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Música
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Hermeto Pascoal, gênio da música brasileira, morre aos 89 anos

Família confirmou a informação nas redes sociais

Omelete
3 min de leitura
AC
13.09.2025, às 21H47.
Hermeto Pascoal, gênio da música brasileira, morre aos 89 anos

Hermeto Pascoal, um dos maiores gênios da música brasileira, morreu neste sábado (13) no Rio de Janeiro, aos 89 anos. A informação veio da própria família, que confirmou o fato nas redes sociais. Conhecido como “o bruxo da música”, ele deixa um legado que transcende gêneros e fronteiras. A família declarou que que Hermeto “fez sua passagem para o plano espiritual” exatamente como queria: cercado por música e por seus companheiros de palco.

Nascido em Lagoa da Canoa, no interior de Alagoas, Hermeto foi autodidata e transformou sua relação com os sons em arte pura. Seu estilo inconfundível misturava baião, jazz, frevo e improvisações que iam além do convencional. Mais do que um instrumentista, ele via a música em qualquer objeto: chaleiras, panelas, regadores e até copos d’água se tornavam parte de sua arte. Não à toa, chamou sua obra de “música universal”, um conceito que inspirou músicos no Brasil e fora dele.

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Em 2024, o artista lançou o disco Pra Você, Ilza, homenagem à esposa, e mantinha a rotina de shows e experimentações.Com sua morte, a música brasileira perde um de seus mestres mais criativos, mas sua obra continua como referência incontornável de liberdade artística e invenção.

Quem era e como começou Hermeto Pascoal

Hermeto Pascoal começou a despontar ainda muito jovem no Nordeste: era autodidata, logo cedo já tocava acordeão — aos 10 anos — andava refinando sua escuta pelos sons da natureza, dos objetos improvisados, de tudo ao redor. Seu talento chamou atenção ao integrá-rádios em Recife e João Pessoa, trabalhar em orquestras regionais, e depois mudar para São Paulo e Rio de Janeiro, onde mergulhou nos circuitos de música popular, festivais e gravações. 

Um marco decisivo veio com o Quarteto Novo, grupo que agrupou Hermeto com Theo de Barros, Airto Moreira e Heraldo do Monte. Foi uma experiência musical que mesclava ritmos nordestinos com sofisticação harmônica, e ajudou a projetá-lo para um público maior no Brasil.

A partir de meados dos anos 60 e 70, sua carreira internacional ganha força: ele gravou e apresentou trabalhos nos Estados Unidos, colaborou com música de Miles Davis (“Nem Um Talvez” e “Igrejinha” são exemplos), participou de festivais como Montreux, e lançou discos que ficaram clássicos, como Slaves Mass.

Além disso, Hermeto é reconhecido por nunca parar de experimentar. Seu “Calendário do Som” — uma música por dia por um ano — mostra sua dedicação à musicalidade em qualquer espaço de tempo ou lugar. Ele ganhou prêmios, produziu álbuns em distintos formatos (solo, com grupo, com big band, com orquestra sinfônica), e influenciou gerações de músicos brasileiros e estrangeiros.

Sua capacidade de transformar o cotidiano em som — a partir de objetos simples, da água, do silêncio — fez dele uma figura emblemática da criatividade musical, reconhecida como “o Bruxo” ou “mago” dos sons.

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