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Artigo

Triunfo de produção, show de Katy Perry lembra melhor era do pop nesse século

Cantora se apresentou domingo (14) no festival em São Paulo (SP)

Omelete
3 min de leitura
15.09.2025, às 01H30.
Katy Perry em anúncio do The Town (Reprodução)

Créditos da imagem: Katy Perry em anúncio do The Town (Reprodução)

Não dá para segurar o sorriso quando a guitarra de "Hot N Cold" deságua no saxofone ardido de "Last Friday Night (T.G.I.F.)", como aconteceu no show de Katy Perry no Palco Skyline do The Town 2025, na noite de hoje (14). Falo isso como repórter, como fato jornalístico, quiçá científico: não dá.

Todos os pontos altos do show de Perry evocam essa mesma sensação. A cantora é dona de repertório absolutamente inextricável de uma certa era da música pop ocidental, um momento ali na virada dos anos 2000 para os anos 2010 que produziu virtualmente todas as estrelas e canções mais lôngevas e representativas do gênero neste século. Não é à toa, e Perry está aqui para nos lembrar disso.

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Nessa missão - inclusive, refletida na historinha na qual o show se apoia, com Perry na pele de uma androide responsável por "salvar as borboletas e a humanidade" num cenário pós-apocalíptico -, ela tem a ajuda de uma produção suntuosa e teatral como a de poucas estrelas pop da geração que a sucedeu. É um show aeróbico, adornado por LEDs piscantes e telões exibindo atrocidades de CGI, que rima perfeitamente com os rearranjos baseados em house music dos hits da cantora que ditam a instrumentação do espetáculo.

No centro de tudo isso, Perry conduz o show com bom-humor e disposição atlética. Ainda que cante pouco (quase sempre afinado, mas quase sempre abrindo espaço para a base pré-gravada carregar as melodias mais difíceis), e de fato dance ainda menos, a artista percorre bem o palco, estabelecendo contato com o público todo e escalando as estruturas do palco com fôlego impressionante para os seus "40-fucking-anos" de idade - palavras dela.

A energia do show cai um pouco conforme seleções mais recentes da discografia de Perry vão aparecendo, é claro. Dominada pelo medo da obsolência, essas fases da carreira da cantora se curvam a tendências dissimuladamente e deixam para trás uma assinatura que se tornou indissociável do melhor pop deste século por um bom motivo. Pena, porque para voltar aos seus "bons tempos" Perry só precisaria confiar no infalível.

É algo de químico, ou talvez de mecânico, no nosso cérebro - são substâncias que reagem dentro da nossa cabeça, ou um par de fios específicos que são cruzados de um jeito que solta faíscas? De qualquer forma, somos biologicamente construídos para reagir visceralmente ao prazer desavergonhado desse pop. Não é à toa que dançamos, dançar é o que nosso corpo foi feito para fazer.

O show de Perry, por toda sua imperfeição, lembra uma era de música pop, e de popstars, que respeitavam esse imperativo. Que se entregavam a esses prazeres primordiais para nos dizer que tínhamos permissão de fazer o mesmo. Na noite de hoje, no The Town, todo mundo se entregou.

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