lado de Stan Getz e da gravação do disco de Tom Jobim com Frank Sinatra, além de acompanhar outros músicos norte-americanos.
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