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Música
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Morre Harry Belafonte, cantor e ator que quebrou barreiras raciais, aos 96

Conhecido por hits como "Day-O" e filmes como Carmen Jones, americano também foi ativista de destaque

Omelete
3 min de leitura
CC
25.04.2023, às 10H46.
Atualizada em 25.04.2023, ÀS 11H24
Harry Belafonte em cena de Carmen Jones (Reprodução)

Créditos da imagem: Harry Belafonte em cena de Carmen Jones (Reprodução)

O cantor, ator e ativista Harry Belafonte morreu hoje (25) em seu apartamento em Manhattan, nos EUA, aos 96 anos. A notícia foi confirmada ao The New York Times pelo porta-voz do artista, que citou falha cardíaca como a causa da morte.

No auge da segregação racial nos EUA, ainda nos anos 1950, Belafonte se tornou um dos primeiros astros do entretenimento negro a liderar paradas musicais e aparecer em programas de televisão, ao lado de nomes como Louis ArmstrongElla Fitzgerald.

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Nascido de pais jamaicanos em Nova York, ele se apropriou de ritmos tropicais e criou uma verdadeira febre na indústria ao lançar o álbum Calypso (1956), que rendeu hits como "Day-O (The Banana Boat Song)" e "Jamaica Farewell".

Suas apresentações ao vivo se tornaram uma sensação, e em 1959 ele já era o artista negro mais bem pago do entretenimento. Outras canções de sucesso foram "Matilda", "Lead Man Holler" e "Scarlet Ribbons", que provavam seu ecletismo ao se aproximar de gêneros como country, folk e jazz.

Já nos cinemas, Belafonte se destacou no musical Carmen Jones (1954), que fez de sua colega de cena Dorothy Dandridge a primeira atriz negra indicada ao Oscar como protagonista; e em Ilha nos Trópicos (1957), onde um romance sugerido entre ele e a personagem branca da atriz Joan Fontaine levou à discussão sobre casais interraciais nos EUA.

Outros créditos como ator através das décadas incluíram Homens em Fúria (1959), de Robert WiseUm Por Deus, Outro Pelo Diabo (1972), dirigido e coestrelado por Sidney PoitierO Jogador (1992) e Prêt-à-Porter (1994), ambos de Robert AltmanA Cor da Fúria (1995), que o colocou ao lado de John Travolta; e Infiltrado na Klan (2018), de Spike Lee.

No decorrer da carreira, Belafonte venceu um Oscar (o honorário Jean Hearsholt Humanitarian Award, em 2015), um Emmy (em 1960, por performance de variedades, em The Revlon Revue), três Grammys (incluindo um pelo conjunto da carreira, em 2000) e um Tony (pelo especial musical John Murray Anderson's Almanac, em 1954).

Em paralelo à sua trajetória no entretenimento, o americano se tornou um líder importante no movimento de direitos civis dos negros nos EUA. Sua amizade de longa data com Martin Luther King Jr. gerou participações em protestos notáveis do movimento, além de esforços para angariar recursos em várias iniciativas lideradas pelo pastor.

Sobre o seu papel na luta por direitos civis, o artista sempre foi claro acerca de seus objetivos: "Eu espero um dia poder parar de responder perguntas de repórteres como se eu falasse por toda a minha comunidade. Eu odeio sair por aí marchando, odeio receber ligações às três da manhã para tirar as pessoas da cadeia."

Belafonte deixa a esposa, Pamela Frank, com quem estava casado desde 2008. Seus dois casamentos anteriores geraram quatro filhos, incluindo a atriz e modelo Shari Lynn Belafonte.

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