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Megadeth acerta o passo

Megadeth acerta o passo

FG
20.11.2001, às 01H00.
Atualizada em 21.09.2014, ÀS 13H12
Após um longo e tenebroso inverno, em que a alta do dólar afetou todos os bolsos indistintamente, eu volto a comprar os últimos lançamentos de rock pesado! Portanto, esta coluna não apresenta um disco realmente novo, pois o lançamento de The World Needs A Hero, o mais recente do Megadeth, já aconteceu há um certo tempo. No entanto, como trata-se de um dos melhores álbuns da banda dos últimos anos, vale a pena comentá-lo.

A principal diferença deste CD para os anteriores foi a mudança de formação. O guitarrista Friedman e o baterista Menza já não estão no grupo. Hoje o Megadeth é Dave Mustaine (guitarra/vocal), David Ellefson (baixa), Al Pitrelli (guitarra) e Jimmy DeGrasso (bateria). Além disso, agora a gravadora Sanctuary Records tem o “passe” do conjunto.

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Pelo visto, com tais alterações, o Megadeth parece ter acertado o passo. Longe de ser apenas um contrato a cumprir, seu disco é enérgico e de alto nível. Se há qualquer dúvida quanto a isso, ela se dissipa já nos primeiros riffs de “Disconnect”. Esta música de abertura nos convida a conhecer o resto do álbum.

A faixa-título “The World Needs a Hero” tem um refrão marcante, mas infelizmente é seguida de “Moto Psycho”, a mais fraca de todo CD.

“1000 Times Goodbye” é fenomenal. Sinta o clima que ela passa, prestando atenção nas suas nuanças, ao mesmo tempo em que acompanha sua letra. Se isso ainda não bastar para convencê-lo das qualidades de do disco, avance logo para “Burning Bridges”. Novamente, temos um grande trabalho de guitarras e uma letra poderosa.

“Promises” é uma surpresa. Em pouco mais de quatro minutos, deparamo-nos com uma base melódica feita em cima de violinos. Vai por mim: não soa piegas. Na verdade, esse toque garante boa dose do sentido da música. Aqui, Mustaine e Pitrelli fazem “Unforgiven” I e II do Metallica parecerem brega.

“Recipe For Hate... Warhorse” lembra algumas músicas do grupo no começo da década de 90. Não é ruim, mas não acrescenta nada. “Losing My Senses” é outra paulada certeira (só ouvindo para entender...!), enquanto “Dread and the Fugitive Mind” é precisa em suas pausas e retomadas.

“Silent Scorn” é instrumental e serve de vinheta para “Return to Hangar”, que definitivamente poderia ter ficado de fora do CD. Afinal é praticamente igual a “Hangar 18”, do disco Rust in Peace. Por fim, “When”, de nove minutos, é uma brincadeira do grupo ou, então, uma sincera homenagem. É que, embora bem feito, o riff principal é idêntico a “Am I Evil&qt;&”, do Diamond Head.

Seja como for, os poucos pontos fracos não comprometem a qualidade geral deste novo e obrigatório disco do Megadeth.

MEGADETH: The World Needs A Hero. Novo álbum do grupo liderado por Dave Mustaine, lançado nos Estados Unidos e Europa no terceiro trimestre desse ano, pela Sanctuary Records.

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